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Autor Tópico: Como medir capacidade de corrente de transformadores de força?  (Lida 20050 vezes)
Sérgio Crepaldi
Visitante
« : 08 de Janeiro de 2012, as 17:05:38 »

Boa noite. Tenho alguns transformadores aqui, que gostaria de usar em alguns projetos, porém não sei a capacidade de corrente deles.
Pesquisando encontrei um post no AudioList do saudoso Edu Silva, onde ele explica com proceder:
http://audiolist.org/forum/viewtopic.php?t=7404
Uma das formas consiste em usar uma carga, uma resistência de chuveiro, mas não está escrito o tamanho que deve ser cortada.

Outro jeito é medir a bitola dos fios, enrolar parte dela e depois fazer um cálculo, mas isso pra mim é inviável, porque eu teria que abrir o transformador para ter acesso ao enrolamento, já que os fios que eu posso acessar são fios soldados nas bobinas.

Tem uma outra forma, medir a área do núcleo do transformador, mas pra mim mais uma vez fica difícil, porque eu teria que desmontar os transformadores.

Existe algum método que não exija que o transformador seja desmontado para medir a capacidade de corrente para eu saber quantos amperes tem meus transformadores?

Se pelo tamanho der pra ter alguma ideia, separei três com as medidas e dimensões:

http://img6.imageshack.us/img6/6946/080120121864.jpg
Primário 110/220V

Secundários 218V (sem t central)

            5,9V

Quando eu mandei enrolar esse transformador pedi 190V num secundário e 6,3V no outro (mas faz tanto tempo que me esqueci da corrente que pedi)

Dimensões

Comprimento 7,6cm

Largura 3,5cm

Altura 6,4 cm


123V na rede no momento da medição

--------------------------------------------------------

http://img109.imageshack.us/img109/4637/080120121866.jpg

124,8V na rede no momento da medição

primario 110/220

secundários

200+200

5,2V

Dimensões

Comprimento 7,6cm

Largura 3,2 cm

Altura 6,3 cm

-------------------------------------------------------

http://img857.imageshack.us/img857/4453/080120121863.jpg

123V tensão na rede no momento da medida

Primario 90, 110, 125, 200, 220

Secundários  290+290 V

os fios correspondentes aos 6,3V sem tensão


Dimensões

8,6 cm comprimento

7,1 cm altura

4,3 cm largura

Notei um ruído fraco enquanto o transformador estava conectado na rede. Vou levar aqui em Ribeirão Preto, num senhor que enrola transformadores pra ele arrumar esse secundário de 6,3V.

Estou com umas válvulas paradas aqui, tem uma ecl82 que eu quero montar o IALL 3.5

Se os senhores puderem me orientar em relação a corrente desses transformadores, serpa de grande utilidade para mim.

Muito obrigado a todos

Abraço

Sérgio
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« Responder #1 : 08 de Janeiro de 2012, as 17:31:21 »

Pelas fotos, todos tem núcleo E I, assim dá pra saber qual a área da secção central. Pegue a altura do empilhamento e multiplique por duas vezes a largura do I (a dimensão menor) ou do E.  Com a área você tem aproximadamente qual a potência em VA do transformador (vai depender do material do núcleo, mas estime uns 7 a 8VA pra cada cm2). 

O problema maior é que tem secundários múltiplos e não dá pra saber qual a proporção de potência alocada pra cada enrolamento secundário.  Se você estimar pelo menos a corrente de um deles, o outro sai por diferença (considerando uma perda de 10% a 15% do primário para o secundário).

No enrolamento de 6,3V se você souber pra quantas e quais válvulas ele teria que alimentar os filamentos, você tem  uma boa idéia.  No caso do de 5V, basta saber qual a válvula diodo ele alimentaria.

Ou faça uma estimativa para os enrolamentos de alta tensão.  Geralmente de 100 a 200mA, seria um bom chute.
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Sérgio Crepaldi
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« Responder #2 : 08 de Janeiro de 2012, as 18:04:52 »

Pelas fotos, todos tem núcleo E I, assim dá pra saber qual a área da secção central. Pegue a altura do empilhamento e multiplique por duas vezes a largura do I (a dimensão menor) ou do E.  Com a área você tem aproximadamente qual a potência em VA do transformador (vai depender do material do núcleo, mas estime uns 7 a 8VA pra cada cm2).  

O problema maior é que tem secundários múltiplos e não dá pra saber qual a proporção de potência alocada pra cada enrolamento secundário.  Se você estimar pelo menos a corrente de um deles, o outro sai por diferença (considerando uma perda de 10% a 15% do primário para o secundário).

No enrolamento de 6,3V se você souber pra quantas e quais válvulas ele teria que alimentar os filamentos, você tem  uma boa idéia.  No caso do de 5V, basta saber qual a válvula diodo ele alimentaria.

Ou faça uma estimativa para os enrolamentos de alta tensão.  Geralmente de 100 a 200mA, seria um bom chute.

Muito obrigado xformer. Vou fazer esse calculo que você me passou.
Pelo que eu me lembre, faz uns anos isso, eu pedi pra enrolar com uns 200 mA na alta tensão.
O de 218V na verdade era pra ser 190V e em vez de 5,9V era pra ser 6,3, era pra um HotBox, pra ser mais preciso acho que eram 190mA, mas acabaram dizendo pra eu guardar o transformador pra montar um power.

Aquele de 290+290 que tá com o enrolamento de 6,3 com problema, esse tinha uma válvula retificadora no esquema, não é a 5y3, eu tenho uma aqui da RCA e é diferente, ela parece mais com uma ECL82 no tamanho,  tem 9 pinos. Tirei uma foto dela com celular, mas tá escuro já, então não ficou fácil:

http://img706.imageshack.us/img706/2217/080120121867.jpg

Edit.. Será que é uma EZ81?

Mas muito obrigado, vou fazer as contas e chegar num valor aproximado. Esclareceu demais pra mim.

valeu mesmo xformer, muito obrigado mesmo pela ajuda.

Um grande abraço

Sergio

 
« Última modificação: 08 de Janeiro de 2012, as 18:11:50 por Sérgio Crepaldi » Registrado
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« Responder #3 : 08 de Janeiro de 2012, as 18:23:12 »

Uma observação:
A potencia em VA do transformador é a que cada núcleo suporta, mas não quer dizer que os enrolamentos usem toda capacidade de potência do núcleo. Normalmente se faz o cálculo e usa-se o menor núcleo possível, mas às vezes não tem o tamanho certo e usa-se o tamanho maior seguinte, ou pode acontecer também dos enrolamentos não caberem e precisar se usar um carretel maior (e consequentemente um núcleo maior também). Como as coisas não são exatas, o que você vai ter são estimativas aproximadas.
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Sérgio Crepaldi
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« Responder #4 : 08 de Janeiro de 2012, as 18:38:33 »

Uma observação:
A potencia em VA do transformador é a que cada núcleo suporta, mas não quer dizer que os enrolamentos usem toda capacidade de potência do núcleo. Normalmente se faz o cálculo e usa-se o menor núcleo possível, mas às vezes não tem o tamanho certo e usa-se o tamanho maior seguinte, ou pode acontecer também dos enrolamentos não caberem e precisar se usar um carretel maior (e consequentemente um núcleo maior também). Como as coisas não são exatas, o que você vai ter são estimativas aproximadas.

xformer, já foi de grande ajuda ter a estimativa, algo aproximado, problema é ficar as cegas, e um desses transformadores eu ia montar o hotbox que dá pra montar com um transformador comercial com o esquema do Eduardo. O outro eu ia montar algum power single ended, tenho dois transformadores de saída parados aqui, um pra 6v6 SE e um pra duas 6V6 em PP.
Só queria ter uma noção aproximada do quanto de capacidade de corrente eles tem e principalmente aprender como descobrir isso, e isso não tem preço, o que você me ensinou.
Muito obrigado mesmo.

Agradeço a paciência e boa vontade em esclarecer minha dúvida.

Abraço

Sergio
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fallout
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« Responder #5 : 08 de Janeiro de 2012, as 22:08:03 »

Se é apenas para ter uma estimativa aproximada, quando for levar ao enrolador lá, pede para ele dar uma comparada no olho mesmo um fio que se aproxime da bitola do secundario, e assuma um n° de bitola a menos.
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Sérgio Crepaldi
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« Responder #6 : 08 de Janeiro de 2012, as 22:45:53 »

Se é apenas para ter uma estimativa aproximada, quando for levar ao enrolador lá, pede para ele dar uma comparada no olho mesmo um fio que se aproxime da bitola do secundario, e assuma um n° de bitola a menos.

Vou aproveitar quando for levar aquele de 290+290V pra arrumar o secundário de 6,3V e já levo os outros pra ele me falar mais ou menos quanto de corrente eles podem fornecer...

Obrigado fallout e xformer

Abraço

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« Responder #7 : 09 de Janeiro de 2012, as 21:35:24 »

Olá.

Uma excelente estimativa para a capacidade de corrente do secundário de um transformador cujas especificações sejam desconhecidas é dada pelo seguinte critério : a máxima corrente drenável é aquela que provoca uma queda de tensão de 10% na tensão secundária a vazio.

O ensaio é feito carregando-se o secundário com resistores, até que a tensão caia 10% em relação à tensão a vazio.

Quando há mais de um secundário, é necessário carregar todos eles ao mesmo tempo.
« Última modificação: 09 de Janeiro de 2012, as 21:37:00 por a.sim » Registrado
Sérgio Crepaldi
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« Responder #8 : 11 de Janeiro de 2012, as 03:32:01 »

Olá.

Uma excelente estimativa para a capacidade de corrente do secundário de um transformador cujas especificações sejam desconhecidas é dada pelo seguinte critério : a máxima corrente drenável é aquela que provoca uma queda de tensão de 10% na tensão secundária a vazio.

O ensaio é feito carregando-se o secundário com resistores, até que a tensão caia 10% em relação à tensão a vazio.

Quando há mais de um secundário, é necessário carregar todos eles ao mesmo tempo.

Bom dia a.sim
Eu li sobre esse método no site audiolist, inclusive lá estava escrito que poderia ser usada uma resistência de chuveiro com o tamanho adequado. Mas qual seria o valor desses resistores?

Obrigado

Abraço

Sergio
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« Responder #9 : 11 de Janeiro de 2012, as 07:28:04 »

Olá.

Resistência de chuveiro ? Credo...talvez para o enrolamento de 6,3 V de algum transformador de boa potência...

O valor da resistência a ser colocada como carga vai depender da tensão do enrolamento e, naturalmente, da corrente máxima que o enrolamento pode prover. Um enrolamento de 6,3 V 5 A vai precisar de um resistor de 1,26 ohms ( a de chuveiro... ); já um enrolamento de 350 + 350 V, 100 mA precisaria de um resistor de 7000 ohms.

Existe um método mais teórico, que permite determinar as correntes máximas de um transformador a partir das resistências dos bobinados e das tensões em circuito aberto. É mais fácil de ser aplicado, mas exige mais matemática.
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« Responder #10 : 11 de Janeiro de 2012, as 07:37:36 »

a.sim, voce pode explicar como é esse calculo?  Smiley
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« Responder #11 : 11 de Janeiro de 2012, as 07:58:09 »

Resistência de chuveiro ? Credo...

Então isso de resistência de chuveiro é gambiarra, com todo respeito ao outro fórum.  Smiley

Obriado a.sim

Abraço

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« Responder #12 : 12 de Janeiro de 2012, as 06:41:17 »

Oi Sergio

Já participei do Audiolist, AudioDicas, AudioQuorum, etc. Lá só tem dica furada de gente com mente tacanha.

O método do A.sim é o mais correto para se estimar a capacidade de corrente, mas você vai precisar de um resostato ou algum outro tipo de carga variável confiável. Resistência de chuveiro é uma gambiarra medonha.

Para uma única saída, até é fácil, mas com multiplas saídas, a coisa vai complicando, pois tem que achar "no braço" a carga combinada que faz todos perderem 10% da tensão. Cada alteracão em uma saída reflete nas outras e requer um reajste global. Alguém com prática pode até achar rapidamente, mas não será seu caso.

Se você tiver um lote grande de transformadores nessas condições, até pode valer a pena o esforço. Se forem poucas peças, o custo dos reostatos e do tempo que você vai perder será maior que o valor do transformador.

Abraços

Eduardo
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« Responder #13 : 12 de Janeiro de 2012, as 11:18:00 »

Oi Sergio

Já participei do Audiolist, AudioDicas, AudioQuorum, etc. Lá só tem dica furada de gente com mente tacanha.

O método do A.sim é o mais correto para se estimar a capacidade de corrente, mas você vai precisar de um resostato ou algum outro tipo de carga variável confiável. Resistência de chuveiro é uma gambiarra medonha.

Para uma única saída, até é fácil, mas com multiplas saídas, a coisa vai complicando, pois tem que achar "no braço" a carga combinada que faz todos perderem 10% da tensão. Cada alteracão em uma saída reflete nas outras e requer um reajste global. Alguém com prática pode até achar rapidamente, mas não será seu caso.

Se você tiver um lote grande de transformadores nessas condições, até pode valer a pena o esforço. Se forem poucas peças, o custo dos reostatos e do tempo que você vai perder será maior que o valor do transformador.

Abraços

Eduardo

Boa tarde Eduardo.

De fato eu não tenho condições de encontrar a capacidade de corrente de transformador com dois secundários ou mais, não tenho experiência nenhuma nisso, essa relação entre a corrente de um enrolamento com outro dos secundários vai dificultar muito pra mim.
Vou tentar, por experiência mesmo, aprendizado, tentar descobrir a capacidade de corrente de um transformador simples, com apenas um enrolamento secundário.

Eu tenho apenas uns três transformadores desses, não vale a pena, tinha umas etiquetas neles com especificações, mas faz tantos anos que essas etiquetas se foram. E pensar que eu que encomendei dois desses, dei as especificações de tensão e corrente  Batendo Cabeça. Acabei me esquecendo. Só sei que um deles era pro HotBox, dá conta de duas 12ax7, o outro era pra um SE com 6V6 e uma 12ax7 e o maior era pra um amplificador com válvula retificadora. Mas eles estão com comportamentos suspeitos, nas medições eles não estão batendo com a tensão que tinha que ter.
 
Eles foram enrolados por duas pessoas diferentes, eu até liguei pra um deles e vou levar lá, como ele trabalha com isso, vai ter condições de precisar a corrente desses transformadores e fazer os reparos caso valer a pena. Mas isso eu vou fazer depois, tenho outros projetos pra concluir.

Muito obrigado Eduardo, e a todos os que ajudaram.

Abraço

Sergio

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« Responder #14 : 12 de Janeiro de 2012, as 12:55:53 »

Eu não vejo tanto problema em se usar uma resistência de chuveiro (ou torneira elétrica) como resistor de potência pra teste. Inclusive eu e o Kem vamos usar uma pra testar um amp  Cheesy.   O chato é que elas têm baixa resistência (até uns 20 ohms) e são indutivas (por causa do espiralamento).  Um reostato em última análise também é um resistor de fio  (nicromo?) enrolado e com um cursor pra ajuste, e de boa potência.  Dentro do espírito DIY do fórum e dos integrantes, uma resistência de chuveiro quebra bem o galho.

Agora pra testar o transformador, fica muito perigoso ficar usando um reostato pra alta tensão ou associando resistores pra achar a carga certa (talvez pudesse usar um aparelho chamado "década de resistores"). Já pro enrolamento de filamentos, a resistência de chuveiro levemente esticada e usando um fio com garra jacaré como cursor, funcionaria muito bem.  Quem não é profissional, pode improvisar com o que tiver a mão.

Outro dia mesmo eu estava fazendo resistor não indutivo com minas de grafite de lapiseira ....
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