Matec, olhei os 3 esquemas, e do 1 para o 2 mudam apenas o valor dos potenciometros de graves e agudos de ambos canais e o valor de um resistor ligado ao potenciometro de intensidade.
Já do 2 para o 3 apenas a fonte. (além da posição do chassis)
Esta correto?
Podemos pensar então que a sonoridade deles seria a mesma?
Li que estes equipamentos tinham fama de queimar valvulas e fontes.
Podemos ligar esta informação à qualidade de componentes e/ou manutenção indevida?
Olá casacunha
As mudanças nos valores dos controles de tonalidade são pouco perceptíveis, talvez existam apenas por falta de componentes de um ou outro valor.
A sonoridade deveria ser a mesma, mesmo porque foi mantido o esquema geral e os componentes mais importantes, inclusive o transformador de saída.
A mudança de toda a linha de modelos de 2 para 3 (T II > T III; TS II > TS III; TRII > TR III) foi quando os Gianninis deixaram de ter o desenho frontal "Fender", para um modelo mais parecido com os cabeçotes da Marshall. Isso externamente. Internamente, a fonte passou a ter transformadores de força menores, com um visual menos caprichado. A retificação que era de onda completa, passou a ser em ponte.
E surgiu o CT para equilibrar a tensão dos capacitores.
Coisa inútil, pois os resistores já faziam esse trabalho. Com o CT surgiu também a maior besteira que se pode fazer numa fonte: A inversão de tensão em um dos capacitores eletrolíticos que tem um terminal ligado ao CT. Que ocorre sempre quando a chave Stand By está desligada. Isso pode ter contribuído para a queima de metade das fontes dos T III e outros amplificadores da série 3.
Em nenhum outro amplificador que conheço, no mundo inteiro, esse "detalhe técnico" foi implementado (coisa de Gênio!)
. Só a Giannini mesmo para fazer isso. Esse "defeito" foi corrigido nas séries dos Duovox de 50 e 100W com a simples mudança de posição da chave de Stand By, mas aparece novamente nas séries mais fortes, dos Duovox 120, 150 e 240, que tem fontes com 2 valores de tensão no HT.
No mais, à respeito da confiabilidade é um amplificador cuja entrada de tensão é de 110v ou 220v. Num país onde se encontram tomados de 115-230v, 117-234v, 120-240v, 127-220v, 127-254v, mas dificilmente 110-220v, é claro que existe uma grande chance de haver problemas de queima de componentes, além do envelhecimento normal dos mesmos.
Isso prova que é um aparelho bem resistente, visto o número que ainda existe na ativa, 40 ou 50 anos depois de fabricados
Quanto à manutenção indevida, o que se pode esperar pela falta de informações corretas. Mesmo pela própria fábrica?
Outras marcas, de diversos países, disponibilizam as informações corretas sobre seus produtos. Mas aqui parece que isso é algo impensável.
Outras coisas que pesaram por muito tempo:
Produto nacional não vale a pena ser consertado.
Amplificador valvulado é ultrapassado.
Não temos dinheiro para gastar com isso. (O que pesa mais que tudo que foi dito.)