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Autor Tópico: Squier Coreana 95 (CN5)  (Lida 23895 vezes)
felix
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« Responder #15 : 08 de Maio de 2014, as 18:58:52 »

Então, por mais tosco que estejam os trastes, quando você for pegar uma usada, tente ir onde o "enferrujador" não tocava.  Cheesy
Se a guitarra puder ficar um tempo com você, bote um encordoamento novo e suba um pouco as cordas, por mais detonado que os trastes estejam, a nova corda terá mais pressão e com a ponte (ou saddles) um pouco mais altos, as cordas devem vibrar bem sem impedimentos.

Agora se tudo for bem, a primeira ideia sempre é tentar nivelar os trastes para reduzir a ação para uma zona confortável, se o nivelamento for impossível ai sim partir para a troca.

Eu diria, que em todo processo de feitura de uma guitarra, o mais complexo e importante(assim como colocação e ajuste do tensor) é a colocação dos trastes.
Creio se existisse uma faculdade de luthieria seriam 8 períodos só para essa arte ingrata.

Só posso desejar boa sorte para você e um ótimo aprendizado.
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Etelvino Costa
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« Responder #16 : 08 de Maio de 2014, as 19:13:51 »

Quanto aos trastes no blog Pauleira Guitars tem um material legal:
http://www.pauleira.com.br/dicas/trastes-troca-e-nivelamento/

Eu troquei os de um Supersonic não ficou profissional mas quebrou o galho, improvisei com o que eu tinha:











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Paciência comigo, estou tentando aprender.
felix
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« Responder #17 : 08 de Maio de 2014, as 20:12:01 »

Com certeza para regulagens mais tradicionais, com carinho dá para fazer um ótimo trabalho.

O problema é maior com guitarras com o braço quase sem radius, esse "quase" tem que ser muito bem feito para podermos ter uma ação baixa das cordas sem trastejamento.

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Ledod
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« Responder #18 : 08 de Maio de 2014, as 23:23:34 »

Quanto aos trastes no blog Pauleira Guitars tem um material legal:
http://www.pauleira.com.br/dicas/trastes-troca-e-nivelamento/

 Etelvino, obrigado pelo link! Eu havia já pesquisado bastante a respeito da troca de trastes, mas esse "tutorial" realmente é bem completo!

 Felix:

 Eu devi ter tirado umas fotos antes... A coisa estava "braba"  Cheesy o traste só tinha cor de latão, esmagado pelas cordas e nos cantos um pouco de zinabre verde do cobre da liga de alpaca. Creio que nem nivelando adiantaria, alguns trastes estavam com menos de 1 mm de altura!

 Realmente, se a guitarra não custasse tão baratinha e a troca por um profissional não fosse tão cara, talvez não me arriscaria (na minha Epiphone Std eu não faço isso de jeito nenhum!).
 
 A troca de trastes deve exigir cuidado redobrado na hora da "martelada". A liga de alpaca é "mole" e por isso que alguns martelos profissionais utilizam o bronze/latão em um dos lados além do plástico, assim quem amassa é o martelo e não o traste (mecânica dos materiais é mesmo uma coisa linda!).
 Um martelo de borracha mais rígido com um taco de madeira acho que vai servir.

 Engraçado que agora, ao fazer isso, tenho a mesma sensação de quando montei meu primeiro pedal (minifuzz que funcionou de primeira!), um misto de desconhecido, animação e aprendizado.

 Um abraço!

 Eduardo
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bossman
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« Responder #19 : 08 de Maio de 2014, as 23:27:48 »

A troca de trastes deve exigir cuidado redobrado na hora da "martelada". A liga de alpaca é "mole" e por isso que alguns martelos profissionais utilizam o bronze/latão em um dos lados além do plástico, assim quem amassa é o martelo e não o traste (mecânica dos materiais é mesmo uma coisa linda!).
 

Já inventaram também trastes inox! Mas deve ser caríssimos.
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« Responder #20 : 08 de Maio de 2014, as 23:38:42 »

 Bossman

 Eu vi alguns no mercado livre, um set custava 140 dilmas... Para esse meu amigo descuidado e com dedos ácidos, talvez fosse a melhor solução!

 Ps: Acabei de medir um dos trastes com o paquímetro, 0,45 mm não dá nem para começar a brincar de luthier...  Cheesy
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felix
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« Responder #21 : 09 de Maio de 2014, as 00:15:10 »

Diríamos que são trastes ultra-flat.

Mas não precisa nem de traste, dá para tocar sem eles numa boa.

http://www.youtube.com/watch?v=1PyOZhgQnvU

http://www.youtube.com/watch?v=tkfzWeqvJlA
« Última modificação: 09 de Maio de 2014, as 00:29:53 por felix » Registrado
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« Responder #22 : 09 de Maio de 2014, as 15:26:47 »


Já inventaram também trastes inox! Mas deve ser caríssimos.

Acho que o traste não é tão mais caro, mas por ser um material mais duro ele tem seus contras e prós.

- É muito mais duro difícil de curvar (se não tiver uma calhandra, desista).
- Consome as lixas e limas utilizadas para nivelamento, coroamento e acabamento numa velocidade impressionante.

Sendo mais dispendioso para o luthier, será para o cliente
Mas o resultado é muito bom. Em razão da dureza, os bendings ficam facilitados. Parece que puseram óleo nos trastes !  Palmas
Recentemente tive uma Duo Sonic retrasteada com este material na Music Maker e recomendo.

Com relação às guitarras sem trastes, a Vigier do Govam parece usar um "fretboard" de algum metal dourado. Possivelmente aço com banho galvanoplásico de nitreto de titânio.
É uma boa forma de lidar com o desgaste da escala.  A outra saída é uma madeira bem dura, como o ébano. Mas o desgaste vai aparecer bem mais rápido.
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Flanelinhas, cuidado!!!


« Responder #23 : 09 de Maio de 2014, as 16:21:36 »

O desgaste é o mesmo que dos baixos sem trastes, talvez menor... As Vigier parecem ter o mesmo princípio de um instrumento indiano que tenho e ainda engatinho como um retardado devido à complexidade do mesmo, o sarod. E, ao menos a Vigier que vi com essa escala metálica, era de aço inox comum, sem nenhuma galvanização aparente. Muito cara, viu?

Só para comentar ainda o que eu disse sobre velho não ser vintage, necessariamente: Os instrumentos da Fender considerados Vintage são normalmente de 1976 para baixo. Sendo que depois da aquisição da Fender pela CBS, 1964/65, ainda levaram uns dois a três anos para mudarem completamente o método de fabricação. Mesmo assim ainda há um bom mercado para instrumentos dessa fase pós-venda até 1975/76.

Pra piorar, nos anos 90, com as "super-Strats" a coisa só piorou chegando a fabricarem corpos de poplar em várias Strats USA!!! Isso entre 90 e 97/98! E cá pra nós, ainda deve ter carinha com uma dessas tirando o maior som e muitas vezes a maior onda! Palmas

Por essas e outras, quem sabe não sai um som bacana dessa guitarra aí com corpo de plywood? Legal!

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Opinião é realmente como b****, cada um tem a sua...rs.

Eu nunca poria trastes mais ou menos em nenhuma guitarra, pois não investiria nisso numa guitarra que certamente descartaria. Trastes vagabundos normalmente fazem par com cordas velhas e oxidadas. É ter trabalho para logo ter trabalho novamente, e gastos. E a economia vai pro saco!

Felix, realmente já achei algumas Pacíficas assim feitas de material muito bom e de "coisa esquisita". Mas as Pacíficas da Yamaha variam muuuuuuito! Tem de tudo, de ótimas guitarras, com tudo em cima até verdadeiros lixos!
« Última modificação: 09 de Maio de 2014, as 23:53:07 por Alex Frias » Registrado

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« Responder #24 : 10 de Maio de 2014, as 11:53:42 »

Diríamos que são trastes ultra-flat.

Mas não precisa nem de traste, dá para tocar sem eles numa boa.

http://www.youtube.com/watch?v=1PyOZhgQnvU

http://www.youtube.com/watch?v=tkfzWeqvJlA

 Poxa Felix, eu não conhecia ele! Muito fantástico como o cérebro acostuma com as casas, o cara nem pensa onde ele está tocando!!  Cheesy

 Alex:

 Então, pelo que pesquisei essa marca Van Gent tem um custo benefício até que bom, não é um traste magnífico, mas para o meu uso e experiência acho que vão ser satisfatórios!

 Sobre a guitarra, o braço, mesmo sem cordas, parece bastante confortável! Estou bastante animado! Smiley

 Bem, quinta feira eu peguei todas as ferragens, desmontei a ponte e os parafusos dos carrinhos, parafusos, etc, e coloquei dentro de um vidro e tasquei WD-40, deixando até o outro dia.
 Já ficou com outra cara, a ferrugem saiu em grande quantidade para o óleo. Apenas com um pano seco lustrei as peças e melhoraram bastante o aspecto.
 
 Para a placa do braço e a entrada do jack usei uma massa de polir bem fina, melhorou bastante a aparência.

 Um abraço!

 Eduardo

 PS: Encontrei um vídeo onde o cara mostra as ferramentas que ele mesmo fez para curvar os trastes e aplicá-los no braço. São bastante interessantes!

 https://www.youtube.com/watch?v=lY0kQ_DyOf4

 
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« Responder #25 : 11 de Maio de 2014, as 21:37:29 »

Alex.

Creio que você possa estar correto quanto ao material do fretboard da Vigier. Existe muito marketing e muita cascata neste meio  Cheesy
É bem possível que a Vigier use o Inox e decida chama-lo de Imetal, para valorizar.

Mas me referi aos primeiros modelos da Vigier, que utilizavam um fretboard dourado. Por isso minha suspeita com o nitreto de titânio.
Eles afirmavam, na época, que utilizavam um material secreto, o tal Delta Metal. _

http://en.wikipedia.org/wiki/Vigier_Guitars

...Research and Development...
A fretless fingerboard made from a stainless-steel-based alloy called Imetal (successor of the gold-colored Delta metal).

Delta Metal
http://www.vigierguitars.com/html/Description_US/Guitars/toucheUS_surf.html

Quanto ao desgaste, creio que cordas "flat" sejam menos agressivas que as "roundwire".
« Última modificação: 11 de Maio de 2014, as 21:41:01 por zekkez » Registrado
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« Responder #26 : 14 de Maio de 2014, as 19:06:46 »

 Pois bem pessoal, hoje chegaram (enfim!) os trastes e vou contar a experiência bem sucedida de hoje.

 Os trastes (não entendo nada de trastes...), pedi já cortados com 6 cm, me pareceram honestos:


 
 De acordo com os mestres de luthieria, pelo que eu entendi o mais importante na colocação dos trastes é a pressão correta por todo o traste (isso inclui o raio do braço também!), o material que irá ficar em contato com o traste e a velocidade de colocação.

 Com isso, achei melhor ao invés do método do martelinho, fazer uma "prensa" caseira, igual ao do vídeo que postei anteriormente.

 Primeiramente, é necessário utilizar um material que fosse mole em relação ao traste (para não machucá-lo), mas rígido para aplicar a pressão e entrar na cavidade.
 O cara do vídeo usou o latão, eu, como não tinha acesso, usei um taco de uma madeira bastante dura que encontrei em casa (não faço a mínima qual madeira é essa):
 


 O segundo passo é encontrar o raio do braço. Isso é extremamente importante para que a pressão sobre ele seja constante!
 Utilizando uma lima, fiz o raio do braço (que é bastante grande) e colocando a peça com o braço contra a luz, até não sobrarem espaços.
 Por fim, coloquei uma lixa sobre o braço e lixei a peça por cima do próprio, seguindo a curvatura.

 O terceiro passo é colocar uma madeira mais mole que o taco (utilizei um compensado) e borracha de um mousepad para servir como apoio do lado contrário aos dos trastes. É bom tambem essa madeira ter a curvatura do braço (eu acabei não fazendo) e com uma grande área e a seguir colocar tudo na MORSA...  Cheesy (os luthiers profissionais daqui do site vão ficar de cabelos em pé hahaha)





 Com isso, coloquei o traste e prendi as bordas, fui aplicando pressão aos poucos (sempre observando se o traste não iria envergar) até o final. No fim percebe-se que a pressão do mancal da morsa aumenta (sinal que o traste chegou ao final do braço). Dou uma ultima pressão , e acabou.

 O resultado me surpreendeu:





 Para minha primeira experiência, achei um resultado muito bom! Os trastes não ficaram marcados, não houve espaço entre a madeira e os trastes e ficaram bem firmes, além de que, numa primeira medida com a régua de aço, estão todos nivelados de lado a lado (isso é excelente pois teoricamente não precisaria nivelá-los).

 A questão maior da colocação é uma das fórmulas físicas mais simples e importantes:

 Pressão = Força/Área

 Essa fórmula é importantíssima no processo pois quanto maior o apoio menor a pressão. Quem estraga a madeira e os trastes (materiais) não é a força e sim a pressão.
 Quando colocamos o apoio de madeira com o ângulo do braço, aplicamos uma força constante por todo o traste (e não em uma pequena área como no "método do martelinho", em sucessivas pancadas).
 Lembremos que, para cortar uma carne com faca, precisamos afiá-la! Ou seja, aumentamos (e muito) a relação P = F/A já que a área de corte é extremamente pequena.
 O que desejamos nesse caso, é que seja o oposto, a maior área possível.

 De qualquer forma, essa foi a "minha" experiência, não sei se a mais correta e não sei se facilmente aplicável a todas as guitarras (como as de braço colado).
 
 O próximo passo é terminar de colocar os trastes e começar a limá-los!

 Um abraço!

 Eduardo
« Última modificação: 14 de Maio de 2014, as 19:44:52 por Ledod » Registrado
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« Responder #27 : 15 de Maio de 2014, as 09:00:23 »

Rapaz! Esta ficando 10! Bravo
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felix
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« Responder #28 : 15 de Maio de 2014, as 11:09:27 »

Acabou de revolucionar a Luthieria de garagem com sua nova técnica cara!
Em breve teremos vídeos no youtube de pessoas usando morsa para trocar trastes!

 Legal!
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« Responder #29 : 15 de Maio de 2014, as 13:07:49 »

 Poxa, eu coloquei os trastes todos ontem, foi bastante eficaz e rápido (em menos de 1 hora tinha colocado todos perfeitamente), se não teria feito um vídeo...

 De qualquer forma, esses 2 vídeos me inspiraram bastante a tentar fazer isso (fora os outros vídeos excelentes desse cara):

 https://www.youtube.com/watch?v=uyu95465KZY&list=PLD65E8BFC21B63A99

 https://www.youtube.com/watch?v=38RYft3RdPA&list=PLD65E8BFC21B63A99

 Um fato interessante, ele deixa o traste com um raio menor que o do braço (os meus trastes por sorte vieram assim!), assim ele entra primeiro nas bordas e por fim no centro.

 A "prensa" dele se não me engano é adaptada também e ele utiliza o latão com o raio do braço.

 A minha madeirinha funcionou bem também hehe  Smiley

 Um abraço!

 Eduardo
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