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Autor Tópico: Les Paul de compensado e mdf, e agora?  (Lida 20099 vezes)
Mallermb
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« Responder #15 : 01 de Dezembro de 2016, as 10:20:10 »

Ou seja: caiu na velha máxima "o que os olhos não vê coração não sente"

É muito ruim se sentir enganado (fato de ser descrito que era uma madeira, e não ser), mas provavelmente o preconceito, não deixaria muitos sequer testar uma guitarra de compensado ou mdf, onde os ouvidos já começariam distorcidos, e outros nem se atreveriam (ou mesmo aceitariam) colocar suas mãos em um instrumento assim.

Não estou defendendo o fato (gato por lebre), mas observando que se não tivesse retirado a tinta, certamente estaria satisfeito com sua guitarra.

Realmente fiquei surpreso, ainda gosto muito da guitarra, o som dela que me fez decidir continuar com ela, estou começando a perceber que uma boa guitarra tem mais a ver com uma construção e encaixe bem feitos do que pela madeira em si.

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Estou de acordo que o fabricante/vendedor não deveria mentir ou omitir o material.

Mas sempre me pergunto se as pessoas que escolhem instrumentos pelo tipo de madeira escolhem móveis pelo timbre...

Taça tinta na guitarra e seja feliz.

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« Responder #16 : 01 de Dezembro de 2016, as 11:27:06 »

Tambem tenho uma benson Lp  , a minha é preta mas tambem tem esse veneer de maple .Lembro que quando comprei a minha estava no anuncio "corpo em basswood e top de mdf" , assim como a shelter nashville...
É uma boa guitarra pelo preço,gosto do braço gordo,troquei os captadores por uns wilkinsons ceramicos que tirei de uma vintage v100 paradise, coloquei um treeble bleed(Resistor150k+capacitor 0,001uf) e mudei os capacitores , ficou bem melhor Legal!
O top de mdf me preocupa um pouco pois parece aqueles que quando molha fica "peludo" ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ Tem que ter cuidado pois se tiver uma batida e infiltrar agua Cry
Admito que fiquei surpreso com o som dela,assim como a shelter nashville , não esperava que fosse possivel ter um bom som com mdf ,acho que o mdf cumpre bem o papel dele pois a guitarra soa aberta e viva , eu tinha a impressão de que seria ao contrario,pensava que o mdf "amaciaria" as notas  Huh?
Apesar de tudo é uma Les paul que "dá pro gasto"assim como a shelter nashville,não se compara a epiphone,vintage,gibson dessas mais economicas etc... , mas pelo preço, na época paguei cerca de R$450,00 , não tenho do que reclamar.

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« Responder #17 : 01 de Dezembro de 2016, as 15:02:02 »

Rapaz, sem querer ser grosseiro. Mas dizer que a tal pesquisa brasileira(se for a que estou pensando) é um fato científico é no mínimo forçar a barra. Os caras nem se deram ao trabalho de ligar as guitarras em um amplificador valvulado, ligaram numa placa de som Line6 e acharam que ela por si só já bastava.

Madeira influencia sim, não tanto quanto captador, mas tem sua parcela importante. Principalmente pelo fato de instrumento não ser apenas som, tem que se levar em conta a durabilidade como um todo. Uma guitarra com um ótimo timbre que no meio de um show a madeira de folgada deixa a ponte sair não serve de nada.

Mas esse é um debate bem antigo, gosto de pensar que se você não percebe a diferença entre um instrumento de 5mil e um de 500, economize 4.500.
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RafaS
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« Responder #18 : 01 de Dezembro de 2016, as 16:14:58 »

Estou de acordo que o fabricante/vendedor não deveria mentir ou omitir o material.

Mas sempre me pergunto se as pessoas que escolhem instrumentos pelo tipo de madeira escolhem móveis pelo timbre...

Eis a questão: guitarra de corpo sólido, além de instrumento musical, é também um "móvel de luxo".

A Gibson no começo usava cedro cubano. Vem a revolução, a coisa ficou difícil com fornecedores... passaram para o mogno. Leo Fender começa usando Ash (freixo), que era muito usado por eles em móveis e assoalhos caros e finos, mas como exigia 10 demãos de seladora passou para Alder. Gibson, como diferencial, então diz - soamos melhor por causa do material de procedência nobre, nós usamos mogno! Ignore o fato de que os instrumentos deles custavam mais caro e precisavam justificar o preço, heh.

Segue adiante no tempo, e mogno brasileiro passa a ser dificílimo de conseguir. Hondurenho vai dificultando. Os sommeliers de p... de madeira, começam a ficar agitados. Não é mais o mesmo mogno! Não soa tão bom quanto! Esse tem mais silício entre as fibras porque vem de área de inundações e... passa a fita mais um pouco: Gibson toma multa caríssima em razão de carregamento de jacarandá indiano mal documentado.

Eles tentam: já teve Les Paul em Ash, mas não pega. Tentam fazer decolar escala em "richlite", mas o público rejeita. 60 e poucos anos de MARKETING em torno de "material superior" e a Gibson criou um monstrinho do qual não consegue mais se livrar: a madeira.

E ela importa?

Sejamos francos, não existe tradição de instrumentos acústicos feitos em mogno! Existe em abeto. Pinhos do norte. Etc, etc etc. Mas tu vais fazer um instrumento sólido, e quer agregar valor a ele, então vai lá e usa uma madeira que, desde a época, era associado a objetos de requinte e opulência em mobília e painéis: mogno.

Leo Fender não cometeu esse erro e não está preso a este pepino. Provavelmente ele morreria de rir se perguntasse a ele se a troca de ash para alder foi por ter descoberto uma "tonewood!".

Eu acho particularmente divertido quando vejo alguém dizendo para testar a guitarra desplugada antes de usar. Sabe o que você ouve com ela desplugada? Você ouve um instrumento acusticamente horrível! E apenas isso. Guitarra só funciona plugada por uma razão simples: qualquer aspecto acústico que ela possa ter é absolutamente irrelevante para seu som.

"Mas a ressonância da madeira!" - Que ressonância amigo? Ressonância se aplica a instrumentos com caixa de ressonância, isso é, instrumentos acústicos, como violões e afins. É o comportamento do ar, dentro do violão! E não de madeira nenhuma!

Madeira em guitarra elétrica é um suporte para braço e captadores. O mais são aspectos estranhos ao som, como estética, sofisticação, durabilidade, ergonomia, design, etc, etc, etc. Mais do que isso é viajar na maionese e na propaganda.

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@Ruy

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Rapaz, sem querer ser grosseiro. Mas dizer que a tal pesquisa brasileira(se for a que estou pensando) é um fato científico é no mínimo forçar a barra. Os caras nem se deram ao trabalho de ligar as guitarras em um amplificador valvulado, ligaram numa placa de som Line6 e acharam que ela por si só já bastava.

E porque eles ligariam a um valvulado? Não faz o menor sentido. Eles precisavam é de um conversor analógico-digital para poder analisar o som dela.

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Mas esse é um debate bem antigo, gosto de pensar que se você não percebe a diferença entre um instrumento de 5mil e um de 500, economize 4.500.

O preço de algo não é determinado pelas "vantagens oferecidas ao comprador". O preço de algo envolve custos de produção, operacionalização e comércio (custos de comercializar, como impostos e fretes e etc). Envolve o valor da marca. Envolve muitas coisas. Em última instância, envolve o fator desejo. Ou nas palavras de Publius Sirius, "tudo vale aquilo que o comprador está disposto a pagar". Uma guitarra de 5 mil vale 5 mil? Se você quiser pagar, ela vale. Se ninguém quiser pagar, ela não vale absolutamente... nada. E isso em momento algum vai ter tido a ver com qualquer qualidade intrínseca dela.

É fácil comprovar o que eu digo: http://www.playtech.com.br/guitarra-original-danelectro-dc-59-modified-bk-34163.aspx/p

Olha o preço, sabendo que ela é de compensado ou algo assim.

Nem pelo fato de ser de compensado, mas pelo de eu não curtir essa guitarra - me interessaria mais uma SX usada de 500 que vi numa loja local outro dia. Vai ser bom economizar 2000,00!
« Última modificação: 01 de Dezembro de 2016, as 16:25:53 por RafaS » Registrado

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« Responder #19 : 02 de Dezembro de 2016, as 10:13:35 »

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"Mas a ressonância da madeira!" - Que ressonância amigo? Ressonância se aplica a instrumentos com caixa de ressonância, isso é, instrumentos acústicos, como violões e afins. É o comportamento do ar, dentro do violão! E não de madeira nenhuma!

Madeira em guitarra elétrica é um suporte para braço e captadores. O mais são aspectos estranhos ao som, como estética, sofisticação, durabilidade, ergonomia, design, etc, etc, etc. Mais do que isso é viajar na maionese e na propaganda.

Acho meio arriscado (até exagerado) afirmar que a madeira é simplesmente suporte para braço e captadores... se isto fosse verdade absoluta, não haveria diferença de timbre de uma mesmo captador em guitarras de madeiras diferentes, e nem mesmo gente do mundo todo falando que a madeira interfere no timbre (vejam que eu escrevi "interfere" e não "define", sendo mais um componente do timbre..)..
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« Responder #20 : 02 de Dezembro de 2016, as 13:57:37 »

Madeiras diferentes influenciam o som diferentemente? Sim, isso é óbvio. Claro.

Acho que o cerne da discussão aqui é dizer que uma madeira x é sempre melhor que uma madeira y. Aí eu discordo.

O conjunto madeira, captador, corda, mão do guitarrista define o som. Mudar qualquer um desses fatores altera o resultado, pra melhor ou pior? Aqui eu acho que uma simples teoria escrita não pode definir.

Resumindo, sim, você pode ter uma guitarra de compensado que soa melhor pra você do que uma de madeira sólida, ou várias peças de madeira coladas, ou vice versa.
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« Responder #21 : 02 de Dezembro de 2016, as 15:21:42 »

Por experiência própria, uma coisa que define o timbre é o braço, a madeira do corpo tem uma influência muito inferior.

E mesmo pela teoria que a madeira não interfere no timbre, ficou faltando o principal, o nut e a ponte, estes sim interferem decisivamente e não foram mencionados. Não há discussão em nenhuma das teorias que diga o contrário.
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« Responder #22 : 02 de Dezembro de 2016, as 16:06:10 »

Senhores esta discussão não vai levar a nada! Nesse assunto de madeiras x guitarras fatalmente cada um já tem suas convicções e será muito difícil que as mudem simplesmente discutindo aqui...
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« Responder #23 : 02 de Dezembro de 2016, as 19:13:50 »

Agora fico caladinho, depois do que vi e ouvi, minha vida não será mais a mesma, estou disposto a testar novos materiais, vejam exemplos abaixo:

Fender stratocaster de papelão

https://www.youtube.com/watch?v=7Oo2H-W7d6A

Violão clássico de papelão (parece que foi desenvolvido por um brasileiro?)

https://www.youtube.com/watch?v=_elx2OvWN58





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« Responder #24 : 02 de Dezembro de 2016, as 22:09:42 »

E o que falar deste contrabaixo acústico com fibra de carbono?

https://www.youtube.com/watch?v=1Z4S9v3ct1E

Esse eu ainda quero fazer, mas infelizmente não tenho espaço nem para começar!  Cry

Abraços!
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« Responder #25 : 02 de Dezembro de 2016, as 23:29:03 »

Eu sei que o assunto é meio controverso, mas, o fato é que a maior parte do som de uma guitarra (desde que feita de madeira) vem da qualidade da madeira do corpo e do braço.

Porque se não fosse assim, porque a Gibson perderia tempo e dinheiro selecionando os melhores tipos de mogno para o corpo e tops de maple A, AA, AAA ou AAAA para as suas Les Paul Reissue R8 e R9?

O resto vem da qualidade dos captadores e das ferragens que incluem a ponte, as tarrachas, o nut e até a qualidade das cordas.

Houve uma época em que acreditando na falsa premissa de que os captadores eram os maiores responsáveis pelo som de uma guitarra, eu comprava primeiro o captador de ponta e depois uma guitarra relativamente barata para colocá-lo.
Fiz isso algumas vezes e em todas o resultado foi decepcionante, com o captador de ponta melhorando no máximo em uns 10% o som da guitarra em relação aos captadores stock.
Por isso, parei de comprar guitarras baratas pra colocar captadores de ponta.

Guitarras feitas de acrílico, de compensado, de mdf, de ferro, de alumínio, de fibra de carbono, feitas de latas, etc, podem até soar bem, mas, definitivamente, soam diferente de uma guitarra feita com madeiras de qualidade.

O resto é especulação...







« Última modificação: 03 de Dezembro de 2016, as 01:23:40 por Ramsay » Registrado
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« Responder #26 : 03 de Dezembro de 2016, as 02:00:07 »

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E porque eles ligariam a um valvulado? Não faz o menor sentido. Eles precisavam é de um conversor analógico-digital para poder analisar o som dela.

Boa noite.

A faixa de frequência de um valvulado é maior, reproduzindo mais fielmente as características do instrumento como um todo. Basta ligar amplificadores diferentes a uma mesma caixa acústica e será possível perceber a "liberdade" que o valvulado dá aos harmônicos.
O ideal seria ter ligado em um bom amplificador e ai sim, com um bom microfone captar a pressão sonora e realizar os testes necessários.

Mas vamos supor que eu esteja sendo "mojista" e que bastava ligar em uma placa de som. Se fosse esse o caso, eu posso afirmar com conhecimento de causa, o ADC da line6 vale menos que Rouxinou enferrujada. O sinal registrado por essas placas não é nem de longe fiel ao que de fato é produzido e ouvido. A meu ver a Line6 se preocupa muito mais em ter um bom software de simulações e corrigir qualquer timbre com eles. Digo isso por ter uma aqui e ter me decepcionado muito com a compra. Logo, para mim, foi uma experiência muito mal realizada.
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« Responder #27 : 20 de Dezembro de 2016, as 09:48:43 »

https://www.youtube.com/watch?v=UA3Qah6z1gg
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« Responder #28 : 20 de Dezembro de 2016, as 10:07:41 »


Muito lindo esse baixo, deve ser quase indestrutível, e os trastes não devem precisar de retífica por alguns séculos  Cheesy, mas me veio uma pequena dúvida, o som dele não está muito baixo ou apagado?
Será que trocando os captadores ficaria melhor?
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« Responder #29 : 20 de Dezembro de 2016, as 12:41:52 »

Muito lindo esse baixo, deve ser quase indestrutível, e os trastes não devem precisar de retífica por alguns séculos  Cheesy, mas me veio uma pequena dúvida, o som dele não está muito baixo ou apagado?
Será que trocando os captadores ficaria melhor?

Não achei não! Mais da forma que ouvimos aqui... tem muita coisa envolvida! Compctação do áudio pelo youtube, provavel masterização e modificação do som real do instrumento e várias outras variáveis.
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