Carissimo Bossman
O assunto passa um pouco ao largo de ser construido para distorcer ou nao distorcer.
Complementando aquilo que o Xformer escreveu...
Se voce utiliza um transformador para acoplar eletricamente dois circuitos diferentes, eu tenho certeza que voce deseja o menor acoplamento capacitivo possivel, caso contrario voce usaria um capacitor para tal finalidade.
Essas capacitancias indesejaveis ocorrem, em qualquer tipo de transformador, entre espiras adjacentes, entre camadas de espiras e entre seçoes que formam o(s) circuito(s) primario(s) e secundario(s).
Entao, se voce utiliza um transformador, eu tambem tenho certeza que voce deseja aproveitar no lado secundario todo fluxo magnetico criado no nucleo pelas correntes alternadas que circulam no lado primario, em uma larga faixa de frequencia e, consequentemente, em uma larga faixa de densidade de fluxo magnetico.
Continuando, se voce esta utilizando um transformador de audio-frequencias, é natural que voce tambem queira impedir que as deficiencias implicitas nos paragrafos anteriores atuem em conjunto formando um circuito ressonante LC que irá perturbar o circuito onde o transformador está operando toda vez que uma AC com a mesma frequencia daquela do circuito LC aparecer no primario. Em outra palavras, voce certamente deseja que a frequencia de ressonancia do transformador esteja situada bem acima da faixa de audio.
As variadissimas tecnicas de seccionalizaçao (entrelaçamento) são adotadas exatamente para minimizar (melhor seria harmonizar) as deficiencias dos componentes bobinados, transformadores, indutores etc. etc.
Essas tecnicas, junto com a qualidade do material magnetico empregado, determinam se o transformador é bom ou ruim. Uma duzia de outros fatores concorrem para um bom transformador, mas os principais são esses.
A seccionalização basica, adotada pela grande maioria de fabricantes de transformadores de saida para amplificadores de guitarras, é a seguinte:
<1/2 pri> <1/1 sec> <1/2 pri>
Sua unica qualidade é a economia de mao-de-obra. Sem isolação camada/camada e somente aplicação de fita de poliester entre pri/sec, um transformador desse tipo é bobinado em dez minutos. Mas, em compensaçao, o lucro é gordo.
Do outro lado temos as tecnicas desenvolvidas por N. Partridge, durante a II Guerra, e muito aprimoradas por varios fabricantes, principalmente alemaes e japoneses.
Elas são encontradas em transformadores que ***realmente*** fazem diferença em qualquer amplificador.
Os fabricantes de transformadores de saida para amplificadores de guitarras que ***comprovadamente, por mim ou por pessoas de alto gabarito tecnico***adotam essas tecnicas como padrao, são as seguintes:
C3amps
http://www.c3amps.comRevendem transformadores para Soldano de 50 e 100W.
Acho que são fabricados pela Onetics ou pelos detentores da marca Peerless (Altec)
http://www.ig-transformatoren.com (Alemanha)
http://www.drakepower.com (Inglaterra).
Acho que só atendem lotes para reposição, umavel vez que o custom shop da Marshall é atendido pela Dagnall. Talvez a Dagnall tenha os blueprints dos transformadores mais classicos da Drake, ou via engenharia reversa, que acho mais provavel.
Transformers & Rectifiers
http://www.transformers.co.uk (Inglaterra)
Grande empresa que fabrica transformadores de MVA para sub-estaçoes mas, curiosamente, produz para a Hiwatt os transformadores que eram fornecidos pela Partridge, a famosa linha "TG" dos DR103 e 504.
Lynx Audio Transformadores
http://www.audiolink.com.br/audiolink/catalogo.html (Brasil)
abraços
Guilherme
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