ST Warlock. A guitarra com sistema operacional próprio.

[Renan]

Bom dia!
Eu gostaria de lhes apresentar o meu atual projeto e minha próxima guitarra. Sei de alguns membros do fórum que gostam de tecnologia, coisas experimentais e novidade e muitos dos conceitos que estou usando na parte elétrica analógica eu aprendi por aqui.
A ideia é ter uma guitarra com um display de LCD touch screen para controle extensivo de funções MIDI em VSTs, pedaleiras, equipamentos de rack e qualquer outra coisa midi-enabled. Ainda estou escrevendo as funções disponíveis e suas sugestões serão muito bem vindas.
Se souberem de alguém disposto a patrocinar projetos assim ou divulgar em algum veículo de informação como revistas, e-zines e derivados, uma vez que a guitarra estiver pronta, eu agradeço.

http://stcustom.blogspot.com.br/2014/08/st-warlock-o-conceito-1.html

[fallout]

Conserta o link que esta quebrado.

Bom, você já fez o prototipo então acho que não da mais pra pensar nisso mas... Eu não colocaria o display e os botões na parte de cima da guitarra
o braço fica apoiado ali e pode tocar nos controles, sem falar no suor sujando o display. Sugeriria você também pensar em um modelo de guitarra mais
"classico" você esta limitando o publico alvo com um modelo tão agressivo.

[felix]

Outra sugestão, já que tem os controles digitais, não precisaria de tantos pots.
Parte desses controles deveriam ser setados na tela.
3 pots só e uma chave seletora já seria mais que o suficiente, se puder setar o que vai ser cada um no sistema.

Outra desvantagem seria usar um sistema mono com tantos captadores, o ideal seria usar captadores hexafônicos.
Só um captador hexafônico no braço e talvez um humbucker tradicional mono na ponte, assim restaria uma configuração de bypass, mais tradicional.

http://www.ubertar.com/hexaphonic/
http://www.xaudia.com/shop/Pickups.html
http://www.cycfi-research.com/
http://www.premierguitar.com/articles/Putting_the_Hex_On_the_Postmodern_Pickups

[GuitarCris]

Adoro este modelo, tive uma B.C. Rich USA com Head Stock Reverse......
OOOOOO saudades

[Renan]

Conserta o link que esta quebrado.

Bom, você já fez o prototipo então acho que não da mais pra pensar nisso mas... Eu não colocaria o display e os botões na parte de cima da guitarra
o braço fica apoiado ali e pode tocar nos controles, sem falar no suor sujando o display. Sugeriria você também pensar em um modelo de guitarra mais
"classico" você esta limitando o publico alvo com um modelo tão agressivo.

Todas as sugestões fazem sentido, obrigado!
Como é uma guitarra que eu estou construindo como projeto pessoal e para uso pessoal eu não me preocupei com essa questão do "publico alvo" e eu honestamente sempre sonhei em ter uma Warlock, desde a minha adolescência quando eu tinha uma Fender Strat e não dava o devido valor _

Quanto a tocar no display eu ainda vou criar alguns algoritmos de filtro e outros mecanismos para determinar se é um comando ou uma "esbarrada" e no pior dos casos dá pra exigir um acionamento ou movimento específico no controle do menu que fica ao lado, um mecanismo de joystick de PS2 com 2 eixos e push button, mas de fato é um setor de preocupação.
Talvez em outro modelo como Telecaster ou Lespaul fosse possível usar o display atrás da ponte, mas na BC Rich o espaço ali é cavado e esse foi o único local a acomodar apropriadamente o display.
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Outra sugestão, já que tem os controles digitais, não precisaria de tantos pots.
Parte desses controles deveriam ser setados na tela.
3 pots só e uma chave seletora já seria mais que o suficiente, se puder setar o que vai ser cada um no sistema.

Outra desvantagem seria usar um sistema mono com tantos captadores, o ideal seria usar captadores hexafônicos.
Só um captador hexafônico no braço e talvez um humbucker tradicional mono na ponte, assim restaria uma configuração de bypass, mais tradicional.

http://www.ubertar.com/hexaphonic/
http://www.xaudia.com/shop/Pickups.html
http://www.cycfi-research.com/
http://www.premierguitar.com/articles/Putting_the_Hex_On_the_Postmodern_Pickups

Esse Neo6 é uma das coisas mais interessantes que eu vi por esses tempos! A miniaturização da eficiência pelo jeito, impressionante. Obrigado pelos links!
Quanto ao sistema piezo, ele tem uma unidade por saddle, apesar de eles sairem por um único cabo seria possível hackear a ponte também para extrair saídas individuais. Eu pensei em pickups hexafônicos para implementar algumas funções Audio->Midi no STG-OS como os roland GR fariam, mas o custo computacional que já é alto ficaria ainda maior com esse sistema e eu ainda estou engatinhando no desenvolvimento, portanto resolvi adiar essa função.
Alias, eu pretendo substituir o microcontrolador de 8bits 16MHz por um de 32bits 84MHz para conseguir implementar reconhecimento de notas por FFT em um sinal monofônico mesmo e estou prestes a conduzir alguns experimentos nesse sentido.

Quanto ao método de controle, meu objetivo era justamente diminuir a interação entre a parte analógica e digital ao mínimo, dessa maneira os pickups tem preamps e pots de controle convencionais e nenhum sistema digital no caminho até o amp. A parte digital é orientada ao controle do setup e futuramente a conversão audio-midi e injeção de sinal modulado no sustainer para criar drones, recriar o que você está tocando com um som synth-like e outras experimentações do tipo.
-----Isso é o que eu consegui até então:
São aplicações simples de controle e experimentos.

http://www.youtube.com/watch?v=V6hbpKSEvf0

[Ramsay]

Parabéns pelo projeto que está ficando grandioso!
Quais as madeiras do corpo e do braço? alder e maple?

Eu possuo uma guitarra Fernandes equipada com sustainer e com um EMG81 na ponte.
Resolvi medir o consumo com a chave do sustainer ligada (cordas abafadas) e desligada e em ambos os casos a corrente medida foi de 7 mA.
Isso significa que mesmo quando se desliga a chave, a placa de circuito não é desligada, o que diminui a vida útil da bateria.
Por isso estou pensando em colocar uma chave adicional que desligue a placa de circuito e deixe só o EMG81 ligado, porque afinal não é sempre que se precisa utilizar o sustainer.

Eu penso que com as cordas da guitarra vibrando o consumo deva ficar bem acima dos 7 mA, enquanto que um EMG81 sozinho consome apenas 80 micro amperes.

Outra coisa, pelo que eu vi no seu blog, você enrolou a bobina do driver do sustainer em cima da bobina de um captador que também vai gerar som na guitarra?
Se for, isso pode gerar sinais espúrios na bobina normal do captador e prejudicar o funcionamento do sustainer.

[Renan]

Parabéns pelo projeto que está ficando grandioso!
Quais as madeiras do corpo e do braço? alder e maple?

Eu possuo uma guitarra Fernandes equipada com sustainer e com um EMG81 na ponte.
Resolvi medir o consumo com a chave do sustainer ligada (cordas abafadas) e desligada e em ambos os casos a corrente medida foi de 7 mA.
Isso significa que mesmo quando se desliga a chave, a placa de circuito não é desligada, o que diminui a vida útil da bateria.
Por isso estou pensando em colocar uma chave adicional que desligue a placa de circuito e deixe só o EMG81 ligado, porque afinal não é sempre que se precisa utilizar o sustainer.

Eu penso que com as cordas da guitarra vibrando o consumo deva ficar bem acima dos 7 mA, enquanto que um EMG81 sozinho consome apenas 80 micro amperes.

Outra coisa, pelo que eu vi no seu blog, você enrolou a bobina do driver do sustainer em cima da bobina de um captador que também vai gerar som na guitarra?
Se for, isso pode gerar sinais espúrios na bobina normal do captador e prejudicar o funcionamento do sustainer.

Meus parabéns pela guita e obrigado pelas informações!
Creio que a corrente de 7mA seja "idle" do circuito amplificador dele, certamente a potência necessária para emitir um campo magnético suficiente para vibrar as cordas é bem maior e essa conta não ia fechar. Pra ser bem honesto, achei 7mA uma corrente até baixa para ele desligado.

Quanto a bobina, é precisamente isso. Eu fiz um "calço" para ela ficar compacta e evitar perda de rendimento por vibração e para tentar concentrar melhor o campo. A minha preocupação era alterar a capacitância do captador (um PunchBucker Sergio Rosar) mas eu não havia considerado o fato dos espúrios porque eu pretendo usa-lo ativo quando o captador de ponte estiver ativo, ou você fala de outro efeito pelo fato de ter um enrolamento sobre outro, ainda que o cap de braço esteja desligado? Poderia me explicar melhor?

[Ramsay]

Meus parabéns pela guita e obrigado pelas informações!
Creio que a corrente de 7mA seja "iddle" do circuito amplificador dele, certamente a potência necessária para emitir um campo magnético suficiente para vibrar as cordas é bem maior e essa conta não ia fechar. Pra ser bem honesto, achei 7mA uma corrente até baixa para ele desligado.

Quanto a bobina, é precisamente isso. Eu fiz um "calço" para ela ficar compacta e evitar perda de rendimento por vibração e para tentar concentrar melhor o campo. A minha preocupação era alterar a capacitância do captador (um PunchBucker Sergio Rosar) mas eu não havia considerado o fato dos espúrios porque eu pretendo usa-lo ativo quando o captador de ponte estiver ativo, ou você fala de outro efeito pelo fato de ter um enrolamento sobre outro, ainda que o cap de braço esteja desligado? Poderia me explicar melhor?

Na verdade, o que eu quis dizer é que em hipótese alguma o Punchbucker do braço e o captador ativo da ponte poderão ser ligados juntos, porque neste caso, a alta corrente que passa pelo enrolamento do driver, quando em funcionamento, induzirá um ruído espúrio na bobina do Punchbucker.

Outra coisa que me preocupa é o fato da bobina do driver, por ter sido enrolada por cima da bobina do Punchbucker, ficar muito distante dos polos do captador, o que pode comprometer o desempenho do Sustainer, mas, isso é uma questão de se testar e ver como é que fica.
Então, se o som do Sustainer não ficar nos conformes, você já sabe a provável causa.

E, afinal, quais são as madeiras utilizadas no projeto?

[Bacelete]

Renan muito legal o seu projeto, a sua ideia de midi screen é muito mais interessante do que as presentes nas guitarras Manson.
No sustainer, o ideal é que você use uma chave que ao ligar o circuito, ela ao mesmo tempo "desligue" o captador do braço, porque senão, gera uma microfonia horrorosa.
Que circuito você pretende usar para excitar o driver? Eu tentei fazer um sustainer mas não deu muito certo.

[Renan]

Na verdade, o que eu quis dizer é que em hipótese alguma o Punchbucker do braço e o captador ativo da ponte poderão ser ligados juntos, porque neste caso, a alta corrente que passa pelo enrolamento do driver, quando em funcionamento, induzirá um ruído espúrio na bobina do Punchbucker.

Outra coisa que me preocupa é o fato da bobina do driver, por ter sido enrolada por cima da bobina do Punchbucker, ficar muito distante dos polos do captador, o que pode comprometer o desempenho do Sustainer, mas, isso é uma questão de se testar e ver como é que fica.
Então, se o som do Sustainer não ficar nos conformes, você já sabe a provável causa.

E, afinal, quais são as madeiras utilizadas no projeto?

Desculpe, eu só vi agora que esqueci de responder da primeira vez. Braço de mapple com escala em Itaúba e corpo em Marupá.
Compreendi a preocupação com o chaveamento simultâneo mas como eu vou fazer alguns experimentos futuros com injeção de sinal no driver do sustainer o acoplamento magnético ali presente pode ser até interessante, mas é algo a ser estudado. O preamp cuida de tirar a referência pro sustainer sempre do captador de ponte, independente do captador selecionado na chave e do blend do piezo e é só liga-lo e manter nessa posição.
Quanto a distância da bobina, talvez seja um fator a ser levado em consideração sim, mas ainda vou fazer mais testes antes de tirar conclusões.
Obrigado pelas dicas!
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Renan muito legal o seu projeto, a sua ideia de midi screen é muito mais interessante do que as presentes nas guitarras Manson.
No sustainer, o ideal é que você use uma chave que ao ligar o circuito, ela ao mesmo tempo "desligue" o captador do braço, porque senão, gera uma microfonia horrorosa.
Que circuito você pretende usar para excitar o driver? Eu tentei fazer um sustainer mas não deu muito certo.

Eu fiz alguns testes com circuitos diferentes, um baseado no ruby, um modificado e um módulo de power amp classe D com 3+3W que rendeu o melhor sustain só que o feedback mais fácil de sair de controle. Ainda não testei ESSE sustainer, estou me baseando em testes com modelos anteriores.
Uma vez que eu tenha acertado tudo vou escrever um novo artigo sobre construir sustainers com base nesses experimentos e a ideia é explicar quais conceitos funcionam e quais não na esperança de alguma alma mais entendida do assunto oferecer explicações teóricas e ir aprimorando o projeto e tornando-o mais didático para mim e para todos.

[Bacelete]

Por acaso você usou esse módulo? http://www.kemo-electronic.de/en/Light-Sound/Amplifier-Splitter/Modules/M031N-Amplifier-3-5-W-universal.php
Eu vi gente que teve ótimo sucesso com ele, pensei em usar também, mas desisti por conta da corrente que ele drenava, que se não me engano era alta.

[Renan]

Seria um desse:
http://www.ebay.com/itm/1pcs-Mini-Digital-Power-Audio-Amplifier-Board-USB-DC-5V-3W-AMP-Module-5V-USB-/181303482967?pt=US_Amplifier_Parts_Components&hash=item2a36879a57

Apesar da corrente ser alta, a eficiência também é mais alta, então você consegue no fim das contas drenar menos corrente para obter a mesma potência, além de ter uma folga maior para trabalhar.
Sem falar que ele funciona em 5V então o ideal é usar um conjunto de 4 pilhas recarregáveis para 4,8V ou um daqueles conversores de pilha de lítio pra 5V com recarga USB.
E eles custam 3 reais com frete, então dá pra comprar alguns pra experimentar