Então pessoal, a ligação foi a mais simples possível (com capacitores).
Mas isso me deixa um pouco preocupado, (essa coisa de usar cortes com capacitor e considerar que a caixa está a 8_ohms) já que os transformadores de saída são para 4, 8, 12 e 16_Ohms, para duas El84 em AB1 UL.
Deu um certo trabalho ajustar a realimentação negativa devido ao casamento de impedâncias (o projeto original era para falantes de 15_ohms), e foi possível perceber o quanto é sensível o ajuste correto de impedâncias.
Quanto as caixas de som:
Como disse, uma das caixas veio sem falante de 10". Aparentemente todas as peças vieram (aparentemente tudo original também, e não veio divisor). Com certeza o woofer foi recondicionado.
Notem que no link que passei da caixa não fala sobre divisor de frequência, já para as outras, são especificadas as atenuações dos divisores.
http://www.audiorama.com.br/cygnus/caixa_acustica.htm#HEAVY%20140Portanto imagino que estas caixas não tinham divisor.
Se tinha, perdeu-se.
Então fiz os cortes com capacitores.
Realmente eu acho que é preciso colocar o divisor de frequência, assim todos os componentes trabalham nas especificações.
O que é um pouco complicado, não é exclusivamente o divisor (que você pode achar no mercado livre) por R$100,00 mais ou menos.
O que já encarece um pouco.
Uma experiência que tive com divisores me demonstrou que os tweeters, drivers, médios (mid range), woofers, sub-woofer, etc, devem ser de ótima qualidade, para realmente cobrir a faixa de frequência que prometem, com qualidade (pois alguns não respondem). Outra coisa é que a própria caixa faz seus cortes, principalmente os graves.
Ou seja, não adianta por divisor se você não tem caixas adequadas para as faixas do divisor, particularmente os graves.
Se usa-se divisor em uma caixa qualquer, dessas tipo de parelho de som, como as desse tópico, pode-se facilmente achar que jogou dinheiro no lixo, pois se o divisor faz os cortes prometidos pode-se ter a impressão que está faltando alguma alguma coisa, principalmente graves se a caixa não responder.
Pode parecer um som fragmentado. O conjunto parece não ter a dinâmica de um som de cinema.
Por outro lado (não sei se esta é a melhor solução), quando usa-se certos falantes full range, em caixa adequadas (que suportam e não cortam graves profundos), ele compensa as faixa atenuadas pelos divisores. Parece que o som ganha mais textura.
Assim, eu (particularmente) acho melhor que o falante maior (10" até 15") seja full range (o melhor possível) trabalhando sem corte algum.
Acho que isso é uma possível forma de trabalhar.
O problema é que o preço vai subindo.
Como experiência, emprestei de um colega uma caixa com um JBL 15" (sem cortes, que suporta graves profundos), com dois mid range de 6" e driver. Fiz os cortes usando capacitores (como descrevemos acima).
A mudança é gigantesca com relação as Cygnus Heavy 140 ligada da mesma forma.
A sensibilidade e textura é muito melhor, mesmo em baixos volumes. Não é o falante de 15" somente que faz diferença, mas sim a resposta da caixa para graves.
Se aumentar um pouco o volume a a Cygnus Heavy 140 parece estragar o som da outra.
De certa forma podemos usar o que temos em mãos, mas o preço vai nas alturas se você busca qualidade.
E o amplificador valvulado (simples como o que eu fiz, com duas EL84) "pede" caixas de primeira. Quanto melhor a caixa mais eu me se assusto com a qualidade e textura que escuto.
Você faz seu ampli, e depois de pronto, você percebe que as potencialidades dele são difíceis de serem aproveitadas.