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Autor Tópico: Teste A/B de transformador de saída.  (Lida 5040 vezes)
mkslwsk
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« : 09 de Junho de 2017, as 20:08:11 »

Boa noite pessoal,

Ontem estava realizando um experimento por curiosidade: trocar o transformador de saída do meu Laney Cub Head para ver se conseguia um pouco mais de volume limpo (headroom).
Fiz isso pois sempre achei suspeito o transformador original prometer 15W sendo bem pequeno e porque estou com um Schatz 18.60A que acabou de chegar para outro projeto que é também com 2 EL84 Push Pull.

O fato é que o Schatz deu uma cara completamente diferente para o amplificador, principalmente com respeito aos graves. Na minha percepção ficou extremamente melhor do que o original.
Pensei então em fazer um teste comparativo mais completo que eventualmente possa ser útil para alguém.

Mas aí vem a questão: Como fazer de forma metódica e eficiente uma comparação entre os 2?
Alguém já fez isso com outro amplificador?

Pensei em utilizar um loop station para garantir o mesmo sinal na entrada e na saída a mesma caixa com um microfone na mesma posição e etc. Mas ainda assim teria o tempo de retirar um transformador e soldar o outro.

Aceito sugestões de formas para comutar entre os transformadores e qualquer outra questão que eventualmente alguém queira que eu teste.

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Matec
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« Responder #1 : 09 de Junho de 2017, as 20:34:15 »

mkslwsk

O modo mais simples de fazer esse teste, seria fazer outro estágio amplificador, utilizando o mesmo esquema do Laney.

É claro que o resultado já foi verificado por você.
Um transformador bem calculado e bem construído responde melhor, e pode ter um desempenho melhor que um subdimensionado.
Existem marcas que sacrificam a qualidade por um suposto melhor timbre, ou então um timbre que se encaixe na expectativa que se tem do amplificador.

De todo modo, na maioria dos casos essa "política" é equivocada.

Se você resolver fazer esse teste, grave e mostre pra nós o resultado.
 

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« Responder #2 : 09 de Junho de 2017, as 21:43:11 »

O que poderia fazer para um teste objetivo é:

- Microfonar a caixa, para gravar;
- Deixar ambos os transformadores fora do chassis do amplificador, usando conectores ou uma caixa com uma chave seletora, pra trocar de um pro outro (de forma que a mudança de um para outro não afete a posição do microfone nem dos controles do amplificador).
- Gravar uma passagem com um dos transformadores, desligar o amplificador e trocar para o outro (sem mexer nos controles do amplificador), e gravar a mesma passagem novamente. Repetir isso para som limpo, "crunch", e "distorção pesada".

O problema de se fazer esse teste, é que com os fios pros transformadores fora do chassis, pode haver interferências e apitos causados pelo posicionamento e comprimento dos fios, mas só testando para saber.
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mkslwsk
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« Responder #3 : 09 de Junho de 2017, as 22:16:17 »

Matec, certamente gravarei para compartilhar aqui!

Blackcorvo, isso era uma dúvida também: é muito arriscado trocar "a quente" o transformador? Imagino que pela característica indutiva é arriscado gerar arcos elétricos para o chassis ou outro componente, isso procede?

Editado: Arrumei um erro de digitação.
« Última modificação: 10 de Junho de 2017, as 00:51:41 por mkslwsk » Registrado
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« Responder #4 : 09 de Junho de 2017, as 22:45:27 »

mkslwsk, como o Laney não tem chave de bypass, o certo a fazer é desligar a chave de força antes de comutar para o outro transformador de saída.
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« Responder #5 : 10 de Junho de 2017, as 00:16:18 »

Matec, certamente gravarei para compartilhar aqui!

Blackcorvo, isso era uma dúvida também: é muito arriscado trocar "a quente" o yransformador? Imagino que pela característica indutiva é arriscado gerar arcos elétricos para o chassis ou outro componente, isso procede?
MUITO arriscado. Para sua vida e para o amplificador.
Mas qual o problema de se desligar o amplificador, trocar o transformador de saída (como manda o figurino) sem mexer em mais nada e gravar?
Ainda não consegui entender...  Roll Eyes
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mkslwsk
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« Responder #6 : 10 de Junho de 2017, as 01:01:00 »

Ramsay, não tem bypass mesmo, é só uma chave que liga tudo. Ele deve ter uma espécie de softstart para a alta tensão.

kem, usando algum conector no transformado não há problema em desligar o amplificador. Na verdade essa questão de trocar a quente era mais curiosidade mesmo. Mas ainda assim eu estava imaginando uma  alavanca ou similar para comutar os transformadores, não faria nunca com as mãos no conector. De qualquer forma é uma daquelas péssimas ideias que as vezes temos.

Pensando bem, o transformador original já é colocado com um conector, basta que eu encontre conectores compatíveis no mercado e posso utilizá-los sem fazer qualquer solda.

Amanhã durante o dia tiro algumas fotos e posto aqui.
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« Responder #7 : 10 de Junho de 2017, as 07:54:59 »

O caminho correto para uma comparação mais objetiva e não auditiva, seria usar gerador de áudio e um osciloscópio para ver as formas de onda obtidas com cada transformador. Com isso seria possível:
- Um levantamento da curva de resposta em frequência com cada transformador.
- Verificação da distorção harmônica (caso o osciloscópio tenha recurso FFT).
- Determinar a potência máxima obtida na saída.


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« Responder #8 : 10 de Junho de 2017, as 14:04:02 »

E como ficaria a questão da coloração e das distorções decorrentes do circuito do amplificador xformer? Imagino que nesse caso seria feito com o amplificador limpo e o tone stack neutro, é isso?
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« Responder #9 : 10 de Junho de 2017, as 18:28:18 »

E como ficaria a questão da coloração e das distorções decorrentes do circuito do amplificador xformer? Imagino que nesse caso seria feito com o amplificador limpo e o tone stack neutro, é isso?

Na verdade, as medições e análises seriam do sistema (pré+controle de tom+estágio de saída+transformador de saída) como um todo.  Lembrando que dificilmente um controle de tom tem uma resposta plana e que as válvulas tem uma distorção inerente às curvas delas e aos pontos de polarização usados.  Você deixa tudo nas mesmas condições e ajustes, mudando apenas os transformadores de saída, isso permitiria comparar o que muda ao trocá-los.  Obviamente eu faria as medições com os ajustes de modo que a forma de onda não ficasse clipada nas pontas (como você escreveu, o mais "clean" que conseguir), senão a distorção aumenta muito.
Muitas análises são feitas também injetando uma onda quadrada e vendo o que acontece na saída.
« Última modificação: 10 de Junho de 2017, as 18:31:38 por xformer » Registrado

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« Responder #10 : 10 de Junho de 2017, as 21:28:11 »

Eu acho que inclusive podia ser feito o teste comparativo com varias configurações.
Clean, saturado, etc.
Basta anotar (fotografar ajuda) a posição dos potenciômetros e repetir após trocar o transformador.
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« Responder #11 : 12 de Junho de 2017, as 11:30:31 »

Desculpem por não postar as fotos prometidas. O final de semana foi um pouco mais corrido que o esperado.

Obrigado por todas as sugestões.
Durante a semana vou providenciar os conectores e então vou realizar os testes com as seguintes variações:

- Sinal de entrada: Música, onda quadrada e ondas senoidais utilizando um Loop Station Boss RC-3

- Configurações: Pelo menos 1 clean, 1 crunch (começando a "quebrar") e 1 com a maior saturação possível.

- Sinal de saída: 1 cab 1x12 com 2 microfones, 1 condensador e 1 dinâmico. Eventualmente terei que usar um atenuador para poder colocar o amplificador em altos volumes sem ser expulso de casa, tenho um atenuador feito com resistência de chuveiro.

- Medidas: Com um Osciloscópio para ver a forma de onda na saída do amplificador, THD e potência. E com as músicas gravadas para ver em algum analizador de espectro.


Agora especificamente sobre os sinais que serão utilizados na entrada, normalmente utilizo uma senoide de 1kHz e alguma outra em frequência mais baixa, entre 100Hz e 500Hz para testar circuitos.
E a onda quadrada seria em alguma frequência baixa, talvez uns 82Hz para simular um "Mizão" da guitarra com diversas componentes harmônicas.
E por fim, a parte musical seriam alguns riffs de músicas que utilizem bem os graves, depois os médios e por fim os agudos para ter exemplos em todas as regiões.

A forma mais adequada então de garantir a integridade das configurações durantes os testes será realizando a troca do transformador entre cada variação da entrada, ou seja:
1) Sinal 1 com configuração X, Transformador A
2) Sinal 1 com configuração X, Transformador B
3) Sinal 2 com configuração X, Transformador A
4) Sinal 2 com configuração X, Transformador B
5) Sinal 1 com configuração Y, Transformador A
6) Sinal 1 com configuração Y, Transformador B
7) Sinal 2 com configuração Y, Transformador A
Cool Sinal 2 com configuração Y, Transformador B
e assim por diante.

Vou juntar as formas de onda em um único arquivo e as músicas em outro de forma que teremos 2 sinais de entrada.
Isso com 3 setups e 2 transformadores totaliza 12 combinações a serem realizadas.
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