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Autor Tópico: Para ouvir rádio no carro antigamente  (Lida 5582 vezes)
xformer
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« : 04 de Julho de 2016, as 22:57:16 »

Imaginem vocês como era um rádio valvulado instalado nos veículos entre as décadas de 40 e 60 do século passado. Como fazer para alimentar um rádio desses a partir de baterias de 6V ou 12V ?  A maioria das válvulas dependia de alta tensão para funcionar e portanto deveria haver alguma forma de se obter a partir das baterias (transformadores não funcionam com corrente contínua, só com alternada).

Esse artigo de hoje do Hackaday nos mostra duas formas de fazer isso: um conjunto de motor-dínamo e com o vibrador eletromecânico.

http://hackaday.com/2016/07/04/retrotechtacular-dc-to-dc-conversion-by-vibrator/

O primeiro era basicamente um motor DC funcionando a partir da bateria que era ligado pelo eixo a uma espécie de dínamo (pra quem não sabe é um gerador DC, muito usado antigamente nas bicicletas para alimentar um farol de iluminação) para gerar a alta tensão DC ou AC (sendo retificada depois) para as válvulas do rádio.

A segunda forma era usar um componente chamado vibrador eletromecânico, que consistia de uma bobina que ficava chaveando um condutor entre dois contatos e assim gerava a tensão alternada que por sua vez era convertida por um transformador elevador.

Vejam os vídeos disponíveis na página. Novidade pra mim.
« Última modificação: 04 de Julho de 2016, as 23:04:59 por xformer » Registrado

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« Responder #1 : 05 de Julho de 2016, as 02:16:08 »

Novidade pra mim também! É incrível como existiam meios geniais de fazer as coisas de forma mecânica/eletromecânica. Exemplo: processadores a relé. As novas gerações (digo isso por que sou jovem) estão tão acostumadas a pensar em códigos, mas têm grande dificuldade em pensar em processos mecânicos. É interessante ver como se faziam coisas incríveis de formas que nos soam malucas atualmente. O que será que vem pela frente? Outra coisa que me choca é ver como as coisas se tornam ultrapassadas rapidamente, e mais do que isso, ver que essas coisas obsoletas se perdem no tempo. Por exemplo, até hoje podemos fazer uma lamparina, essa tecnologia provavelmente ainda será montável séculos após séculos. Já a lâmpada incandescente, que é bem mais recente, se tornará distante de nós, não é facilmente fabricada em casa. Esse é só um exemplo, existem outros exemplos bem mais gritantes. Imaginem quando os transistores de junção bipolar sumirem do mercado... será que se fabricarão em casa? Duvido!
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« Responder #2 : 05 de Julho de 2016, as 11:43:55 »

É incrível como existiam meios geniais de fazer as coisas de forma mecânica/eletromecânica. Exemplo: processadores a relé. As novas gerações (digo isso por que sou jovem) estão tão acostumadas a pensar em códigos, mas têm grande dificuldade em pensar em processos mecânicos. É interessante ver como se faziam coisas incríveis de formas que nos soam malucas atualmente. O que será que vem pela frente? Outra coisa que me choca é ver como as coisas se tornam ultrapassadas rapidamente, e mais do que isso, ver que essas coisas obsoletas se perdem no tempo.

Alguns exemplos de dispositivos mecânicos/eletromecânicos que foram substituídos por eletrônicos:  platinado e carburador do carro (ignição e injeção eletrônica), discos de telefone que eram por pulso (hoje por tons DTMF), máquinas de datilografar (impressoras laser e jato de tinta), calculadoras mecânicas, relógios a corda e pêndulo, gravadores e toca-fitas cassete e videocassetes.  Tudo isso era tão comum no século passado e hoje já fazem parte de museu
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kem
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« Responder #3 : 05 de Julho de 2016, as 17:03:13 »

Tem umas válvulas que requerem baixa tensão nas placas, justamente para uso automotivo. Mas elas foram lançadas mais tarde.
« Última modificação: 05 de Julho de 2016, as 19:11:26 por kem » Registrado

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Ferro_Velho
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« Responder #4 : 05 de Julho de 2016, as 20:44:45 »

6AS5, a válvula do Corvo Nero, o power que foi sugerido pelo Blackcorvo e desenvolvido aqui por vocês mesmos.

http://www.r-type.org/exhib/aaa1180.htm

Abraços.
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rogerio_prazeres
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« Responder #5 : 06 de Julho de 2016, as 11:07:46 »

É incrível como existiam meios geniais de fazer as coisas de forma mecânica/eletromecânica. Exemplo: processadores a relé. As novas gerações (digo isso por que sou jovem) estão tão acostumadas a pensar em códigos, mas têm grande dificuldade em pensar em processos mecânicos. É interessante ver como se faziam coisas incríveis de formas que nos soam malucas atualmente. O que será que vem pela frente? Outra coisa que me choca é ver como as coisas se tornam ultrapassadas rapidamente, e mais do que isso, ver que essas coisas obsoletas se perdem no tempo.

Alguns exemplos de dispositivos mecânicos/eletromecânicos que foram substituídos por eletrônicos:  platinado e carburador do carro (ignição e injeção eletrônica), discos de telefone que eram por pulso (hoje por tons DTMF), máquinas de datilografar (impressoras laser e jato de tinta), calculadoras mecânicas, relógios a corda e pêndulo, gravadores e toca-fitas cassete e videocassetes.  Tudo isso era tão comum no século passado e hoje já fazem parte de museu


Tinha um livrinho que dava choques com um mecanismo muito bem bolado. Era uma pilha de 1,5V em série com uma bobina (indutor).
O circuito era ligado numa lâmina que também era uma mola e tinha um imã na ponta.
Quando abria esse conjunto (mola+imã) ficava vibrando por alguns segundos, fechando e abrindo o contato do circuito do indutor. A alta tensão resultante da interrupção do circuito indutivo e AC por causa da vibração dava um choque bem desagradável.
Eu só não sei se alguém já morreu com essa brincadeira, pois era um choque forte e alternado justamente entre os dois braços. Tudo que o coração precisa entrar em fribilação.  Huh?

Corrigindo, ainda vende.  Cheesy Cheesy Cheesy

https://www.magicenter.com.br/p-6193466-Livro%20do%20Choque
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« Responder #6 : 06 de Julho de 2016, as 12:17:51 »

Tinha um projetinho na revista Divirta-se com a Eletrônica que ensinava a fazer esse livrinho.

Chamava-se "Livro Chocante" e o PDF está disponível aqui:
http://doradioamad.dominiotemporario.com/doc/Divirtase%20com%20a%20Eletronica%20Vol%2025.pdf

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« Responder #7 : 06 de Julho de 2016, as 16:01:07 »

Tinha um projetinho na revista Divirta-se com a Eletrônica que ensinava a fazer esse livrinho.

Chamava-se "Livro Chocante" e o PDF está disponível aqui:
http://doradioamad.dominiotemporario.com/doc/Divirtase%20com%20a%20Eletronica%20Vol%2025.pdf

Esse aí já é um tanto complexo pois tem um oscilador e um transformador de alta.
O que eu me lembro, usava a lâmina com o imã na ponta pra criar a oscilação (oscilação mecânica mesmo) que só interrompia e fechava o circuito do indutor.
O choque era bem forte por sinal.
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« Responder #8 : 06 de Julho de 2016, as 19:36:45 »

Lembro de um isqueiro que eu comprei uma vez para sacanear os amigos fumantes, ele dava choques Cheesy. E era alimentado por pilhas pequenas tipo aquelas que alimentam apontadores laser.
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Finck
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« Responder #9 : 06 de Julho de 2016, as 19:37:30 »

Tinha um livrinho que dava choques com um mecanismo muito bem bolado.

E a cereja do bolo era a foto de uma garota (quase) pelada que tinha na "capa", anunciando os prazeres contidos no interior do livro...

Quando adolescente, cansei de tomar choque. Por motivos provavelmente de ordem hormonal, a porção reptiliana do meu cérebro sempre tomava as rédeas do meu corpo quando esses livrinhos me eram mostrados...

Tinha também uma armadilha preparada com uma caixinha falsa de chicletes Adams "azedinho doce de tirinha" (populares nos anos 70), que você oferecia aos "amigos". Quando o peão puxava o chiclete, um mecanismo com mola (igual ao de uma ratoeira) saia de dentro da caixinha e martelava-lhe a unha do polegar. Doía pra burro... Claro que havia uma técnica toda especial para fazer o cidadão cair, incluindo distribuir alguns chicletes de verdade para produzir a confiança necessária na vítima...
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Se alguém ficou curioso, meu avatar é o brasão da família Finck. Dizem que os brasões das famílias alemãs estão relacionados com a profissão de seu patriarca. Se isso for verdade, o patriarca Finck deve ter sido bobo da corte...
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« Responder #10 : 06 de Julho de 2016, as 20:39:09 »

Tem umas válvulas que requerem baixa tensão nas placas, justamente para uso automotivo. Mas elas foram lançadas mais tarde.


Pra piorar, muitas das baterias automotivas na década de 1950 e antes disso, eram de 6,3Vdc (coincidência não ? Por isso que a tensão de filamento da maioria das válvulas usa essa tensão) e só em meados dessa década começaram a adotar as baterias de 12,6Vdc nos carros. 
Como muito do desenvolvimento da eletrônica se deveu (e ainda continua) às necessidades militares, principalmente na segunda guerra mundial, muitos rádios usados no front eram alimentados com baterias (6V e 12V) e carregados nas costas de soldados encarregados da comunicação, e as válvulas eram os dispositivos ativos, portanto fazia sentido terem os filamentos com essas tensões. 
Um filme muito interessante: "Códigos de Guerra" em que índios Navajo foram usados pelo exército americano na guerra no pacífico para que os japoneses não entendessem as mensagens enviadas pelo rádio, com fala na língua nativa. Puseram os pobres índios carregando um trambolho de rádio nas costas e correndo no meio das batalhas ... 
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« Responder #11 : 07 de Julho de 2016, as 14:42:14 »

Esse aí já é um tanto complexo pois tem um oscilador e um transformador de alta.

Exato, no próprio texto está descrito isso, é um "melhoramento do projeto original", pois o cara não pára de tomar choque até largar o livro.
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« Responder #12 : 08 de Julho de 2016, as 23:05:50 »

As válvulas 6V6 foram originalmente concebidas para serem usadas em rádios de carros, e foram por um bom tempo, até surgirem os transistores.
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