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Autor Tópico: Problema com amplificador de baixo  (Lida 5166 vezes)
Bublitz
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« : 20 de Maio de 2016, as 09:53:44 »

Bom dia pessoal, tudo tranquilo?

Apareceu um problema com um amplificador aqui, do baixista da minha banda, um Voxstorm Bass 250.

Ele chegou com o amp, recém saído de um "rebobinamento" do falante, ligou e o fusível queimou.
Verifiquei o transformador da fonte, e não estava em curto, mas o par 2SA1943 e 2SC5200 estavam em curto.
Troquei estes dois, (coloquei um par do meu finado RX100, que estavam "meia vida"), liguei o amp, funcionou alguns segundos e o fusível foi pro espaço outra vez, assim como os 2SA/2SC.

Aí reparei o seguinte, no RX100 que usa os 2SA/2SC o falante é de 8R, a etiqueta na carcaça do falante do Voxstorm também diz 8R, mas quando fui medir o falante pra ver se não estava em curto, a medição foi de 4R...

Imagino que o pessoal que consertou o falante tenha colocado uma bobina com o valor errado, mas fico com uma dúvida, o par 2SA/2SC pode trabalhar com falante de 4R?
Caso positivo, há possibilidade de modificar o circuito para ele trabalhar com o falante de 4R?
Caso positivo novamente, é viável efetuar esta modificação?

Procurei o esquema deste amplificador na internet, mas não encontrei Sad

Abraços
Tiago Bublitz
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« Responder #1 : 20 de Maio de 2016, as 10:37:35 »

Bom dia pessoal, tudo tranquilo?

Apareceu um problema com um amplificador aqui, do baixista da minha banda, um Voxstorm Bass 250.

Ele chegou com o amp, recém saído de um "rebobinamento" do falante, ligou e o fusível queimou.
Verifiquei o transformador da fonte, e não estava em curto, mas o par 2SA1943 e 2SC5200 estavam em curto.
Troquei estes dois, (coloquei um par do meu finado RX100, que estavam "meia vida"), liguei o amp, funcionou alguns segundos e o fusível foi pro espaço outra vez, assim como os 2SA/2SC.
Normalmente quando queima o par de saída, não basta trocar este par; também têm que verificar o estado dos excitadores (o ideal é troca-los), vericar os resistores e o controle de deriva térmica e ainda verificar se a corrente de repouso está dentro do esperado

Aí reparei o seguinte, no RX100 que usa os 2SA/2SC o falante é de 8R, a etiqueta na carcaça do falante do Voxstorm também diz 8R, mas quando fui medir o falante pra ver se não estava em curto, a medição foi de 4R...
De que forma você mediu a impedância do falante? pois um multímetro comum não mede de forma correta.

Imagino que o pessoal que consertou o falante tenha colocado uma bobina com o valor errado, mas fico com uma dúvida, o par 2SA/2SC pode trabalhar com falante de 4R?
Pode

Caso positivo, há possibilidade de modificar o circuito para ele trabalhar com o falante de 4R?
Caso positivo novamente, é viável efetuar esta modificação?

Procurei o esquema deste amplificador na internet, mas não encontrei Sad

Abraços
Tiago Bublitz

Coloquei algumas respostas entre as linhas de sua mensagem.

Quando fizer manutenção em amplificadores, é bom, antes de ligar, verificar se na saída a tensã é 0V ou próximo disto!  Para fazer esta medição, o falante não deverá estar ligado.

Um falante quando é recuperado, além de verificar se não está em curto, deve-se no mínimo fazer um teste de excursão da bobina.  Pode ser até com as mãos mesmo (coloca-se os dois polegares no cone do falante, o mais próximo da bobina, e forçar para cima e para baixo, para "sentir" se a bobina não está "arrastando").  Não é um método "científico", mas evita muita dor de cabeça.

Boa sorte,
Alfredo
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« Responder #2 : 20 de Maio de 2016, as 11:41:52 »

Bom dia pessoal, tudo tranquilo?

Apareceu um problema com um amplificador aqui, do baixista da minha banda, um Voxstorm Bass 250.

Ele chegou com o amp, recém saído de um "rebobinamento" do falante, ligou e o fusível queimou.
Verifiquei o transformador da fonte, e não estava em curto, mas o par 2SA1943 e 2SC5200 estavam em curto.
O fato do transformador não estar em curto não significa que o mesmo não esteja bom, as vezes quando ocorre a queima dos transistores de saida se forçar tentar ligar com um fusivel acima do especificado acaba comprometendo o enrolamento do secundário do transformador ( eu fiz essa besteira e estraguei um transformador de um RX100)
Troquei estes dois, (coloquei um par do meu finado RX100, que estavam "meia vida"), liguei o amp, funcionou alguns segundos e o fusível foi pro espaço outra vez, assim como os 2SA/2SC.
Normalmente quando se queima o par de saida, por efeito cascata vai junto os transistores que compões a configuração "darlington" nesse tipo de power , deve ser um par de Tip41/42 ou  BD 139/140
alem dos transistores de excitação  que são os pequenos , caso o power tenha o circuito de proteção termica esse tem também um transistor que acaba queimando ou comprometido. (na duvida troque todos os transistores o valor é muito pequeno apenas os 2SC/2SA custam caro), também é necessário verificar e medir todos os diodos que compõe o power normalmente no circuito de proteção termica e de regulagem de bias deve ter 3 ou 4 diodos


Aí reparei o seguinte, no RX100 que usa os 2SA/2SC o falante é de 8R, a etiqueta na carcaça do falante do Voxstorm também diz 8R, mas quando fui medir o falante pra ver se não estava em curto, a medição foi de 4R...
dei uma pesquisada no cubo em questão e vi que o mesmo, também trabalha com 4R, pois nas especificações e na traseira do mesmo tem uma saida para caixa externa de 8R, que em conjunto com o falante da caixa daria os 4R

Imagino que o pessoal que consertou o falante tenha colocado uma bobina com o valor errado, mas fico com uma dúvida, o par 2SA/2SC pode trabalhar com falante de 4R?
Caso positivo, há possibilidade de modificar o circuito para ele trabalhar com o falante de 4R?
de acordo com minhas experiencia e o pouco conhecimento que acumulei trabalhando com power que usam os 2SC5200 e 2SA1943, posso afirmar que o que está fazendo queimar a saida é excesso de temperatura, amp como esses cubos são projetados no limite de dissipação do par de 2SC /2SA (150W) , acontece que ao colocar uma carga de 4R eleva-se a potencia de saida e consequentemente a temperatura nos transistores de saida, ocasionando a queima dos mesmo. isso acontece com esse amp, com o RX100 , com o QX200, com os Staner BS120/BS200 e todos os cubos que usam essa mesma arquitetura de power usando o próprio chassi como dissipador para os transistores de saida. para trabalhar com mais segurança  em 4R seria necessário colocar os transistores de saida em um bom dissipador de aluminio e usar ventilação forçado no mesmo
Caso positivo novamente, é viável efetuar esta modificação?
completamente viável e recomendado

Procurei o esquema deste amplificador na internet, mas não encontrei Sad

Abraços
Tiago Bublitz

complementando agora além do que o Alfredo já disse, eu recomendo que se monte um circuito protetor de falantes pra usar na saída. é simples e fácil e isso vai evitar que caso a saída entre em curto queime novamente o falante.
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Ramsay
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« Responder #3 : 21 de Maio de 2016, as 02:08:42 »

Edit:
Pensei melhor e retirei o texto que foge ao assunto do tópico.
« Última modificação: 22 de Maio de 2016, as 17:35:09 por Ramsay » Registrado
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« Responder #4 : 21 de Maio de 2016, as 09:04:49 »

Então, eu peço desculpas ao autor do tópico e pergunto aos experts do fórum, como pode um canal de amplificação solid-state sem carga e sem uso dar tal perrengue??


Que intrigante essa história hein ??  Roll Eyes
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« Responder #5 : 23 de Maio de 2016, as 13:36:04 »

Olá pessoal, muito grato pela atenção.

Peço desculpas por não ter respondido antes, estou sem net em casa.

Fiz o teste de excursão no falante, e não está enrroscando.
A medição foi com o multímetro mesmo, na escala de 200R, a medida lida foi de 4,5R, já li que a medição não é correta usando o multímetro, mas considerei como sendo 4R.

Testei (com multímetro) o transformador também, sem curtos entre os enrrolamentos/chassis. Testei desacoplando o secundário do circuito, o fusível não abriu e a leitura foi de 42VAC. Acredito que ele esteja OK.

Vou trocar todos os transístores, neste caso seriam: o par 2SA/2SC, três tips 41C e quatro BC337. Também trocarei os 1N4007 (realmente, tem 3 próximos aos transístores e 1 mais afastado, além dos diodos maiores que retificam para o power).
Após isto, medirei a saída conforme o Alfredo recomendou.

Infelizmente não puder ler a mensagem original do Ramsay, mas agradeço pela sua participação.

Conversei com o dono do amp, e segue o relato:
Ele foi tocar com um pessoal em outra cidade, onde a rede é 127VAC (normalmente ele usa em 220VAC).
Depois de um tempo, o amplificador ficou mudo, mas sem nenhum "cheiro de queimado" conforme ele me falou.
Ele levou até uma assistência, e o lá diagnosticaram como sendo a bobina do amp rompida e fizeram o reparo. Nâo chegou a tocar mais, pois chegou em casa e no que ligou, o fusível abriu. A chave seletora de tensão estava corretamente selecionada para as tensões locais.

Acredito que o palpite do Edyguitar esteja correto. Segundo o fabricante, o amplificador tem 140W (bem próximo ao máximo), e o dissipador de calor dele, como diria um professor meu do tempo de eletrônica, "não é um dissipador, é uma chapa de alumínio dobrada", presa nos 2SA/2SC e presa no chassis.

Vou fazer as substituições dos componentes e posto aqui o desenrolar.

Abraços
Tiago Bublitz

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« Responder #6 : 23 de Maio de 2016, as 15:28:45 »

Tiago, se vai enfrentar esta empreitada sozinho e for a primeira vez, procure informações de como usar a "lâmpada de série" como ferramenta de proteção na manutenção.

Boa sorte,
Alfredo
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« Responder #7 : 23 de Maio de 2016, as 17:36:40 »

A dica do alfredo da lampada em série eu esqueci de mencionar no meu comentário acima.
O transformador que citei, também não abre o fusivel, e também não está em curto tanto no primario quanto no secundário. e a tensão do secundário mede corretamente os 45VAC, porém ao ligar ele com a lampada em série, deveria dar um brilho forte rapidamente e depois ficar bem fraco quase apagado. só que isso não acontece, ao ligar a lampada acende forte e depois diminui o brilho mas ainda continua acima do que seria normal para o transformador sem carga, ou seja, enrolamento comprometido. de acordo com o relato do dono (amp  ligado em 127V com a chave setada para 220 por muito tempo) isso compromete o enrolamento primário do transformador.
Outra observação: voce disse que tem 3 TIP 41?Huh? estranho, pois a topologia da maioria dos powers que usam o par complementar 2SC/2SA , deveria ter pelo menos um TIP42
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« Responder #8 : 24 de Maio de 2016, as 13:31:11 »

Prezados, grato pela atenção e pela preucupação. Sim vou usar a lâmpada da bancada.

Ademais, não estou sozinho nesta empreitada, estou sendo assistido pelo pessoal do fórum, imagino não ter assistência melhor! Cheesy

Quanto aos tips, foi vacilo meu, tinha olhado por alto, ontem quando fui conferir/separar tudo para trocar, vi que realmente são dois 41 e um 42. O mesmo para os BCs, três 327 e um 337. Infelizmente não os tinha em casa para trocar ontem. Vou tentar consegui-los hoje.
Outra coisa, quando estava ligado em 127,a chave estava setada para os 127.

Uma coisa que pensei aqui, talvez seja uma tolice, mas é sempre melhor perguntar né...

Quando se utiliza distorção, o sinal é amplificado antes mesmo de ir para o amplificador, certo?
Há possibilidade de ter muita saturação e acabar comprometendo o amplificador?
Lembrei agora que ele usa um set assim:
Baixo>fuzz (para guitarra)> equalizador>amplificador

O fuzz sempre está no máximo, e o volume do amplificador costumeiramente após a posição 14h.



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« Responder #9 : 24 de Maio de 2016, as 18:43:50 »

Uma coisa que pensei aqui, talvez seja uma tolice, mas é sempre melhor perguntar né...

Quando se utiliza distorção, o sinal é amplificado antes mesmo de ir para o amplificador, certo?
Há possibilidade de ter muita saturação e acabar comprometendo o amplificador?
Lembrei agora que ele usa um set assim:
Baixo>fuzz (para guitarra)> equalizador>amplificador

Em tese o estágio de potência deve ser projetado e dimensionado para lidar com esses sinais saturados sem sofrer avaria. Isso inclui um sistema de dissipação do calor adequado e uma montagem correta deste mesmo sistema.
« Última modificação: 24 de Maio de 2016, as 18:46:39 por xformer » Registrado

O que se escreve com "facilidade" costuma ser lido com dificuldade pelos outros. Se quiser ajuda em alguma coisa, escreva com cuidado e clareza. Releia sua mensagem postada e corrija os erros.
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« Responder #10 : 26 de Maio de 2016, as 02:23:47 »

Xformer
Obrigado pelo retorno.

Segue atualizações:

Trocados os transístores, checados os diodos, liguei o amp (sem o falante e com a lâmpada)
Aparentemente tudo normal, lâmpada dá uma piscada e apaga, medição da saída em 0V.

Religuei o amp com o falante e a guitarra plugada para testar, nada da "fumaça mágica", mas o som ficou um pouco "estranho".
Lembra bastante um amplificador com o cone do falante rasgado (parecido com uma saturação leve de um valvulado pequeno), e dá a impressão que o som "morre" antes da hora. Usando a entrada "high" ou "low", acontece isso, em uma essa impressão é menor que a outra.

A calota do falante está um pouco amassada e usei a guitarra para testar.
Pode ser por isso ou provavelmente algo a mais no circuito está comprometido?

Abraços
Tiago Bublitz
« Última modificação: 26 de Maio de 2016, as 02:25:33 por Bublitz » Registrado
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