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Autor Tópico: Equivalência entre 6P3S, 6P3S-E e 5881  (Lida 17663 vezes)
kem
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« Responder #15 : 08 de Maio de 2014, as 18:18:09 »

Achei muita cara de pau estampar informação na valvula e dizer que é a mesma.

Mas ainda acho pior o cara do ML que vende elas como 6L6GC...
« Última modificação: 08 de Maio de 2014, as 18:31:32 por kem » Registrado

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Eduardo
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« Responder #16 : 09 de Maio de 2014, as 07:46:58 »

Oi Nevio

A 6P3S é equivalente à 6L6G. Não é equivalente a 6L6GA, 6L6GB ou 6L6GC. A 5881 é equivalente à 6L6G, mas com um bulbo menor. Mas a 6L6G não é equivalente à 5881!!!

Preste atenção nisso! Dizer que a válvula A é equivalente à válvula B não significa que A = B. Apenas diz que A pode operar no lugar de B sem maiores problemas. E a equivalência é, em geral, unilateral. Isso significa que apesar de A poder operar no lugar de B, não necessariamente B possa operar no lugar de A. Exemplo: a 6L6GC pode operar no lugar da 5881, se couber no espaço pois a 5881 é menor, mas uma 5881 não aguenta o tranco de uma 6L6GC.

Eu criei uma tabela comparando os máximos absolutos de várias opções de equivalentes da 6L6 que pode servir de guia para você.

Com respeito ao caso em questão da 6P3S, a coisa é a seguinte: você pode colocar no seu carro pneus de várias marcas. Pode usar pneu de marca boa, marca ruim ou ressolado. Com um pneu ressolado o seu carro vai andar, e pode te servir muito bem. Mas você precisa estar consciente de que se trata de um pneu ressolado, caso vá pegar uma estrada. Se for descer a serra de noite, é melhor botar uns pneus Michelin ou Good Year para não correr o risco de ficar na estrada ou sofrer um acidente.


Pro guitarrista amador, que toca uns minutos no final de semana em volume baixo para não irritar os vizinhos, a 6P3S vai bem! É uma opção barata e atende o gosto do povo. Agora, se o cara vai usar o amplificador para tocar na noite, é melhor colocar uma 6L6GC, mesmo que seja uma chinesa, ou uma 6P3SE, que é superior à 6P3S.

E um alerta a todos: trocar válvula não é como trocar lâmpadas. Existem quesitos técnicos que devem ser respeitados, ou alguém vai sair machucado. Tem um monte de curiosos mundo a fora que trocam válvulas nos amplificadores como se não houvesse amanhã. Esses curiosos tocam só nos finais de semana para os amigos. Eles nunca postam um segundo relato, ou vídeo, contando o que aconteceu uns dias mais tarde, quando o amplificador começou a fazer uns barulhos estranhos ou soltar fumaça.

Abraços

Eduardo
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« Responder #17 : 09 de Maio de 2014, as 07:53:18 »

E um alerta a todos: trocar válvula não é como trocar lâmpadas. Existem quesitos técnicos que devem ser respeitados, ou alguém vai sair machucado. Tem um monte de curiosos mundo a fora que trocam válvulas nos amplificadores como se não houvesse amanhã. Esses curiosos tocam só nos finais de semana para os amigos. Eles nunca postam um segundo relato, ou vídeo, contando o que aconteceu uns dias mais tarde, quando o amplificador começou a fazer uns barulhos estranhos ou soltar fumaça.

Estava faltando a opinião (sempre bem vinda) do Eduardo!
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« Responder #18 : 09 de Maio de 2014, as 09:11:48 »

Entendi mestre Eduardo, é porque não estava conseguindo achar a válvula 5881 específica, dai fiquei na dúvida!
Agora consegui entender perfeitamente!!

Vou Falar para o rapaz pegar uma 6L6GC ou a 5881(que é a original do amp), ele é profissional e toca na noite!


E um alerta a todos: trocar válvula não é como trocar lâmpadas. Existem quesitos técnicos que devem ser respeitados, ou alguém vai sair machucado. Tem um monte de curiosos mundo a fora que trocam válvulas nos amplificadores como se não houvesse amanhã. Esses curiosos tocam só nos finais de semana para os amigos. Eles nunca postam um segundo relato, ou vídeo, contando o que aconteceu uns dias mais tarde, quando o amplificador começou a fazer uns barulhos estranhos ou soltar fumaça.


Sobre seu alerta, isso acontece muito, esse head mesmo que veio pra ajustar o bias, o cara vinha trocando a valvula por conta própria, ele só comprava as valvulas e trocava sozinho, ai acho que percebeu que o som não estava legal e dai me enviou!

Ainda estou pegando o jeito na regulagem de bias, ajustei uns 4 amplificadores até hoje e acho que não apresentaram problemas!!

Já recomendei a ele comprar um quarteto casado, e passei o site Altana pra ele escolher!! Smiley


A propósito, uma desviada de leve no tópico! Rs... Eu uso o método do resistor do cátodo, não sei se é o método mais eficiente, mas pelas minhas pesquisas eu vi que é o mais utilizado pelos handmakers! Porém também vi que tem um método que consiste em seccionar um fio que vai para um pino da valvula(seria o que vai para a placa?) e ai ligar um amperimetro em série e medir a corrente, não lembro o fórum que vi, mas que com esse ajuste de corrente também seria uma forma de ajustar o bias!! Isso procede? Vocês teriam algum material que abordasse esse assunto para que eu possa estudar?

Grande abraço!!
« Última modificação: 09 de Maio de 2014, as 10:30:37 por nevio » Registrado
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« Responder #19 : 09 de Maio de 2014, as 10:48:15 »

Nevio... compre a 6L6GC e fique sossegado...
Siga a recomendação do Eduardo (e minha).
Se quer ficar sossegado, compre a 6L6GC.
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« Responder #20 : 09 de Maio de 2014, as 17:28:12 »

Grande Nevio... esse método de regulagem funciona e sempre dá certo.. se bem feito, na realidade tanto pelo resistor quanto ligar o multimetro em série servem para medir a corrente passante no ponto, mas pelo resistor você mede a tensão proporcional á corrente.. porém sem ter o trabalho de ter que colocar o multimetro em série, e procede com a regulagem do mesmo modo.

O Fernando Bello tinha feito um ótimo tutorial sobre a regulagem em um post antigo sobre uma restauração de um Giannini, lá tinha detalhes muito interessantes para aprendizado.

Se eu achar eu posto aqui, ou então um outro material que possa ajudar



Dê uma lida nesse tópico:

http://www.handmades.com.br/forum/index.php?topic=5228.60
« Última modificação: 09 de Maio de 2014, as 17:48:02 por visioncb » Registrado
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« Responder #21 : 09 de Maio de 2014, as 18:53:58 »

A propósito, uma desviada de leve no tópico! Rs... Eu uso o método do resistor do cátodo, não sei se é o método mais eficiente, mas pelas minhas pesquisas eu vi que é o mais utilizado pelos handmakers! Porém também vi que tem um método que consiste em seccionar um fio que vai para um pino da valvula(seria o que vai para a placa?) e ai ligar um amperimetro em série e medir a corrente, não lembro o fórum que vi, mas que com esse ajuste de corrente também seria uma forma de ajustar o bias!! Isso procede? Vocês teriam algum material que abordasse esse assunto para que eu possa estudar?

http://www.duncanamps.com/technical/lvbias.html
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O que se escreve com "facilidade" costuma ser lido com dificuldade pelos outros. Se quiser ajuda em alguma coisa, escreva com cuidado e clareza. Releia sua mensagem postada e corrija os erros.
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« Responder #22 : 09 de Maio de 2014, as 20:24:19 »

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A propósito, uma desviada de leve no tópico! Rs... Eu uso o método do resistor do cátodo, não sei se é o método mais eficiente, mas pelas minhas pesquisas eu vi que é o mais utilizado pelos handmakers! Porém também vi que tem um método que consiste em seccionar um fio que vai para um pino da valvula(seria o que vai para a placa?) e ai ligar um amperimetro em série e medir a corrente, não lembro o fórum que vi, mas que com esse ajuste de corrente também seria uma forma de ajustar o bias!! Isso procede? Vocês teriam algum material que abordasse esse assunto para que eu possa estudar?

Exatamente Nevio, esse é o método que eu, particularmente, prefiro, mas não é o indicado para quem não tem boa prática em medições e não dispõe de instrumental no mínimo razoável. Veja bem, no mínimo razoável.

Nesse método, você checa facilmente se a tensão de polarização recomendada não está resultando em correntes de placa em excesso para a válvula utilizada.

O método do R de 1 ohm é o método fácil e grosseiro porque, em quase 100% dos casos, desfigura completamente as características originais daquele amp em particular.
Ou seja, ajusta-se o amp pelo calor dissipado nas placas e screens, e não pelo trabalho e inteligência empregados pelos seus projetistas  Sad

Você já viu algum amp que saia da fabrica com algum resistor dependurado nos cátodos, retirando os peso-pesados da Ampeg e mais um ou outro moderno ?

Se você tem segurança e e um bom miliamperímetro DC, é fácil medir a corrente de placa para a tensão de Bias recomendada pelo fabricante.
E qualquer DMM de 39,99 reais não carrega nem um pouquinho as grades de controle das válvulas de saída. Se carregar, vai ser muito menos do que os AVO Meters que a turma usava não faz lá muito tempo.

Bom método esse, recomendo.
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« Responder #23 : 09 de Maio de 2014, as 22:01:09 »

O método do R de 1 ohm é o método fácil e grosseiro porque, em quase 100% dos casos, desfigura completamente as características originais daquele amp em particular.
Ou seja, ajusta-se o amp pelo calor dissipado nas placas e screens, e não pelo trabalho e inteligência empregados pelos seus projetistas  Sad

Isso me lembra os manuais da Mesa Boogie, dizendo que não há necessidade alguma em ficar ajustando bias dos amps, que eram só deixar a válvula fria, ainda justificava que muitos dos manuais da Fender já davam uma tensão fixa, onde muitos técnicos eram pagos para fazer a regulagem de bias mas só ajustavam essa tensão para o valor que tinha no manual/esquema, sem cálculo algum, sem casar válvulas nem nada do tipo.. vale muito a pena dar uma lida.

Eu lembro de um Carvin (excelente o amp, eram 4 EL84) que na própria PCI havia escrito um valor já fixo para corrente de ajuste..
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« Responder #24 : 10 de Maio de 2014, as 13:37:32 »

Só os caras top me ajudando! Que honra!!

Valeu meus queridos, o rapaz vai comprar a 6L6GC mesmo!!

Me ajudaram muito, vou ler os artigos que postaram!!

Entendi Guilherme, então sabendo a tensão da placa, qual o valor de corrente que eu devo ajustar seccionando o fio que vai para a placa? Olhando essa tabela do Eduardo: http://www.altanatubes.com.br/webstore/?c=158&t=Valvulas-Eletronicas-de-potencia-6L6-historico-caracteristicas-e-equivalentes#maximos

Fala que a corrente de placa da 6L6 é de 72mA com a tensão em 250V, eu usaria o mesmo calculo do método do resistor de cátodo pra ver a dissipação da placa?

Grande abraço a todos!!
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« Responder #25 : 10 de Maio de 2014, as 13:57:13 »

Nevio, só lembre-se de que a 6L6 é diferente da 6L6gc, na primeira tabela da Altana que você postou mostra as diferenças
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« Responder #26 : 10 de Maio de 2014, as 14:59:18 »

Olá nevio.

A corrente de 72mA @ 250v é para funcionamento em classe A. Para a regulagem do Bias para esse ampli que você está mexendo existem outros parâmetros a serem vistos, e provavelmente  a corrente de cada válvula de saída não deva passar dos 45mA. Consulte a documentação do amplificador ou o pessoal aqui do site sobre isso.  

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« Última modificação: 26 de Abril de 2017, as 15:47:53 por Matec » Registrado
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« Responder #27 : 11 de Maio de 2014, as 17:52:57 »

Oi Névio

A regulagem do bias é definida no projeto do amplificador, quando o projetista escolhe o ponto quiescente dom aparelho. Então, para fazer a regulagem correta, você precisa da documentação do fabricante do equipamento. Como você vai ter dificuldade em conseguir isso, existe uma saída honrosa. Você deve regular para que a dissipação de placa fique abaixo do máximo permitido. Então, no caso da 6L6GC, que tem uma dissipação de 30W, você procede assim:

1- Estabeleça uma margem de segurança, ou seja, deixe uma folga neste valor. Assim, para a 6L6GC, vamos usar apenas 27W, assumindo uma folga de 10%.

2- Coloque o bias no mais negativo possível, para que a válvula fique o mais próxima do corte. Então meça a tensão de placa.

3- Ajuste a corrente de placa para que o produto da tensão de placa e da corrente de placa dê 27W.

P=I*U

4- Meça novamente a tensão de placa, que deve ter caído depois do ajuste e repita o processo até que consiga uma corrente de placa que vai deixar a tensão em um patamar tal que I*U = 27W


Isso vale para qualquer válvula.

Deixar esta folga de 10% é uma regulagem bem "quente". Você pode tentar outras mais "frias", com correntes mais baixas.

Com a prática vai perceber que o seu controle sobre o ponto de operação não é muito grande. Regular para um ponto mais quente é mais fácil que para um ponto mais frio.

Abraços

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« Responder #28 : 11 de Maio de 2014, as 22:19:59 »

Muito obrigado Visioncb e matec!

Super bem explicado Eduardo, valeu mesmo por essa aula!! Entendi perfeitamente agora!!

Grande abraço a todos!

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« Responder #29 : 12 de Maio de 2014, as 18:43:44 »

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A regulagem do bias é definida no projeto do amplificador, quando o projetista escolhe o ponto quiescente dom aparelho. Então, para fazer a regulagem correta, você precisa da documentação do fabricante do equipamento. Como você vai ter dificuldade em conseguir isso,

Não há dificuldade nenhuma. Existe documentação original, do fabricante, sobre todos os modelos de amps que citamos, comentamos e que, eventualmente, são replicados aqui. Sobre os modelos mais "clássicos", informações detalhadas e confiaveis são abundantes.

Por exemplo em http://www.el34world/charts/Schematics1.php

Por vezes me procuram atrás de informações sobre o SLO100 e seus transformadores.

Sempre sugiro o estudo do Yamaha T-100, pai do SLO100, não tanto pelo amp em si, mas sim pela enorme quantidade de informaçoes contida nas três folhas do manual de serviço, original do fabricante, que contem, além do ponto de trabalho e voltage-chart, detalhes de ajuste fino de BIAS para garantir que o estagio de saída permaneça em classe AB, mesmo em alta potencia, através da redução do crossover no estagio de saída. Tudo isso sem R de 1 ohm  Cheesy

No link acima tem esse pdf
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