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Autor Tópico: Conversão 240v - 120v e autotransformador  (Lida 13744 vezes)
Finck
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Obrigado
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« Responder #30 : 06 de Julho de 2017, as 10:44:22 »

Prezados:

Hoje acordei filósofo. Por vezes isso acontece, deve ser algum tempero ilegal que minha esposa adiciona ao jantar da noite anterior. Ela nunca me contou o que é, mas parece ser forte.

Embora eu não seja um moderador, vendo o rumo que a prosa tomou me sinto à vontade para fazer as colocações abaixo. Aos moderadores oficiais, se julgarem por bem apagar este post ou alterar seu local, por favor o façam. A qualquer um que "se enxergar" no texto, peço que entenda que o objetivo não é ofender alguém, ao contrário, é de garantir continuidade das contribuições feitas por valiosas mentes.

A estória do fator de potência começou comigo, com o único objetivo de ajudar um dos amigos a escolher um autotransformador e a esclarecer um equívoco de um outro rapaz (que, apesar do tal equívoco, merece máxima consideração por sua boa vontade em ajudar ao primeiro).

No meu post, fiz uma colocação sobre medição de corrente a título meio que de brincadeira, tentando dar a entender a dificuldade/impossibilidade de fazer a tal medição. O tal "paradoxo de Tostines". Isso gerou alguns esclarecimentos adicionais e uma discussão interessante sobre medição de corrente eficaz.

Até aí, tudo bem. Legal para caramba. Mas...

Algumas das mensagens posteriores à minha vieram imbuídas de certa agressividade e mesmo demonstração de superioridade. Já vi acontecer antes e caminhar para o mesmo resultado: troca de farpas, mau humor, etc, etc.

Precisa realmente ser assim? Será que discordar ou corrigir opiniões ou colocações alheias tem que necessariamente ser feito em tom de troça? É mesmo imprescindível tentar sempre provar que o "nosso" é o maior?

Senhores, por favor, somos muito melhores que isso.

A partir do momento em que cada um de nós entender que sempre terá muito mais a aprender do que a ensinar, nosso fórum/nosso mundo ficará melhor.

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Se alguém ficou curioso, meu avatar é o brasão da família Finck. Dizem que os brasões das famílias alemãs estão relacionados com a profissão de seu patriarca. Se isso for verdade, o patriarca Finck deve ter sido bobo da corte...
Guilherme
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« Responder #31 : 06 de Julho de 2017, as 11:42:11 »

Finck,

Corrigir o fator potencia no lado de alta-tensão é bem caro, por esse motivo as concessionarias/distribuidoras não o fazem.

Em minha cidade, por exemplo, só ví um local onde existe correção no lado AT, não por acaso ao lado de duas industrias metal-mecânica.

Por outro lado, as concessionárias tem como avaliar quais regiões onde existe kVAr expressivos e então tem condições de tratá-lo, mas só o fazem em ultima instância

Mas isso não elimina por completo o problema, sendo necessario corrigi-lo na entrada de baixa-tensão ou junto ao equipamento, o que é o mais aconselhável.

Suas observações sobre a necessidade de incluir o fator potencia foram oportunas.

abraços

Guilherme

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Finck
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« Responder #32 : 06 de Julho de 2017, as 14:23:44 »

Suas observações sobre a necessidade de incluir o fator potencia foram oportunas.

Guilherme, na verdade eu estava me referindo ao fato de que, sendo o transformador da fonte do amplificador uma carga principalmente indutiva, e tendo o fabricante informado a potência de consumo em Watts (quando poderia/deveria ter informado VA), não teria como fazer a conversão de unidades com aproximação razoável (para o rapaz poder escolher um autotransformador com potência adequada) sem incluir o fator de potência na conta. Sendo este também desconhecido, sugeri usar um "genérico" de 0,75.

Nem me passou pela cabeça ficar "em sintonia" com os problemas das concessionárias...

Mas já que entraste no assunto, dou meu pitaco.

A questão do FP da rede afeta bastante o bolso das concessionárias de distribuição. Elas compram energia das CEE's de geração e revendem aos consumidores. Sabemos que o fator de potência baixo engana MUITO a medição (e portanto afeta a cobrança) da energia consumida pelo cliente. Uma carga muito reativa (FP baixo) demanda muito mais potência (VA) do que os medidores de kWh indicam (unidades diferentes!)

Se a CEE de distribuição corrigir o FP no lado da entrada (AT, que vem da geração) e não corrigir o lado da saída (MT ou BT, no lado do consumidor), ela estará sendo financeiramente penalizada duas vezes:

1) vai pagar mais caro pela energia que compra,  pois a CEE geradora vai "enxergar" um consumo mais próximo ao que realmente lhe fornece.

2) vai receber menos pelo que vende (pois ela própria vai "enxergar" um consumo mais baixo que o realmente fornecido ao cliente final.

A melhor opção, financeiramente falando, é corrigir só o lado da saída, o que inverte o quadro acima. Se não conseguem escapar, corrigem dos dois lados...

No final, é tudo uma questão de dinheiro. Não tem preocupação com qualidade da energia. Infelizmente...
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