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Autor Tópico: transição de layout  (Lida 4002 vezes)
slipkorn56
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« : 12 de Junho de 2012, as 19:47:51 »

uma duvida grande, na hora de passar o ferro para transferir o layout para a placa, eu devo por um pano em cima do papel, ou o ferro vai diréto no papel?
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« Responder #1 : 12 de Junho de 2012, as 19:53:36 »

 Eu coloco o ferro direto no papel, porém eu não deixo ele parado, fico esfregando e pressionando o ferro contra o papel até começar a ficar nítido todas trilhas nas "costas" do papel. O melhor mesmo é você fazer o teste com o ferro que tem disponível e encontrar também a temperatura certa para deixar e fazer a transferência. Normalmente quando eu tava fazendo as placas, fazia varias cópias do mesmo layout, caso a primeira transferência não ficasse legal eu limpava a placa e fazia novamente. Espero ter ajudado, abraço. Legal!
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« Responder #2 : 12 de Junho de 2012, as 20:27:03 »

Fiquei sabendo também que se você der um choque térmico na placa, tipo... coloca ela no congelador assim que terminar de passar o ferro, depois de uns 2 minutos, logo em seguida deixe um pouco na água com temperatura ambiente por uns 5 minutos, depois é só passar os dedos e ir tirando o papel.
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« Responder #3 : 12 de Junho de 2012, as 20:35:48 »

http://www.youtube.com/watch?v=ouHrpwPW2vo

Da uma olhada nesse video (tem muitos outros no youtube).

eu particularmente uso fita para prender a transparencia na pci para evitar que saia de posição durante o processo.

É um processo que você vai aprimorando com o tempo, pressão exercida, temperatura do ferro.

Boa sorte.
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« Responder #4 : 12 de Junho de 2012, as 23:55:33 »

Bom, aproveitando o tópico, alguém sabe a temperatura ideal para fazer a transferência? To montando uma laminadora, e to querendo fazer um controle bem robusto de temperatura para evitar surpresas...
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« Responder #5 : 13 de Junho de 2012, as 17:47:38 »

Infelizmente não é fácil de dizer a temperatura exata pois ela é dependente de vários fatores, tais como: temperatura e umidade do ambiente, além do tipo de papel escolhido.

Neste caso se você pesquisar em alguns post do Plautz encontrará relatos de como ele encontrou a temperatura ideal para sua laminadora, que na verdade é totalmente baseada em tentativas e erros.

No caso da laminadora existe ainda o fator velocidade, se você consegue um ajuste perfeito, apenas uma "passada" é suficiente para a transferência.

Eu coloco o ferro direto no papel, porém eu não deixo ele parado, fico esfregando e pressionando o ferro contra o papel até começar a ficar nítido todas trilhas nas "costas" do papel.

Não recomendaria isto, já fiz o teste após o Plautz alertar sobre este procedimento... e constatei que ele tem razão, quando você aperta o ferro ocorre um achatamento das trilhas, que em muitos casos pode ser prejudicial, principalmente se o layout possui trilhas muito próximas.

Minha opinião é que se faça com paciência, com um ferro sem vapor, eu procuro ir aquecendo a placa uniformemente e só finalizo quando o papel começa a amarelar. Porém isto irá depender da experiência de cada um.

Fiquei sabendo também que se você der um choque térmico na placa, tipo... coloca ela no congelador assim que terminar de passar o ferro, depois de uns 2 minutos, logo em seguida deixe um pouco na água com temperatura ambiente por uns 5 minutos, depois é só passar os dedos e ir tirando o papel.

Na verdade este procedimento foi citado por mim, mas não deve ser seguido como regra.

O mais importante é utilizar um impressão recente, pois minhas experiências me leva a afirmar que quanto maior o período entre a impressão e a transferência, menor a probabilidade de se obter uma ótima transferência!

É obvio que o tempo que me refiro é dias ou até semanas!

Abraço.
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« Responder #6 : 13 de Junho de 2012, as 17:57:50 »

Eu utilizo ferro direto no papel, nunca tive problemas, sempre esfregando...uns 4, 5 min. quase acabando eu ligo o vapor e molha um pouco o pael e fica mais facil pra retirar .  coloco debaixo da torneira e sempre deu certo.  Wink
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« Responder #7 : 13 de Junho de 2012, as 18:14:18 »

Infelizmente não é fácil de dizer a temperatura exata pois ela é dependente de vários fatores, tais como: temperatura e umidade do ambiente, além do tipo de papel escolhido.

Neste caso se você pesquisar em alguns post do Plautz encontrará relatos de como ele encontrou a temperatura ideal para sua laminadora, que na verdade é totalmente baseada em tentativas e erros.

No caso da laminadora existe ainda o fator velocidade, se você consegue um ajuste perfeito, apenas uma "passada" é suficiente para a transferência.

Pois é, andei vendo os posts dele e de outros, realmente a temperatura diverge às vezes, questão de 150~180 graus pelos relatos (cada um usa uma faixa). Acho uma faixa ainda imprecisa... rs

Atualmente estou achando ferro + percloreto uma mão de obra e sujeira muito grande.

Estou pensando em mudar para laminadora com ácido muriático + água oxigenada. Ouvi dizer que o ácido consegue ser, além de mais rápido, mais preciso com as trilhas.

Sempre usei o papel couche (não sei a grafia correta), alguém que usa transparências consegue informar se o processo é muito diferente em relação ao papel?

Já tive algumas vezes que o papel ainda ficou um pouquinho grudado no centro dos furos dos componentes e não corroeu da forma correta o centro, transparência parece que "prega" menos na placa.
« Última modificação: 13 de Junho de 2012, as 18:17:29 por Sandino » Registrado

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« Responder #8 : 13 de Junho de 2012, as 19:27:16 »

Na verdade a temperatura não é constante, nem na laminadora, nem no ferro.

Na laminadora, a lâmpada do fusor esquenta o rolo fusor que, após determinado tempo, se esfria naturalmente. Ao atingir uma temperatura pré-determinada na placa de controle, a lâmpada é acionada para que volte a esquentar o rolo fusor.

Na minha laminadora o ajuste é para 170º e quando faço a transferência ela varia desde 165º até 180º.

O ferro também é mais ou menos parecido. Com a temperatura ajustada em um determinado ponto, o termostato esquenta a chapa e, ao atingir o parâmetro ajustado, desliga. Mas, ao esfriar, o termostato volta a ligar aquecendo novamente a chapa.

Veja este vídeo que fiz assim que inciei minhas placas com transferência.

O choque térmico se faz necessário para que as fibras do papel se atrofiem rapidamente, evitando que volte a agarrar no toner, o que dificultaria a retirada do papel da placa.

Esse ponto das fibras do papel ficarem mais soltas (por falta de termo melhor) é bem descrita no processo de transferência com acetona (se bem me lembro foi o GRAmorin que postou sobre isso). Resumindo, pelo que me lembro, coloca-se o papel com o layout na placa, molha com acetona e com a ajuda de algo cilíndrico pressiona-se tudo na placa e, após algum tempo, retira-se o papel e o layout está transferido.

A razão de funcionar é que a acetona além de ser diluente (não é esse termo, mas não lembro o correto) para o toner, ela também ajuda a enfraquecer a ligação das fibras do papel com o toner que, por ter mais afinidade com o cobre, acaba ficando preso à ele.

Em relação a papéis, já testei de tudo quanto foi tipo e marca, e cada um tem suas peculiaridades.

Em geral os glossy para inkjet, impressos em laser, por terem uma camada de glossy mais espessa, sai bem facilmente. Ao transferir o layout, o calor amolece o glossy (que contém a impressão do layout) e o toner, como dito acima, por ter mais afinidade com o cobre, acaba aderindo à placa.

Joga-se a placa na água por dois motivos:

1) Aproveitando que o toner e o glossy ainda estão quentes, ao entrar em contato com a água fria o choque térmico faz com que o toner fixe-se firmemente ao cobre, pela afinidade entre os dois, ao mesmo tempo que a água penetra no glossy, amolecendo-o ainda mais.

2) O papel, ao entrar em contato com a água, perde aderência com o glossy, já amolecido pelo calor e pela água.

Assim, após alguns minutos, é só puxar com calma o papel que o layout está transferido. Ainda restam resquícios de glossy amolecido na placa, mas passando o dedo molhado ele sai (e não precisa ter receio de arrancar o toner porque isso não acontece).

Pode acontecer de ter aquecido o glossy demais e ele cristalizar na placa. Caso isso ocorra, o processo inverso deve ser realizado: joga-se a placa em um recipiente com água fervendo, espera-se um tempo e tenta-se tirar o glossy. Se não conseguir da primeira vez, repete-se o processo até sair todo o glossy. A água fervendo amolece o glossy cristalizado, facilitando a retirada.

Usando papel para inkjet na impressora laser nunca tive problemas de papel grudado na placa, apenas glossy cristalizado.

Já com papel glossy específico para impressora laser o que mais me agrada é o de gramatura 180gm2, pois após transferir e jogar na água, é só esperar tempo que ele mesmo solta da placa, restando muito pouco resquício de papel na placa. Glossy não fica nada, pois como o papel tem menos glossy que o para inkjet, ele nem chega a aderir no cobre.

Já o papel para impressora laser de 150gm2 transfere muito bem também. A placa abaixo fiz hoje com esse papel, só que, pela gramatura mais baixa, acaba ficando muito resto de papel na placa. Nada que uma escova de dentes macia velha não resolva. As trilhas mais grossas estão em 16mils (0.4064 mm), a as mais finas com 10 mils (0.254 mm)



Papel couché também resulta em uma boa transferência, mas em minhas experiêcias tive mais problemas de falha nas trilhas do que com outros papéis. Ele também deixa muito resquício de papel na placa, exigindo uma boa escovada para limpar completamente.

Em relação ao levantado, sobre o ácido muiriático e água oxigenada ser mais preciso, não procede. Ambos são corrosivos e atuam da mesma maneira.

O que ocorre é que, ao usar concentrações mais fortes (já usei HCL 40% + H2O2 130%) em virtude da corrosão ser mais rápida, o ácido não tem tempo de ficar "passeando" em cima do toner. Isso causa uma falsa impressão de precisão. Entretanto, justamente pela reação ser mais forte, qualquer falha que exista, por mínima que seja, não passará em branco.

Já com solução mais fraca (atualmente uso H2O2 10% e HCL 4,5%) se deixar muito tempo também ocorrerão falhas.

Sobre a pressão exercida no ferro (lembrei agora). Ela deve existir, mas deve ser moderada para que não ocorra alargamento das trilhas / ilhas. A pressão ajuda o toner, aquecido, a aderir ao cobre.

Nunca usei transparência, então não posso falar nada sobre ela, mas o processo de transferência térmica com elas é praticamente o mesmo. Nele, se bem lembro, é necessário um pano entre o ferro e a transparência, para que esta não derreta e grude no ferro.

O levantado sobre impressão ser recente procede, pois com o passar do tempo o toner se firma mais e mais ao papel / glossy. Nos papéis com glossy é ainda pior, pois com o passar do tempo o glossy endurece. Aqui, sempre que preciso fazer placas, imprimo, transfiro e faço a corrosão no mesmo dia.

O papel grudar no centro da ilha é normal, mas escovar de leve (com a placa dentro da água para ajudar a amolecer o papel) com uma escova de dente macia retira esses restos.

Pronto. Falei demais.  Anjo

Abraços.
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« Responder #9 : 13 de Junho de 2012, as 23:31:27 »

Apesar de longo, o post foi muito esclarecedor.

Sobre a temperatura não ser constante isso eu esperava. Só não achava que pudesse ser mesmo tão grande a faixa de trabalho.

Nesse caso então cheguei a algumas conclusões:
- Vou trocar o couché pelo glossy, como disse anteriormente, tive alguns problemas no papel couché grudar nas ilhas.
- Um controle de temperatura na faixa dos 170 deve ser suficiente.
- Trocar o percloreto pelo HCL vai reduzir sujeira (o que é importante pois onde o percloreto bate fica a marca...) e aumentar velocidade (não tenho reclamações a esse respeito...)

Por fim, mais uma perguntinha: a lâmpada do fusor suporta ser ligada e desligada varias vezes em curto intervalo de tempo?
Certa vez montei uma planta simulando um auto forno (coisas da faculdade) só que usava uma lampada incandescente. Se não me engano fiz com tiristor e uma onda PWM e funcionava bem legal. Não tive problemas de queimar a lampada (mesmo se tivesse o preço é bem baixo). Pensei em implementar uma coisa similar com o fusor, mas resta saber se a lampada suporta ligar/desligar varias vezes por segundo.


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« Responder #10 : 14 de Junho de 2012, as 00:07:06 »

Por fim, mais uma perguntinha: a lâmpada do fusor suporta ser ligada e desligada varias vezes em curto intervalo de tempo?

Aguenta.

É uma lâmpada halógena feita para isso mesmo.

Já viu alguma impressora laser precisar trocar a lâmpada? Eu nunca ví. E minha laminadora está ai ha não sei quantos anos sendo usada e a lâmpada continua firme e forte.

Abraços.
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