Handmades</center>
 
*
Bem-vindo, Visitante. Por favor faça o Login ou Registro. 24 de Outubro de 2024, as 23:21:18


Login com nome de usuário, senha e duração da sessão


Páginas:  [1] 2 3   Ir para o Fundo
  Imprimir  
Autor Tópico: Testando Válvulas  (Lida 15789 vezes)
V_amp
Visitante
« : 09 de Junho de 2010, as 18:11:20 »

Ola pessoal,

Para a confecção de alguns projetos, tenho testado algumas válvulas que tenho comprado desde que venho montando projetos valvulados (para ver se estão pelo menos no caminho de estarem relativamente casadas).

O teste que apliquei foi sobre as 6L6GC, medindo a tensão de placa e  a corrente de placa indiretamente através da DDP de um resistor de 10,0 Ohm ligado a placa.
Para tanto usei meu Champ  5F2 (5W)  projeto original. 

Todas as válvulas mediram Ip = na faixa de 45,0 +/- 0,5mA      e         em todos os casos Vp foi de 320 +/-1,5V.
Neste caso a dissipação na placa está na faixa de 14,4W (320V*45mA). Me parece razoável.

Apesar de não medir a transcondutância, pois não tenho uma aparelhagem adequada, gostaria de saber o quanto este teste pode ser significativo (no que se diz respeito às válvulas estarem casadas, ou próximas disso).

Posso salientar alguma credibilidade ao teste, pois testei diversas 6V6 e medi varios e valores diferentes destes parametros, considerando válvulas sem garantia nenhuma.

Obrigado
FAB


Estes mesmo valores foram obtidos para no mesmo ampli para 6l6GC JJ.






Registrado
Thiago Lira
Visitante
« Responder #1 : 09 de Junho de 2010, as 19:03:04 »

Na minha opinião o teste é válido.

Obs.: Desde que o Bias seja fixo para qualquer válvula que colocar creio que dá pra "casar" uns pares com as medidas medidas mais próximas.
Registrado
maioli
Visitante
« Responder #2 : 10 de Junho de 2010, as 15:35:02 »

Eu fiz o casamento do meu ampli assim.  Com a diferença que medi a corrente pela interposição do multimetro entre o resistor de catodo e o terra. Usei sinal constante na entrada, para causar um consumo constante e portanto permitir uma relação direta entre consumo e ganho.

O que leva à brilhante conclusão que, possuindo somente um par de válvulas, é possível "improvisar" um casamento usando resistores de catodo diferentes para dar a mesma corrente.
Registrado
hgamal
Hand MasterMind
*****
Offline Offline

Sexo: Masculino
Mensagens: 3.985

Obrigado
-Dado: 22
-Recebido: 509



« Responder #3 : 10 de Junho de 2010, as 16:44:49 »

O que leva à brilhante conclusão que, possuindo somente um par de válvulas, é possível "improvisar" um casamento usando resistores de catodo diferentes para dar a mesma corrente.

É mais fácil prover tensões diferentes nas grades, usando dois pots de BIAS separados. Os valores comerciais disponíveis dão muito trabalho em achar o valor correto (imagina ressoldá-los toda vez que trocarmos de válvulas) e pots colocados no catodo precisam suportar uma corrente um tanto alta para pots comuns.

Pena que para realizar este casamento, é necessário casar mais que correntes de BIAS. Chamam este tipo de casamento de casamento "estático" - que na verdade é pouco útil. Quem quiser realmente casar válvulas, terá que casar suas as transcondutâncias (gm) e resistências de placa (Ra)  - parâmetros dinâmicos. Mas isto é bem difícil sem traçar as curvas das mesmas.

Para terminar, cheguei a uma triste conclusão. Gosto mais do som delas descasadas, mas acho que não é uma opinião só minha, pois basta o instrumento ter seis cordas que geneticamente o instrumentista que o impunha vai gostar de distorções de características assimétricas.

Que tal um projeto para medir os parâmetros ou traçar curvas de válvulas? Imaginem, algumas fontes de alta controladas por um PIC com A/D, interface USB, micro, etc?
Registrado

Deus salva... e o Rock alivia! Ainda está em tempo do Rock 'n' Roll te salvar
tufoeffect
Freqüente
**
Offline Offline

Sexo: Masculino
Mensagens: 381

Obrigado
-Dado: 2
-Recebido: 35


...Like the sign of the southern cross....


« Responder #4 : 11 de Junho de 2010, as 09:58:32 »

Aproveitando que v c s (moderador, peço que me suspenda do fórum) estão falando de casamento de válvulas e tal...... vi um comentário na net onde um cara queria 3 válvulas 12AX7 para o pré do amplificador Laney dele, só que 2 dessas válvulas tinham de ser cadas entre elas para o pré (canais limpo e sujo) e 1 tinha de ser com triodos balanceados (uma 12AX7 tem dois triodos) para a inversora.
Eu nunca casei válvulas para estas posições e tudo sempre funcionou muito bem, aí eu me pergunto (e a v c s (moderador, peço que me suspenda do fórum) também)..Huh??

É interessante este tipo de casamentos e balanceamentos para as 12AX7???

Melhora alguma carácterística no amp?

Alguém tem propriedade para responder a esta questão?

Deixo para os magistrados mais experientes esta questão.....

Obrigado.
Registrado

...money for nothing!!!
clasmar silva
Visitante
« Responder #5 : 12 de Junho de 2010, as 00:01:15 »

Como o HGamal citou, também nunca me incomodei muito com o casamento de válvulas só procuro usar da mesa marca.
Registrado
maioli
Visitante
« Responder #6 : 14 de Junho de 2010, as 14:40:48 »

Como bem disse o Hgamal, válvula casada "de fábrica" leva muita coisa em consideração e casamento "improvisado" é isso mesmo, uma gambiarra. Ajuda, mas não é bem um casamento. É mais uma união estável, heheheh.

Pra definir o jogo, a classe do ampli é que manda. Em que isso releva? O casamento perfeito é essencial para um bias em classe B. Classe A não precisa de casamento. O que fica no meio, a classe A/B, vai precisar de casamento tanto quanto a dose de "B" for maior que a de "A".

Sobre válvulas de pré: só lembro de ter visto pré em classe A/B para microfone. Ainda não vi preamp de guita que não fosse em classe A.

Para a inversora vale a mesma regra. Se o projetista quer um ampli em B ou bem perto, a inversão de fase vai ter que ser mais simétrica possível. Se quer em A, nem precisa de inversora. Se for A/B, a inversora não é exatamente um ponto crítico de simetria.

E para a potência é a mesma coisa. Um ampli com bias setado para uma zona ligeiramente "A" não vai se ressentir muito da falta de casamento.

Vai ver que é por isso que ninguém anda fazendo em série um ampli para guitarra em classe B.
Registrado
tufoeffect
Freqüente
**
Offline Offline

Sexo: Masculino
Mensagens: 381

Obrigado
-Dado: 2
-Recebido: 35


...Like the sign of the southern cross....


« Responder #7 : 15 de Junho de 2010, as 09:28:21 »

Como bem disse o Hgamal, válvula casada "de fábrica" leva muita coisa em consideração e casamento "improvisado" é isso mesmo, uma gambiarra. Ajuda, mas não é bem um casamento. É mais uma união estável, heheheh.

Pra definir o jogo, a classe do ampli é que manda. Em que isso releva? O casamento perfeito é essencial para um bias em classe B. Classe A não precisa de casamento. O que fica no meio, a classe A/B, vai precisar de casamento tanto quanto a dose de "B" for maior que a de "A".

Sobre válvulas de pré: só lembro de ter visto pré em classe A/B para microfone. Ainda não vi preamp de guita que não fosse em classe A.

Para a inversora vale a mesma regra. Se o projetista quer um ampli em B ou bem perto, a inversão de fase vai ter que ser mais simétrica possível. Se quer em A, nem precisa de inversora. Se for A/B, a inversora não é exatamente um ponto crítico de simetria.

E para a potência é a mesma coisa. Um ampli com bias setado para uma zona ligeiramente "A" não vai se ressentir muito da falta de casamento.

Vai ver que é por isso que ninguém anda fazendo em série um ampli para guitarra em classe B.

MAIOLI, E TODOS....

Eu imagino no caso da válvula inversora que um balanceamento entre os triodos num amp tipo o JCM800 e amps de mesma classe seria interessante pois cada triodo da válvula amplifica o sinal que vai para cada válvula de power "casada" (em 50w), ou par de válvulas no caso de um amp de 100w. É simples imaginar o porque disso, pois é como se cada triodo da inversora recebesse o sinal do pré em sua "entrada" (juntos) e depois na saída enviassem o sinal para cada lado do power (válvula no 50w ou válvulas no 100w), e se isso fosse amplificado uniformemente (triodos balanceados trabalhariam de forma uniforme) ás saídas teriam o sinal balanceado também.

Seria isso?Huh?É como eu vejo.

Já o pré é um circuito onde cada triodo é uma unidade de amplificação, e nessa situação citada (do amp estilo JCM800) o casamento das 12AX7 não teria relevância.

Por favor me corrijam se eu estiver pensando errado..

Obrigado.
Registrado

...money for nothing!!!
maioli
Visitante
« Responder #8 : 15 de Junho de 2010, as 10:06:08 »

Tufoeffect,

Não tem como vc desenvolver um raciocínio limpo em matéria de casamento sem passar pelo conceito de classe, bias e crossover distortion. Sugiro ver sobre isso no aiken amps, a explicação dele é bem clara e vc vai concluir que se as válvulas forem pelo menos semelhantes, não vai haver uma diferença evidente na eficiência em classe A/B. NO ENTANTO, tem uns maníacos que querem tirar até última gota de eficiência de um sistema rudimentar e forçam o bias em direção à classe B. Aí sim, a porca torce o rabo...

aikenamps.com -> tech info -> advanced -> what is crossover distortion?
                                                         -> the last word on class A
                                                         -> the last word in biasing

Esses artigos já dão algum esclarecimento, mas há vários outros que valem a pena ser lidos (todos).

Cuidado para não alimentar nem criar mitos. Amplificação valvulada é a pré-história da amplificação, não tem nada de sofisticado, nem misterioso. É muito imperfeita mesmo e é por isso que gostamos dela.
« Última modificação: 15 de Junho de 2010, as 10:25:08 por maioli » Registrado
hgamal
Hand MasterMind
*****
Offline Offline

Sexo: Masculino
Mensagens: 3.985

Obrigado
-Dado: 22
-Recebido: 509



« Responder #9 : 15 de Junho de 2010, as 10:46:57 »

...

Cuidado para não alimentar nem criar mitos. Amplificação valvulada é a pré-história da amplificação, não tem nada de sofisticado, nem misterioso. É muito imperfeita mesmo e é por isso que gostamos dela.

Belas e corretas palavras!
Registrado

Deus salva... e o Rock alivia! Ainda está em tempo do Rock 'n' Roll te salvar
V_amp
Visitante
« Responder #10 : 21 de Junho de 2010, as 12:56:23 »

Ola Galera,

Pra saber corrente de placa, sem colocar resitor em serie com a placa ou mesmo seguir datasheets, não existem dois pontos no circuito através dos quais podemos medi-la.


Ex: DDP entre o +B do primeiro capacitor e a tensão de placa?
Entre eles está o primario do transformador de saída, e a corrente de placa não seria dissipada na dissipada na resistência/impedância do transformador de saida, correto?
Não daria pra usar U=Zi neste caso (ou U=RI) e tirara corrente de placa?


FAB




Registrado
hgamal
Hand MasterMind
*****
Offline Offline

Sexo: Masculino
Mensagens: 3.985

Obrigado
-Dado: 22
-Recebido: 509



« Responder #11 : 21 de Junho de 2010, as 14:47:28 »

Ola Galera,

Pra saber corrente de placa, sem colocar resitor em serie com a placa ou mesmo seguir datasheets, não existem dois pontos no circuito através dos quais podemos medi-la.

FAB

A corrente é medida de duas formas, uma direta, interrompendo-se o circuito e colocando o amperímetro em série. A outra é indireta, medindo-se a tensão sobre um resistor conhecido no circuito. Como em alguns circuitos, o catodo é ligado diretamente ao terra, não haverá nenhuma resistência conhecida no caminho, ficando difícil a medida indireta.

A escolha de resistores de 1 ohm, faz com que a medida de tensão seja facilmente convertida para corrente - lembre-se da lei de ohm V = R * I, se R=1, V=I. Assim, cada mV medido corresponde ao equivalente em mA.

Não dá par usar a impedância do transformador pois ela é uma medida em AC.
Registrado

Deus salva... e o Rock alivia! Ainda está em tempo do Rock 'n' Roll te salvar
V_amp
Visitante
« Responder #12 : 21 de Junho de 2010, as 14:51:08 »

Entao Hgamal,

Mas, considerando que não se tem corrente alternada no circuito, nao poderiamos usar a resistência do transformador?
U= RI! Em principio isto não estaria correto?
Registrado
hgamal
Hand MasterMind
*****
Offline Offline

Sexo: Masculino
Mensagens: 3.985

Obrigado
-Dado: 22
-Recebido: 509



« Responder #13 : 21 de Junho de 2010, as 16:11:54 »

Entao Hgamal,

Mas, considerando que não se tem corrente alternada no circuito, nao poderiamos usar a resistência do transformador?
U= RI! Em principio isto não estaria correto?

Sim, U=RI. Você vai ter que medir corretamente a resistência transformador, anotar e não esquecer (note que ela vai ser diferente para cada lado em casos de push-pull)!
Registrado

Deus salva... e o Rock alivia! Ainda está em tempo do Rock 'n' Roll te salvar
V_amp
Visitante
« Responder #14 : 21 de Junho de 2010, as 16:13:57 »

OBRIGADO Hgamal

FAB

Mensagem Mesclada
Então completando.

resistência de cada lado do transformador de saida
Lado 1 = 36 Ohms
DDP entre +B do primeiro capacitor e a palca (pino 3) = 2,1V
U = RI =>  58,3mA. Como são duas válvulas em paralelo  
Ip = 58mA/2 = 29,16mA

Lado 2 = 30 Ohms
DDP entre +B do primeiro capacitor e a palca (pino 3) = 1,765V
U = RI =>  58,8mA. Como são duas válvulas em paralelo  
Ip = 58mA/2 = 29,42mA

Razoável, uma vez que para uma das vávulas do lado 2, nas mesmas condições, (usando um resistor de 10 Ohms em serie com a placa) eu  obtive Ip = 24mA.

Considerado que a tensão de placa é 485V, acho que ta legal, sem exigir demais das válvulas.
Dá pra brincar sem fritar!

Então está aí uma sugestão rápida e simples pra saber se cada par de válvulas está fornecendo a mesma corrente.
Se elas forem casadas ou próximas, vale (mais ou menos), que a corrente de placa de cada uma será a metade da obtida. No meu caso (mais ou menos 29mA por válvula)


FAB






« Última modificação: 22 de Junho de 2010, as 13:48:46 por V_amp » Registrado
Páginas:  [1] 2 3   Ir para o Topo
  Imprimir  
 
Ir para:  


Powered by MySQL Powered by PHP Powered by SMF 1.1.21 | SMF © 2006-2009, Simple Machines

XHTML 1.0 Válido! CSS Válido! Dilber MC Theme by HarzeM
Página criada em 0.042 segundos com 22 procedimentos.
SimplePortal 2.3.3 © 2008-2010, SimplePortal