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Autor Tópico: Como 'criar' um pedal ?  (Lida 17816 vezes)
Eduardo
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« Responder #30 : 20 de Dezembro de 2012, as 07:22:53 »

.... Vou abrir o esquemático do mxr distortion e tentar entender os principais blocos lógicos. ....

Pensamento típico do pessoal que mexe com eletrônica digital. Aqui não tem blocos lógicos! Forçando a barra seriam blocos analógicos e o comportamento de um interfere no resultado do outro. Você vai conseguir separar a coisa em "estágios", mas blocos lógicos.....
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« Responder #31 : 20 de Dezembro de 2012, as 09:07:03 »

O Eduardo falou tudo ai. Blocos lógicos são usados normalmente quando o seu range de resultados é limitado (tipo 1 e 0 dos sinais digitais), no entanto, nos pedais analógicos cada saída normalmente difere no estágio seguinte e ai é um pouco mais dificil de vc separar de maneira tão certinha.
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« Responder #32 : 20 de Dezembro de 2012, as 09:40:42 »

A não ser que você queira trabalhar omo as fábricas de sintetizadores analógicos modulares trabalha, criando padrões para as tensões de controle e níveis de sinal. Assim você poderá criar efeitos diversos e experimentar idéias. Como todo tipo de solução, isso acarreta em facilidades, mas também em limitações!
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« Responder #33 : 20 de Dezembro de 2012, as 09:52:41 »

 Acho que o culpado sou eu que comecei essa história de "separar em blocos"  Cheesy . Mas nunca disse que eram lógicos!!

 Em um circuito analógico você não consegue separar "exatamente" cada seção, diferente de um sistema digital, onde realmente acontece de juntarmos blocos lógicos.

 Por ex, no MXR dist+, eu enxergo algumas divisões simples:

 Divisor de tensão para polarizarmos a entrada do ampop para não necessitar uma fonte simétrica, capacitores de desacoplamento na entrada e na saída para bloquear o nível dc, estágio de ganho com o ampop, filtro passa baixas na saída junto com o estágio de clipping, e um potenciometro de volume (divisor de tensão).
 
 Entretanto, você pode ir diminuindo as divisões ainda mais, dentro do estágio de ganho com ampop, porquê temos um capacitor de baixo valor ligando a saída na entrada inversora? Porque temos um capacitor em série com o resistor e o potenciometro de ganho?


 Um abraço

 Eduardo
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« Responder #34 : 20 de Dezembro de 2012, as 09:58:25 »

Nesse seu caso específico, a idéia de se separar em blocos é mais para fortalecer o sentido didático.

O problema é que a maioria dos iniciantes pode achar que essa técnica meio LEGO vá funcionar sem o entendimento necessário para que as partes se unam e interajam sem problemas.
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« Responder #35 : 20 de Dezembro de 2012, as 11:08:02 »

Pois é... Ainda não temos pedais com orientação por objeto!  Cheesy
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« Responder #36 : 20 de Dezembro de 2012, as 12:23:14 »

A não ser que você queira trabalhar omo as fábricas de sintetizadores analógicos modulares trabalha, criando padrões para as tensões de controle e níveis de sinal. Assim você poderá criar efeitos diversos e experimentar idéias. Como todo tipo de solução, isso acarreta em facilidades, mas também em limitações!

Frias, nunca tinha me ligado que pra áudio tinha quem fizesse assim. Mas quando pensamos nos sintetizadores isso faz muito sentido.

Será se o modo de projeto dos Moog tem algo nessa linha?

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« Responder #37 : 20 de Dezembro de 2012, as 13:03:02 »

Eu acho que a idéia de se criar sintetizadores e seus processadores de áudio em blocos é muito legal. Pena, que na época, cada fabricante tinha seu padrão.

Idéias interessantes surgem, mesmo com a limitação de termos os blocos predefinidos. Por exemplo, usando-se um Ring Modulator, o próprio sinal de áudio à sua entrada pode ser paralelamente processado, depois retornar para a entrada de modulação e usado como sinal modulador.
« Última modificação: 21 de Dezembro de 2012, as 09:04:13 por Alex Frias » Registrado

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« Responder #38 : 21 de Dezembro de 2012, as 07:50:37 »

Muito interessante a ideia.

No exemplo que você citou do Ring eu entendi e realmente da pra conseguir um resultado bacana até por que o mesmo sinal está sendo processado paralelamente. Agora, se formos trabalhar em um áudio que será processado em série a coisa já complica um pouco mais, certo?

Eu tenho uma grande curiosidade sobre esses sintetizadores analógicos e seus projetos. Acho que são muito interessantes e, a maioria, bastante avançada pra época que foram projetados.

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Patines
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« Responder #39 : 21 de Dezembro de 2012, as 09:25:19 »

Interessante mesmo a idéia de alguns que fuçando aleatóriamente não se precisa de muito conhecimento para implementar um circuito(pedal).

É por isso que existem tantos circuitos por aí que só funcionam na lua nova à 33,5C!

Eletrônica é bom conhecer, para poder polarizar um transistor ou amplificador operacional, fazendo com que muitos dispositivos, com parâmetros  numa certa faixa funcionem bem.  Se o camarada não sabe como fazer isso, só vai funcionar como da primeira vez por coincidência, como o circuito Fuzz Face.

Fui técnico muitos anos antes de estudar engenharia elétrica(eletrônica).  Como técnico e fuçador aprendi muito bem como  funciona um transistor bipolar, o FET e como polarizar um amplificador classe AB compensado em temperatura.  Quando fui cursar circuitos I, fiquei abismado, porque o professor nunca falou claramente e em miúdos como funciona um transistor.  A maioria dos meus colegas realmente sairam sem saber como funciona o dito cujo.  FET era bruxaria para eles, mesmo os que cursaram esta matéria 3 vezes.  Agora sobre as curvas, ganho reverso e variações de temperatura, isso pude aproveitar bastante do curso.

Então gente, a solução é estudar muito e fuçar muito.  Um sem o outro só mesmo para quem se contenta em montar coisas que funcionam aleatóriamente.  E olha que tem de montão gente assim.

Parece que a indicação está errada mesma do transistor PNP!
  
 Bem, já que viu sobre circuitos, que tal estudar um pouco os amp-ops? São muito interessantes, até mais simples que transistores...
Esta idéia é bem interessante, que o amplificador operacional é mais simples que o transistor. O amplificador operacional é uma teorização, e existem inumeras implentações no mundo real procurando se aproximar da teoria.  As implementações reais e seus usos não são simples, com certeza.

Agora quero retificar uma coisa.  o PNP funciona sim, naquela configuração, com seu ganho reverso, que é bem pequeno, variando desde a 1 até 10, na maioria das vezes.  Não se aprende na esquina.

Outra coisa, para compreender simplificadamente o que um oscilador precisa para oscilar, estudem pelo menos isso:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oscilador_eletr%C3%B3nico

"Um oscilador é baseado num circuito amplificador e numa malha de realimentação positiva, que induz a uma instabilidade de operação que resulta na oscilação. Para que o circuito oscilador funcione é preciso que duas condições (de Barkhausen) sejam atendidas:

    O ganho do circuito fechado deve ser igual a 1
    O deslocamento total da fase do sinal no circuito deve ser de 0, 2π ou múltiplos de 2π radianos.

"

Simplificando, o ganho deve ser maior(zinho) que 1.  Se for menor, para de oscilar, se for muito maior, a frequencia facilmente se torna instavel.   Deve defazar multiplos de 2π, que é 360graus, ou seja, exagerando(mentindo) ligue a saída de um amplificador de ganho 1(não é -1!!)  na sua entrada e ele funciona.  Mas em que frequencia??

O Problema com amplificadores operacionais é que a saturação é muito dura, muito melhor seria limitar a amplitude com zener, e resistor, para fazer que o ganho diminua bem pouco de 1 quando chegar a certa amplitude.  No oscilador por deslocamento de fase, os capacitores e resistores servem para deslocar a fase de uns 180 Graus a certa frequencia(sim somente nesta frequencia ela vai oscilar), que juntando com outros 180graus(amplificador de ganho -1!), soma 360 graus.

No circuito estranho do outro post, A rede de RC depois do oscilador, serve para amortecer a oscilação do amplificador com amplificadores operacionias que saturam demais por ser simplificado.

É REALMENTE UM CIRCUITO MUITO TOSCO.

Abraços, T+
« Última modificação: 21 de Dezembro de 2012, as 09:40:26 por Patines » Registrado
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« Responder #40 : 21 de Dezembro de 2012, as 16:40:37 »

 Concordo com tudo o que disse Patines!  Smiley

 Sobre os amp-op's, realmente, eles não existem. Quando você começa a realizar os cálculos utilizando o ganho como sendo finito, a largura de banda reduzida, impedância de entrada não infinita, etc, etc... Começamos a perceber que alguns deles são bem ruinzinhos em termos "teóricos", vide o 741 mesmo!

 Considero os amp-ops simples em suas implementações e em cálculos pois as equações são válidas para impedâncias genéricas, um filtro ativo é muito simples de implementar, um de segunda ordem, butterworth... Osciladores, buffers que se aproximam aos modelos ideais...
 E a equação e as leis são, digamos, mais "estáveis" que a dos componentes discretos.

 Em um transistor, o ganho varia com a frequência, temperatura, corrente de coletor, a relação é exponencial para um tbj, quadrática para um fet, existe a tolerância do componente dentro de uma faixa de valores...

Não que sejam ruins! Mas, digamos que são "menos" inexatos, e talvez para um iniciante lidar com essa não exatidão (quem vem de circuitos elétricos para eletrônica percebe isso) seja mais complicado...

 Quem conhece o livro do Sedra/Smith, vê que os amp-ops são um dos primeiros capítulos do livro (se não for o primeiro!), ou seja, é também um ponto de partida!


 Um abraço

 Eduardo
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« Responder #41 : 05 de Março de 2013, as 13:06:32 »

Galera, encontrei um ÓTIMO ARTIGO ! Vale muito à pena estudar por ele. Confesso que ainda não o li, mas passei o olho pelo índice e vi muita coisa sobre os efeitos, nao sei se posso postar o material aqui no fórum. Moderação fique à vontade para apagar, caso esteja contra as regras.

http://www3.iesam-pa.edu.br/ojs/index.php/computacao/article/viewFile/219/210
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