Olá, amigos
Depois de muito brigar com as milleniums, e mil formas mal sucedidas de ligar os LEDs, consegui finalmente completar meu OCD v3 (no layout do Stratotrasto), que está em uma casinha junto com um Super Hard-On, ambos com leds indicadores funcionando através do maravilhoso Decennium Bypass.
Mas a questão hoje não tem nada a ver com leds....
O pedal está sofrendo do clássico problema de falta do buffer de saída. Vou descrever para quem não está familiarizado. Sou leigo em eletrônica, e não sei bem como funciona essa questão toda da interação do pedal com a impedância do que vem depois dele e com a capacitância dos cabos escolhidos para conectá-lo ao amp. Sei o que escuto: quando o OCD está ligado no amp direto a distorção é gorda e cremosa, perfeita para solos, com timbre que lembra Eric Johnson e Joe Bonamassa. Quando ligo o boost depois do OCD (coloquei uma chave para alternar a posição do SHO entre antes ou depois do OCD, dependendo do que quero no momento), ele age como buffer, e deixa passar uma infinitude de frequências agudas e harmônicos que antes estavam sendo jogados fora; o som fica mais brilhante e com mais clareza e definição, e com baixo ganho dá um "punch" legal para captadores single.
Gosto dos dois timbres, cada um tem seu uso e situação. Aí vem o problema: o corte de agudos é inconsistente, quando plugo no meu Laney ele soa de um jeito. Quando plugo no Ruby soa de outra forma. Se ligo no amplitube ou direto pelo Condor Cab Sim, os timbres são todos diferentes. Não dá pra prever o comportamento dele. A solução de simplesmente colocar um buffer na frente dele sempre ligado vai me fazer perder o timbre gordo, e deixar sem buffer não vai me permitir colocar mais nenhum pedal (modulação, etc, ou qualquer um de buffered bypass) depois dele para não correr o risco de o timbre ficar rasgado na hora que ligar outra coisa.
Minha intenção é ter uma forma consistente de escolher o timbre que quero, para não ter surpresas desagradáveis nem perda de flexibilidade. O que pareceu mais adequado é a mod feita pela Thru-Tone (
http://www.thru-tone.com/OCD_Eternity.html ), que implementa um knob que chamam de suck, e que simula o efeito da capacitância e da impedância na saída do pedal. Não encontrei nenhum esquema dessa mod pela internet (se alguém tiver e estiver disposto a compartilhar, já mata o problema aqui,
). Imagino que ela funcione por meio de algum circuito que consiga variar a capacitância com um potenciômetro. Procurei por circuitos assim, e o máximo que encontrei de interessante sobre capacitância variável por potenciômetro foi o artigo do Geofex sobre Wah wah (
http://www.geofex.com/article_folders/wahpedl/wahped.htm#secretcap ). Tem também o esquema desse tópico do fórum do Aron:
http://www.diystompboxes.com/smfforum/index.php?topic=24307.msg167665#msg167665. Meu nulo conhecimento de eletrônica não é suficiente para que eu consiga adaptar isso para funcionar no meu OCD; talvez alguém aqui tenha alguma ideia.
Outras possíveis soluções apareceram, a que mais me pareceu interessante foi a de implementar um "state variable filter" (não sei o nome disso em português) , servindo como filtro de passa baixa de frequência variável. A ideia veio do seguinte site ( Link:
http://buildyourguitar.com/resources/lemme/ ), que fala sobre a interação dos captadores com cabos e impedâncias. Se entendi bem, o princípio que causa a perda dos agudos no OCD é o mesmo da perda dos agudos quando se abaixa o volume da guitarra, até porque o OCD fica cheio de agudos quando seu volume está no máximo, independente do que está depois dele. Entendi certo? Se for assim, deve funcionar, mas minha preocupação é saber quão similar será a resposta de um circuito assim à resposta do OCD ligado sem buffer. Alguma ideia?
Segundo pesquisei, trocar o potenciômetro de volume do OCD por um de valor menor ameniza esse efeito; mas estou satisfeito com o timbre assim, e não pretendo mudar o som básico do pedal. Ademais, qual a graça de uma solução dessas?
Se nada der certo, vou partir para uma chave rotativa com vários valores de capacitores, sabendo que assim perco a possibilidade de variação contínua do timbre.
Agora confio nos membros do fórum que manjam de eletrônica. O que vocês acham mais viável/interessante de fazer? Como implementar?
Desde já peço desculpas pela extensão do post... E obrigado a quem tiver coragem de ler tudo e ajudar