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Autor Tópico: Como medir capacidade de corrente de transformadores de força?  (Lida 20037 vezes)
Eduardo
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Obrigado
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« Responder #15 : 12 de Janeiro de 2012, as 13:23:36 »

Oi Xformer

O problema da resistência de chuveiro é que a resistência da liga usada varia muito com a temperatura. Não tem estabilidade para mendidas confiáveis.

Abraços

Eduardo
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Obsoleto é filho do Custo, não da Melhoria.
a.sim
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« Responder #16 : 12 de Janeiro de 2012, as 20:29:33 »

Olá, gente :

O problema da resistência de chuveiro é que a resistência da liga usada varia muito com a temperatura. Não tem estabilidade para medidas confiáveis.

Abraços

Eduardo

O colega está equivocado. O material da resistência de chuveiro é a liga niquel-cromo, que tem um coeficiente térmico de 1,7 x 10E-4 / ºC, muito menor do que o cobre ( 3,9 x 10E-3 / ºC ) e o carbono ( -5 x 10E-4 / ºC ).

Caso a resistência esquente muito durante o teste, sempre é possível imergi-la dentro de um balde com água para manter a temperatura baixa...e a resistência, mais constante !

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Como determinar a capacidade de corrente de um transformador pelo MMF - método mais fácil.

Esse método pressupõe que a queda máxima nos enrolamentos secundários é de 10% da tensão a vazio. Isso é razoável para a maioria dos transformadores comerciais, e é regra para os transformadores produzidos por uma certa fábrica do RS. Os valores indicados são apenas teóricos, não tendo sido feitas medidas reais para esse texto.

Vamos supor um transformador com um primário para 220 V e três secundários :  600 V ct, 6,3 V ct e 5 V.

a) Com as saídas a vazio e com uma tensão conhecida no primário, medir as tensões secundárias. Com uma tensão primária de 234 V , encontramos as tensões V1 = 702 V, V2 = 7,37 V e V3 = 5,85 V

b) Calculamos as relações de transformação, dividindo cada tensão secundária pela tensão primária. Com isso, achamos N1 = 702/234 = 3,0 ; N2 = 7,37/234 = 0,0315 ; N3 = 5,85/234 = 0,025 .

c) Medimos a resistência de cada enrolamento secundário. Atenção que, ao medir os enrolamentos de baixa tensão, é necessário descontar a resistência das ponteiras...Para esse exemplo, encontramos R1 = 150 ohms, R2 = 0,08 ohms e R3 = 0,13 ohms.

d) Calculamos a resistência de cada secundário, refletida para o primário : Rrefl_n = R_n / (N_n)². Assim, Rrefl1 = 150 / 9 = 16,67 ohms; Rrefl2 = 0,08 / 0,00099 = 80,62 ohms ; Rrefl3 = 0,13 / 0,000625 = 208 ohms.

e) Calculamos a resistência refletida equivalente como o paralelo das resistências calculadas. Assim, teremos 16,67 // 80,62 // 208 = 12,95 ohms

f) Mede-se a resistência do primário, que deve ser bem próxima do valor da resistência refletida equivalente. No nosso caso, encontramos 14 ohms. SE ISSO ACONTECER :

g) Encontrar a relação a = Vprim_nom / Vprim_teste entre a tensão nominal do enrolamento e a tensão usada nas medições. No nosso caso, a = 220 / 234 = 0,94.

h) As máximas correntes em cada enrolamento serão dadas por 0,045 x a x V_n / R_n . Assim, seriam I1 = 0,045 x 0,94 x 702 / 150 = 198 mA; I2 = 0,045 x 0,94 x 7,37 / 0,08 = 3,89 A e I3 = 0,045 x 0,94 x 5,85 / 0,13 = 1,90 A.

Veja que o método envolve algumas aproximações e a medição, com erro, de resistências pequenas pode comprometer o resultado. Por outro lado, mesmo que a condição do item (f) não seja satisfeita, o cálculo das correntes máximas ainda pode ser usado como aproximação. Um ensaio posterior, sob carga, poderá confirmar a exatidão dos cálculos e medidas.
« Última modificação: 12 de Janeiro de 2012, as 21:29:36 por a.sim » Registrado
Sérgio Crepaldi
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« Responder #17 : 16 de Janeiro de 2012, as 00:04:11 »

a.sim

Muito obrigado a.sim

Agora me pareceu menos complicado. Vou tentar medir os meus antes de levar na pessoa que enrola transformadores aqui.

Obrigado

Abraço

Sergio
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Ledod
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« Responder #18 : 16 de Janeiro de 2012, as 16:02:17 »

a.sim

 Não entendi uma parte sobre o método que descreveu, porque utilizar a "resistência" refletida ao primário?
 Quando medimos a resistência, é a resistência do fio apenas, em DC... Seria refletido ao primário se curto-circuitássemos o secundário e aplicássemos uma tensão reduzida no primário em AC, ai sim teríamos a "resistência" ou melhor, a impedância do secundário refletida. Este é um dos ensaios para se determinar as perdas no núcleo do transformador.
 Poderia explicar melhor? Ou existe um outro conceito envolvido? (a resistência dos fios esmaltados, com a potência entregue do secundário e a resistência do fio no primário e no secundário...)

 Um abraço!

Eduardo
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a.sim
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« Responder #19 : 16 de Janeiro de 2012, as 16:54:51 »

Olá, Eduardo :

A determinação da resistência secundária, refletida para o primário, é para determinar se o transformador tem as resistências distribuídas homogeneamente entre primário e secundário. A maioria dos casos atende esse critério, onde a resistência do primário é aproximadamente igual ao paralelo de todas as resistências secundárias, refletidas pelas respectivas relações de transformação.

O uso das resistências DC dos enrolamentos como o único causador de quedas de tensão no transformador sob carga é uma das aproximações do método, já que existe a contribuição das reatâncias de dispersão dos enrolamentos. Por sorte, o efeito dessas reatâncias é pequeno. O ensaio que descreves permite determinar as perdas no cobre, não as no núcleo...e representa basicamente a mesma coisa que o método prescreve, com a diferença que as reatâncias estarão presentes e os resultados serão mais precisos.
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« Responder #20 : 16 de Janeiro de 2012, as 22:54:40 »

 Entendi agora sobre as resistências, era um conceito que não conhecia mesmo! Muito obrigado!

 Sim, me enganei. São as perdas no cobre mesmo, pois com a tensão reduzida o ciclo de histerese da indução magnética do núcleo está muito longe da saturação, me lembrei agora ! Dai sobra somente as resistências dos enrolamentos no circuito equivalente...
 As do núcleo é o ensaio em vazio, usando um multímetro capaz de medir o fator de potência...

Um abraço!

Eduardo
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rafammbass
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« Responder #21 : 09 de Julho de 2013, as 11:48:33 »

Professor,

Esse MMF funciona em transformadores toroidais?

Fiz as contas, estou com um transformador 33-0-33V retirado de um warm music e queria saber a capacidade dele, para aproveitar em outro projeto.

O amplificador se diz um 70W, tinha um tda7294 na saída.

Abraço e Obrigado!
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kem
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« Responder #22 : 09 de Julho de 2013, as 12:40:40 »

rafammbass, quantos watts era esse amplificador?
Aposto que 100W...
Como um amplificador de 100W usa um transformador de 70W?!?
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a.sim
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« Responder #23 : 09 de Julho de 2013, as 13:38:56 »

Olá :

O MMF funciona também para transformadores toroidais, sim.
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rafammbass
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« Responder #24 : 09 de Julho de 2013, as 15:28:15 »

Kem, o amplificador se tinha 70W, com um TDA7294 na saída, usando esse transformador. Como o transformador está bom, queria utilizá-lo em outro projeto. Aguma sugestão?

Fiz umas contas aqui a.sim, mas cheguei a aproximadamente 0,5A. Pela bitola dos fios e o peso do transformador, creio estar bem errado. Vou tentar novamente mais tarde, feriado faz isso com a gente...
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