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Autor Tópico: Madeiras: Verdades e Mentiras!  (Lida 82972 vezes)
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« Responder #180 : 13 de Junho de 2012, as 09:15:06 »

A minha dúvida é se a madeira pode ser considerada "totalmente sólida" do ponto de vista estrutural, devido à natureza de sua construção. Se ao microscópio ela não apresentaria uma mistura de partes sólidas e "gaps", por asim dizer...

A madeira é porosa, basta ver como ela absorve água/umidade.

Hipótese: são justamente estes gaps (buracos) da madeira que dificultam a ressonância do corpo, e consequentemente, a captação do som na parte eletromagnética do sistema.

A questão é: será que as madeiras menos porosas, de maior densidade, podem transmitir sua vibração para as cordas e para os captadores? Pela pesquisa, em um primeiro momento, essa transmissão não é significativa.
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« Responder #181 : 13 de Junho de 2012, as 09:29:57 »

Não com o modelo científico usado/proposto na experiência.

Eu imagino que cada vez que o som tenha que mudar de meio, ele perca energia, ao menos essa é a teoria por trás do uso de gaps de ar em isolamento acústico.  Parece possível a idéia que alguns luthiers passam relacionando o tipo de madeira ao tipo de "filtragem" ou seleção de determinados componentes do som, os quais seriam afetados pelas diferentes madeiras. De qualquer forma, apenas especulação... produto de observação através da percepção humana, sem uso de aparato de medição que comprove realmente isso.

Uma prova clara, ao menos para mim, de que o MATERIAL do qual é feito o corpo da guitarra afeta o timbre CAPTADO do instrumento, é o uso de acrílico na confecção do corpo do instrumento. A diferença é mais que notável! 

Outra questão interessante é que há uma interação entre instrumento e amplificador, a realimentação acústica em níveis mais altos é um fato. A madeira utilizada nesse caso não teria algum efeito?
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« Responder #182 : 13 de Junho de 2012, as 09:51:52 »

A minha dúvida é se a madeira pode ser considerada "totalmente sólida" do ponto de vista estrutural, devido à natureza de sua construção. Se ao microscópio ela não apresentaria uma mistura de partes sólidas e "gaps", por asim dizer...

A madeira tem partes de celulose e partes de material mais sólido, lignina.  para a corda, ela é considerada quase que somente suporte para o material metálico que reflete a onda da corda.  dependendo da orientação espacial da fibra pode refletir ou absorver vibrações de maneiras diferentes.  Mas como corpo sólido, reflete muito.  Se a madeira está mais molhada, também se comporta de maneira diferente, pois muda a sua densidade.
A diferença entre um caixote da feira molhado com frutas e seco no sol e uma madeira bem disposta e seca uniformemente deve ser comentada, pois é muita: sua estabilidade.

Certamente o verniz ou cobertura da madeira influencia na ressonância do corpo da guitarra, que é pouca.  Talvez a maioria das impressões das pessoas tenha sido causada por madeira pintada ou envernizada de maneiras diferentes e espessuras diferentes.  Além disso, a posição em relação ao amplificador (e falantes) e o volume do som podem induzir alterações no timbre.  Por isso, não se poderia expor o corpo à realimentação sonora para saber sobre a influência no timbre, o que seria outra coisa.

O tipo de préamplificador e sua impedância de entrada e não linearidades também pode mudar o timbre.  Por isso a experiência de cada pessoa com seu pré pode levar a audições diferentes.  Portanto o préamplificador usado na experiência deve ser de alta impedância e de faixa dinâmica acima da amplitude captada, ou seja, não satura durante as medições.

Na experiência, o toque com a palheta e mola significam um "impulso" e a forma de onda deve estabilizar antes de ser tomada para análise de fourier.  Entre as diversas guitarras, provavelmente o som foi normalizado, isto é, a diferença de amplitude relativa da primeira harmônica e decaimento de outros harmônicos devem ter sido comparados e a amplitude deve ter sido multiplicada por um fator K com a finalidade de tornar todas parecidas.

Isto são minhas impressões: as condições para as experências do ciêntistas foram estabilizadas, ou seja, sempre as mesmas, muito diferente de condições que mudam de pessoa para pessoas e seus intrumentos.   O que é dificil para pessoas comuns é notar as diferenças entre cada instrumento.  talvez a diferença esteja em outras coisas, e nem tanto nas madeiras do corpo do instrumento.  Foi pra descobrir isso  que camarada fez as experiências.

Alguém conhece bem as ferragens utilizadas no corpo pra dizer se são "de boa qualidade" ou fubangos a ponto de não captar diferenças?  Por favor cite consistentemente as qualidades.

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« Responder #183 : 13 de Junho de 2012, as 10:28:02 »

"...e a forma de onda deve estabilizar antes de ser tomada para análise de fourier..."

Uma coisa que não fica clara para mim é, se a análise de Fourier é feita sobre um momento "estabilizado" da forma de onda, de maneira estática, como uma foto de uma momento específico da sustentação da nota da guitarra, ou se é levado em conta todo o transiente ao longo do tempo, desde a palhetada até o movimento da corda cessar completamente.

Ou seja, para mim o timbre é o que ocorre dinamicamente ao longo de todo o transiente, não uma porção "estabilizada" do mesmo. Incluindo a própria resposta de envoltória do transiente, as frequências que se encontram no ataque do mesmo e como elas se comportam durante a excurção do sinal ao longo do tempo.

Perdão se não compreendi totalmente seu ponto, Patines!
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« Responder #184 : 13 de Junho de 2012, as 10:55:42 »

Uma coisa que não fica clara para mim é, se a análise de Fourier é feita sobre um momento "estabilizado" da forma de onda, de maneira estática, como uma foto de uma momento específico da sustentação da nota da guitarra, ou se é levado em conta todo o transiente ao longo do tempo, desde a palhetada até o movimento da corda cessar completamente.
Pra se tirar alguma conclusão, a análise é sobre uma parte estabilizada.  E se o camarada conclui que dá igual, é porque as ondas decaem igual(a envoltória!) .  É preciso esta compreensão.  Acho que tu não me compreendeu.

Ou seja, para mim o timbre é o que ocorre dinamicamente ao longo de todo o transiente, não uma porção "estabilizada" do mesmo. Incluindo a própria resposta de envoltória do transiente, as frequências que se encontram no ataque do mesmo e como elas se comportam durante a excurção do sinal ao longo do tempo.

O Ataque é a palhetada. No ataque, as ondas que não ressonam na corda decaem rapidamente!  Além disso, é impossível controlar exatamente a energia transmitida à corda, por isso uma análise do ataque não teria sentido.   É  por isso que provavelmente existe normalização. O ataque em um instrumento com perdas(que decai) não é como o ataque de um sintetizador que significa uma envoltória crescendo em amplitude.

Perdão se não compreendi totalmente seu ponto, Patines!
Na universidade de engenharia elétrica perdi inumeráveis noites de sono (e 1 semestre) com seis matérias em cascata tentando compreender  transformadas de fourier e Laplace.  É por isso que os engenheiro são meio estranhos: cerveja de menos e cálculos demais.

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Roberto Alves
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« Responder #185 : 13 de Junho de 2012, as 11:04:16 »

Neste trabalho podemos afirmar que se o captador for de péssima qualidade você pode usar qualquer madeira! Cheesy

Sendo assim, vou propor na Rio+20 que as fábricas de guitarras passem a usar corpo de resina e madeira apenas na escala do braço.
Desta maneira iremos poupar muita árvore e nossos filhos e netos terão um mundo melhor e mais verde.
Posso?

Bem, na verdade eu acho que o que mais influencia no som é o metal da ponte e o tipo de material que se tem no nut. Depois vem os captadores que captam a vibração da corda, transformando essa variação magnética das cordas nos imãs de suas bobinas ou o que for em impulsos elétricos que vão direto para um fio chegando no amp. Daí outro conjunto muito importante que é o amp e o falante.

Fora isso, a madeira...pra mim tá me parecendo ser mais para acabamento.
Já viram guitarras com Cedro aromatizado, não? São lindas! Parece pelo de um felino.
Existem vários acabamentos nos diversos tipos de madeira que ficam lindos mas o som... Isso me parece muito sutil. Sim, modifica..mas eu colocaria bem abaixo nessa minha lista.
Prova disso é uma porcaria de Squier de Compensado Coreano que tem um som bem legal porque os captadores são ótimos, a ponte é maravilhosa, o nut perfeito, o amp e falante muito bons.

Outra coisa importante na madeira, pra mim, é a durabilidade.

Agora, num instrumento acústico....isso faz diferença, ao meu ver porque o som reflete na caixa de madeira, vibra e envia o som dela pra nossos ouvidos.

Roberto
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« Responder #186 : 13 de Junho de 2012, as 11:16:46 »

Ferragens de pouca qualidade alteram , em sua maioria , o sustain do instrumento . Um mal acabamento deixa arestas que podem diminuir a quantidade e qualidade  da vibração que a corda pode proporcionar. Já no timbre ( que  em minha opinião , não se pode ser medido ou aferido , por haver mais tentativas de métodos de analise do que consenso sobre qual é mais eficaz , cuja percepção no final da cadeia depende do ouvinte ( e do potencial auditivo que o mesmo tem).Na questão do  material de construção, o referido altera de forma significante o timbre produzido , vide o Dobro , que tem partes em  liga de ferro ou alumínio com  partes em madeira , cujo som varia muito mais do que em instrumentos sólidos.  
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« Responder #187 : 13 de Junho de 2012, as 15:07:20 »

O Patines têm razão... é intrigante para o senso comum... mais está mais que claro... quanto a parte de amortecimento que eu questionei, pois achava que ele poderia ser considerado... se o corpo do instrumento entrar em ressonância o amortecimento é desprezado e apenas se considera a frequência natural, que é dependente  da massa e da rigidez!

Abraço!

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« Responder #188 : 14 de Junho de 2012, as 16:03:01 »

Na verdade, Patines, felizmente não perdi nenhuma noite de sono depois que fui confrontado com Fourier, Laplace ou com Cálculo I e II. Muito pelo contrário, em alguns casos era tão excitante quanto a música que já me dividia a atenção. Mas afinal, era apenas um curso técnico de eletrônica na Federal aqui do Rio há mais de trinta anos atrás...

Parei!

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