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Autor Tópico: (esse vai dar POLEMICA) Gibson pode não ser tudo o que promete  (Lida 91711 vezes)
gfr
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« Responder #60 : 30 de Agosto de 2012, as 09:37:35 »

Bom, eu comprei um 7 cordas da DiGiorgio que com um mês de uso soltou o cavalete (pelo menos estava na garantia). Um amigo meu tinha um flat, da DiGiorgio também, em que o cavalete descolou em parte (metade permaneceu colada), o resultado é que o cavalete praticamente se rasgou ao meio. E a gente só usa afinação padrão.

A colagem do cavalete é uma fase crítica da construção de um violão. Se o cavalete for de jacarandá (como costumar ser em violões pelo menos razoáveis), então, é mais complicado porque o jacarandá é uma madeira oleosa, precisa ser cuidadosamente preparada pro óleo não atrapalhar a colagem.

Uma coisa interessante. Um alaúde renascentista tem um headstock em ângulo quase reto, não possui tensor, o tampo não possui um leque como os de tampos de violão (apenas uma barra transversal), usa 13 cordas (25 se for um alaúde barroco) razoavelmente tensas, não usa tarraxas com engrenagens e sim cravelhas de madeira. E não se quebra sozinho. O Jakob Lindberg tem um alaúde feito em 1590, com o tampo original, que teve o braço trocado em 1715 (pra colocar mais cordas, não porque quebrou), e que ele usa pra gravar nos dias de hoje.

http://www.musicamano.com/lute/luteinfo.html


Alex, você já viu violões de 8 cordas como o que o Paul Galbraith e o Nicholas de Souza barros usam? As cordas 1 a 6 são afinadas como violão de 6, a 7 (grave) é afinada em si ou lá e a "corda zero" (aguda) é afinada em lá. E o Nicholas ainda usa cordas de carbono, que são mais tensas e dão mais volume, ao invés de cordas de nylon comuns.
« Última modificação: 30 de Agosto de 2012, as 09:44:27 por gfr » Registrado

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« Responder #61 : 30 de Agosto de 2012, as 11:05:08 »

Mas a angulação nessas Ibanez é a mesma (17o, se não me engano) que a nas Gibson?

Não a Ibanez usa uma angulação menor, entre 14º e 15º.
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zekkez
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« Responder #62 : 30 de Agosto de 2012, as 12:06:37 »

Mas a angulação nessas Ibanez é a mesma (17o, se não me engano) que a nas Gibson?

Realmente essa força exercida por calibres maiores entra como um dado importante nessa avaliação.

Creio que a Ibanez como da da foto tem angulação diferente.  Mas não tem colagem espanhola.

Vou medir a da minha Ibz CN e as ArtCores 3 +3 em casa e posto depois. Toda em mogno com braço "one piece". Vou ter de catar um transferidor. Foi fabricada no final dos 70's. É um bom simulacro de LP.

Mas podemos atentar para outro detalhe. As guitarras com tarraxas "6 in line", pela maior distância entre o ponto de apoio e as três cordas mais afastadas exerce pressão diferente, para maior. Principalmente entre aquelas com reversed "headstock", em que o bordão fica preso à tarraxa mais afastada. Muito maior alavancagem. Para confirmar a angulação vou medir a minha Ibz 670Fm também. Ela tem o head padrão das Ibz superstratos, braço em 3 partes sem colagem espanhola.

Com relação aos cavaletes dos DiGiorgios, não custa lembrar que esta peça deve ser colada sem que o tampo tenha sido envernizado ou acabado. De modo que a cola de madeira possa penetrar nos veios e proporcionar a melhor fixação. Muito provavelmente a DiGiorgio resolveu apressar as coisas e tem feito o acabamento dos tampos e efetuado a colagem após. Mera suspeita !

No que diz respeito ao alaúde, vale lembrar que usam/usavam cordas de tripa, que não possuem tanta tensão assim.
 
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gfr
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« Responder #63 : 30 de Agosto de 2012, as 13:08:01 »

Não foi isto não, não tinha vestígios de verniz. A explicação da DiGiorgio, no caso do meu violão, foi que a marca Cascorez foi comprada por outro fabricante que mudou a fórmula da cola. No caso do violão do meu amigo, o luthier que fez o reparo (que é excelente, diga-se de passagem) mostrou pra gente como a cola tinha aderido perfeitamente e de maneira homogênea no pinho, mas no jacarandá apenas em alguns pontos. A suspeita foi que pra apressar o processo não esperaram o jacarandá estar seco o suficiente e a superfície da peça não foi lixada adequadamente.
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zekkez
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« Responder #64 : 30 de Agosto de 2012, as 14:04:48 »

Surpreende este tipo de procedimento da DiGiorgio, seja com relação ao fornecedor do adesivo, seja com relação ao uso de madeiras "verdes".

Primeiro pelo fato de ser a DiGiorgio um empresa que deve consumir grande quantidade de adesivo, ou seja, ser um cliente V.I.P. da fabricante. As eventuais alterações deveriam chegar ao conhecimento deles.

Em relação ao cavalete que não estava adequadamente seco, fico lembrando do procedimento adotado pelos fabricantes de cabos de facas, que quando usam madeira, por se tratar de peças de pequenas dimensões, inserem as peças em água e aquecem por certo tempo para que a seiva seja extraída. Depois disso a peça estabiliza e pode ser utilizada normalmente.

Evidentemente são utilizações diferentes, mas não dá para negar que as empunhaduras de faca sofrem estresses e influências do exterior muito severas (umidade, detergentes, gorduras, lavagem em temperatura elevada).

Será que não daria para apressar a secagem desta forma ?
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hgamal
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« Responder #65 : 30 de Agosto de 2012, as 17:24:30 »

Será que não daria para apressar a secagem desta forma ?

tenho certeza que sim. E digo mais, sei que muitas fábricas realizam processos parecidos. Mas acredito que os resultados da secagem natural seja diferente das secagens artificiais. Como a madeira é um componente biológico, acredito que o processo envolva mais que a retirada de umidade. Provavelmente, a estrutura interna das células que compõem a madeira, se configure de forma totalmente diferente entre os diversos procedimentos de secagem.
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« Responder #66 : 30 de Agosto de 2012, as 18:36:11 »

A foto que eu tirei do meu:


Aí está com as cordas afrouxadas, quando eu abri o estojo estava quase totalmente solto, só um filetinho na frente permanecia colado, se fosse ponte de guitarra era como se estivesse dando uma alavancada Sad
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zekkez
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« Responder #67 : 30 de Agosto de 2012, as 18:46:43 »


Na verdade a imersáo em água ou outro líquido aquecido visa retirar a seiva (ou o que restou dela) da madeira. Em alguns casos, como em postes de eucalipto de Companhias Elétricas, o processo é um pouco mais requintado, em autoclave e com a utilização de uma resina para tornar a madeira mais resistente à umidade e eventual apodrecimento. Estes postes duram décadas ainda que sujeitos ao meio ambiente.

De toda a sorte, acho muito pouco provável que em uma peça que visa apenas a fixação das cordas, cujas maiores qualidades são suas propriedades mecânicas, a dureza e a tenacidade, viesse a modificar o som de forma significativa em um violão.  Se estivessemos falando em tratar a madeira do tampo e fundo, tudo bem...

Isso me cheira a economia ! Menos procedimentos, menos equipamentos, menor despesa com energia elétrica, gás ou com trabalho de terceiros.  O legítimo : Se colar , colou ! Cheesy



 
 
« Última modificação: 30 de Agosto de 2012, as 18:48:22 por zekkez » Registrado
Alex Frias
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Flanelinhas, cuidado!!!


« Responder #68 : 30 de Agosto de 2012, as 19:22:46 »

E descolou...rs

Em relação ao alaúde... Eu tenho um electric Oud, tipo árabe, fretless e com 11 cordas. Cinco cursos duplos e uma "drone". Eu não saberia especificar a tração envolvida, mas certamente é alta. Mesmo assim, com esse ângulo de 90o, ele só quebrou o headstock por causa de um baita acidente no transporte. E agora espero um bom luthier para consertá-lo... Cry
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« Responder #69 : 30 de Agosto de 2012, as 19:47:06 »

Eu tenho um Oud destes, mas acústico. Comprei no Marrocos, foi U$80 em 97 Smiley

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edit: É este aqui



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Alex, consertar o headstock não é um bicho de 7 cabeças, pior é um amigo meu que tinha um destes (acústico) que soltou o cavalete... Repare que as bocas são pequenas, tampadas e afastadas do cavalete. Não dá pra colar e colocar um grampo até secar, como se faria com um violão Sad
« Última modificação: 30 de Agosto de 2012, as 19:55:33 por gfr » Registrado

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« Responder #70 : 30 de Agosto de 2012, as 20:49:37 »

Pela tabela da D'Addario mesmo com 11 cordas o "peso" do encordoamento do oud é baixo, 73.660 Kg.

http://www.daddario.com/DADProductDetail.Page?ActiveID=3769&productid=298&productname=J95_Oud_11_String_Strings

Considerando o tamanho do braço e o efeito alavanca, é muito mais fácil quebrar um braço de uma Les Paul com 0.012, ainda mais se for a Pure Nickel com  72.940KG.....
« Última modificação: 30 de Agosto de 2012, as 20:52:19 por felixmeirelles » Registrado
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« Responder #71 : 30 de Agosto de 2012, as 21:14:31 »


Se alguém tem um Oud com cavalete solto, não se desespere. A Stewmac sempre tem uma solução:

http://www.stewmac.com/shop/Tools/Clamps,_support_tools.html
http://www.stewmac.com/shop/Tools/Clamps,_support_tools/Ibex_Bridge_Clamp.html
http://www.stewmac.com/shop/Tools/Clamps,_support_tools/F-hole_Patch_Clamp_Set.html
http://www.stewmac.com/shop/Tools/Clamps,_support_tools/Soundhole_Clamps.html

Bota sortimento nisso.

Como prometido aos foristas medi o ângulo do headstock de algumas guitarras aqui com um transferidor:

Gibson Studio = 17º
Gibson Les Paul Melody Maker = 17°
Ibz Cn 250 = 14º
Ibz S670 = 14º
Ibz As 73 = 14º
Ibz Ag 75 = 14º
Parker P-30 = 15º

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« Responder #72 : 30 de Agosto de 2012, as 21:24:16 »

O problema é que a boca é tampada com uma decoração de madeira, como se fosse uma grade. Vai enfiar o clamp por onde? No caso do meu, como a decoração é numa peça de madeira separada colada por dentro no tampo, ainda deve dar pra resolver, mas imagina um oud ou alaúde onde a boca decorada é esculpida no próprio tampo...
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« Responder #73 : 30 de Agosto de 2012, as 22:04:12 »


Encrenca braba ! 
Mas é fato que o cavalete não nasceu ali. hehehe   Quem sabe descolando o trabalho de marchetaria para ter acesso a parte interna.
Ou utilizando parafusos no cavalete (alguns violões de aço usam este sistema, depois escondem a cabeça com decorações em "perloid")
Em último caso, tirando todo o tampo do instrumento ! É um serviço pouco econômico ! Mas se a outra possibilidade é o lixo...
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« Responder #74 : 30 de Agosto de 2012, as 23:07:04 »

Eu tenho um Oud destes, mas acústico. Comprei no Marrocos, foi U$80 em 97 Smiley

Quando eu for lá, vou comprar um para mim, também...    Grin
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