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Autor Tópico: Está ruim para todo mundo!  (Lida 5943 vezes)
hgamal
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« : 13 de Novembro de 2013, as 10:31:55 »

Não é só no brasil que a globalização faz suas vítimas!

http://g1.globo.com/musica/noticia/2013/11/tradicional-fabrica-de-pianos-pleyel-fecha-na-franca.html

Será que algum Xing Ling vai licenciar a marca?
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whitebilly
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« Responder #1 : 13 de Novembro de 2013, as 10:43:19 »

Ficamos muito felizes quando chega nossos pacotinhos com remetente em letras orientais,
mas tem alguém no ocidente chorando! Realidade!
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zekkez
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« Responder #2 : 13 de Novembro de 2013, as 11:03:54 »

Mais uma marca histórica que se vai...

Lembro que no filme " A noite sonhamos" (que narra a história de Chopin e seu romance com George Sand), ao chegar em Paris, ele vai até a loja da Pleyel e trava contato com Franz List !
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hgamal
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« Responder #3 : 13 de Novembro de 2013, as 12:49:55 »

Ficamos muito felizes quando chega nossos pacotinhos com remetente em letras orientais,
mas tem alguém no ocidente chorando! Realidade!

Não tenho nada contra a China, nem contra a modernidade, mas acho que estamos construindo um mundo bem meia bomba!

Acho que me tornei um daqueles seres bizarros que sonhava com um mundo de pequenos empreendedores, cada um servindo aos seus clientes, e assim a riqueza seria distribuída sem leis opressivas ou caricaturas socialistas nos governos.

O que vemos hoje é a mesma coisas de sempre, nobreza, clero e povo! Eles só tem outros nomes e perfazem papéis um pouco diferentes, mas a realidade é a mesma!

Ahhhh... choradeira!
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felix
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« Responder #4 : 13 de Novembro de 2013, as 13:10:17 »

Até os Stradivari fecharam e isso foi a mais de 300 anos.
Acho que pensar na China como vilão da história é uma inocência, porque não tem uma empresa Chinesa que fabrique e exporte de verdade que não tenha um dedo ocidental.
É só mais uma forma que o ocidente de primeiro mundo criou para continuar explorando os recursos, tanto commodities quanto humanos, dos outros povos.

Da mesma forma que você contrata uma empregada da periferia para varrer a sua casa, eles contratam chineses para fabricar as coisas.

Não podemos esquecer que quando falamos da China também estamos falando de 1/5 da população mundial a Europa toda, Ocidental e Oriental somadas, não chega a 1/10.

Acho muito mais triste pensar que a maior parte das riquezas do mundo está concentrada em áreas com tão pouca gente.
Enquanto os povos que tiveram sua independência mais tardia, ainda sofrem com as consequências da exploração, como a África que tem países que não tem nem 50 anos de independência europeia ainda.
« Última modificação: 13 de Novembro de 2013, as 13:15:24 por felix » Registrado
Finck
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« Responder #5 : 13 de Novembro de 2013, as 19:58:50 »

Oras, enquanto os chineses trabalham, os europeus (especialmente os de etnia latina) fazem greve.

O governo chinês trabalha para resolver o problema do SEU povo: manter seu 1 bilhão de habitantes trabalhando e em condições de pagar pela própria comida. No final, faz melhor do que o NOSSO governo.

Para quem vier com a estória de trabalho escravo, lembro que períodos de trabalho considerados longos no ocidente são encarados como normais por lá, além do fato de que para um chinês pobre, as opções são trabalhar nas fábricas (exaustivamente, mas ganhando salário), trabalhar na agricultura (frequentemente de subsistência) ou morrer de fome. Pergunte ao chinesinho miserável o que ele prefere.

Agora pergunte a um brasileiro miserável se ele prefere ralar numa fábrica ou ganhar bolsa família. Agora pergunte a um operário francês se ele topa abrir mão de uma parte do seu tempo de lazer para melhorar a produtividade da empresa onde trabalha e mantê-la competitiva (talvez o operário tope, mas o sindicato não vai deixar...).

Claro que as colocações acima são simplistas, mas eu queria apenas ilustrar como a questão é muito mais complexa do que supõe nossa vã filosofia.


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bossman
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« Responder #6 : 13 de Novembro de 2013, as 21:09:12 »

....Para quem vier com a estória de trabalho escravo...

Mas não é "estória" nenhuma porque é real!
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zekkez
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« Responder #7 : 14 de Novembro de 2013, as 09:59:59 »

1 bilhão de habitantes ?

Muito mais. Chega perto de 2 bilhões, considerada a cifra negra.

Agora, com uma população gigante desta e um enorme exército de mão-de-obra de reserva, fica fácil para o empregador (governo chinês) jogar os salários lá para baixo. Sempre tem um desesperado que encara as condições horrorosas de trabalho e o salário de fome.

Imagina exportar o Lulla para lá com seu Bolsa Família. A economia chinesa iria para a banha ligeirinho...
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Jairo
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« Responder #8 : 14 de Novembro de 2013, as 10:28:15 »


Oras, enquanto os chineses trabalham, os europeus (especialmente os de etnia latina) fazem greve.


Fazem greve porque tem liberdade assegurada e é um direito do trabalhador, que na China não existe...


Para quem vier com a estória de trabalho escravo, lembro que períodos de trabalho considerados longos no ocidente são encarados como normais por lá, além do fato de que para um chinês pobre, as opções são trabalhar nas fábricas (exaustivamente, mas ganhando salário), trabalhar na agricultura (frequentemente de subsistência) ou morrer de fome. Pergunte ao chinesinho miserável o que ele prefere.

do que supõe nossa vã filosofia.


Jornada de trabalho maior não é normal. Seria normal se os lucros fossem repartidos entre os trabalhadores e aí trabalharia mais horas quem assim preferisse. O lazer e as horas compartilhadas com a família são essenciais. Prá que essa corrida desnfreada em busca de lucros cada vez maiores, o que faz o patrão transformar seus operários em robôs


Agora pergunte a um brasileiro miserável se ele prefere ralar numa fábrica ou ganhar bolsa família. Agora pergunte a um operário francês se ele topa abrir mão de uma parte do seu tempo de lazer para melhorar a produtividade da empresa onde trabalha e mantê-la competitiva (talvez o operário tope, mas o sindicato não vai deixar...).

Claro que as colocações acima são simplistas, mas eu queria apenas ilustrar como a questão é muito mais complexa do que supõe nossa vã filosofia.


Bolsa família não supre as necessidades de uma família, é somente complementação de renda. Se não tiver um trabalho vai passar fome. O que eu vi no interior do ceará acabar com o advento do bolsa família foi crianças com menos de 10 anos deixarem de trabalhar por menos de 100,00 por mês e um prato de arroz com ovo, em tempo integral, como babás, jardineiros, meninos de recado, e coisas assim. E já ouvi empresários reclamando porque o jardineiro agora faz faculdade e consegue andar de avião
« Última modificação: 14 de Novembro de 2013, as 10:38:06 por Jairo » Registrado

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« Responder #9 : 14 de Novembro de 2013, as 10:42:50 »

A discussão é apaixonante, então se porventura eu parecer agressivo, peço desculpas antecipadas  !

A minha interpretação de "escravidão" (não no sentido "técnico") é ser obrigado a pagar 1/3 do meu salário para o governo, na forma de imposto de renda, para ajudar um senhor e uma senhora a sairem bonitos na foto. Isso sim é escravidão, trabalhar ganhando pouco não é não...

O zekkez fez uma colocação muito boa. O custo da mão-de-obra fica baixo devido a grande demanda da população por emprego. Mas ainda assim, não é escravidão. A chinesada pode ganhar pouco e trabalhar muito, mas GANHA e TRABALHA, o que é eficiente, já que mantém a economia em movimento (a prova disso é que os chinas estão "dominando o mundo").

Por outro lado, a tática lulista/dilmista de distribuir "bolsa família", diminui a miséria artificialmente, fazendo com que uns trabalhem mais (leia-se "paguem mais imposto") para manter a barriga de outros cheia de farinha de mandioca. Isso NÃO movimenta economia e pressiona inflação para cima, já que aumenta os gastos públicos. O termo popular para isso é "fazer mesura com chapéu alheio"...

Quanto a exportar o Lula para a China, eu não faria isso. Acho que os chineses não merecem. Eu pensaria em exportar o cara (junto com a "aluna" dele) para Saturno.
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« Responder #10 : 14 de Novembro de 2013, as 11:06:39 »


...trabalhar ganhando pouco não é não...

O custo da mão-de-obra fica baixo devido a grande demanda da população por emprego. Mas ainda assim, não é escravidão. A chinesada pode ganhar pouco e trabalhar muito, mas GANHA e TRABALHA, o que é eficiente, já que mantém a economia em movimento (a prova disso é que os chinas estão "dominando o mundo").

Por outro lado, a tática lulista/dilmista de distribuir "bolsa família", diminui a miséria artificialmente, fazendo com que uns trabalhem mais (leia-se "paguem mais imposto") para manter a barriga de outros cheia de farinha de mandioca.


Trabalhar ganhando pouco é exploração de mão de obra e um tipo de escravidão, pois o que se ganha só dá para pagar o armazém da "fazenda" e ainda ficar devendo. Essa prática é muito comum no Brasil, principalmente no campo, onde se paga salário, mas o camarada continua escravo da dívida, pois tudo é mais caro do que ele ganha.

Quem está dominando o mundo são os empresários "chinas" (que pagam salários miseráveis) e não os trabalhadores "chinas" (que recebem salários miseráveis)...

A, hoje por aqui se enche a barriga de cereais, frutas, carnes diversas, etc. A farinha de mandioca entra somente como enfeite no prato... Cheesy Cheesy Cheesy Cheesy
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zekkez
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« Responder #11 : 14 de Novembro de 2013, as 12:08:35 »

Dada a largueza que o conceito de escravidão está alcançando neste debate, creio ser justo afirmar que o programa Bolsa Família, posto como está (sem porta de saída), constitui uma subespécie do gênero.  Além de manipulação eleitoreira.

E não sou só eu que digo isso. O próprio Lulla afirmava isso quando era oposição ao FHC. Na segunda parte do vídeo, é claro:

http://www.youtube.com/watch?v=83WUqpvddq8

PS:  Discordo  !  Farinha de mandioca é bom demais, seja "in natura" ou na forma de "farofa".  Quando acompanhada de um bom churrasco ou uma linguiça calabresa fatiada e apimentada é uma diliça !  (insisto no "fatiada" pois sei que o pessoal aqui do Handmades adora trolar ...)   Cheesy
« Última modificação: 14 de Novembro de 2013, as 14:12:30 por zekkez » Registrado
felix
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« Responder #12 : 14 de Novembro de 2013, as 12:45:14 »

Eu sou totalmente a favor do Fome Zero, auxílios alimentação existem em todo primeiro mundo.
Mas são cartões que só podem ser trocados por itens de primeira necessidade.

Agora dar dinheiro... Sou contra.
Outro dia tinha uma cara tentando pagar uma baita com um cartão do bolsa família e foi preso.

Imaginem o que não fazem com essa grana?

Agora tem um programa até para dar eletrodoméstico para quem já ganhou o minha casa minha vida.
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zekkez
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« Responder #13 : 14 de Novembro de 2013, as 14:41:46 »

Agora dar dinheiro... Sou contra.
Outro dia tinha uma cara tentando pagar uma baita com um cartão do bolsa família e foi preso.

Se bem me lembro, é o caso do cara que quis pagar a profissional do sexo e o motel com o Cartão do Bolsa Família. Não aceitaram, hehehehe
Chamaram a policia e o cliente deixou o som do carro como garantia para buscar o numerário para pagar os serviços e a moça.

Na época fiquei muito deprimido. Meu carro não tem som e eu não tenho o Super Cartão que libera geral !
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Finck
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« Responder #14 : 14 de Novembro de 2013, as 18:47:36 »

O trabalhador industrial no Brasil ganha melhor que o chinês, concordo. Mas quanto do salário recebido fica realmente no bolso dele? ICMS, IPI, IRRF, IPTU, IPVA, são tantos "I" que precisaria de um alfabeto adicional.

Hoje, felizmente, estou numa condição financeira que, embora não me situe na categoria dos "muito bem de vida", está acima da média. Mas não muito tempo atrás, quando todo meu patrimônio estava limitado a um carro popular com 10 anos de uso, me doía bastante passar na avenida em frente a Favela da Vila Prudente (ops, desculpe, "Comunidade") e ver um monte de carros novos estacionados (alguns deles bem acima do "popular").

Sempre tive que trabalhar duro para sustentar minha família, o governo nunca me ajudou em nada. Mesmo. Meu pai faleceu de câncer há cerca de um ano; não tinha um plano de saúde privado, dependeu da saúde pública e dançou (depois de pagar INSS a vida inteira). Numa época em que eu cheguei a abrir um negócio, tomei um calote homérico que me quebrou, e mesmo assim não tive escapatória para o pagamento dos impostos (e o cara do fisco ainda me chamou de trouxa). Toda vez que vou fazer declaração de imposto de renda, lembro que minha esposa e filho valem centavos aos olhos da Presidenta Incompetenta e de seus antecessores.

Aí eu me pergunto: porque o Estado brasileiro tem "pena" de uns e de outros não? Continuo preferindo a "escravidão" do governo chinês, ao menos eles não são hipócritas (não tem pena de ninguém...).

Desculpem-me os defendores dos direitos humanos, mas EU não tenho dó de vagabundo.

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