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Autor Tópico: Madeiras: Verdades e Mentiras!  (Lida 82826 vezes)
hgamal
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« Responder #165 : 10 de Janeiro de 2012, as 16:04:27 »

Como assim? O gringo também concluiu que não há diferença significativa no som dos pups eletromagnéticos entre as madeiras ash e alder. Ao menos parece ter usado uma placa de áudio com um A/D melhorzinho...rs

O que ele concluiu foi que ao microfone as diferenças eram maiores que as com microfone! Mas o importante é que houve diferença. Pelo documento do brasileiro, parece que as diferenças eram não mensuráveis!

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felixmeirelles
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« Responder #166 : 10 de Janeiro de 2012, as 17:18:46 »

Então li o estudo do brasileiro e reparei em algo, ele testou as guitarras de forma limpa medindo na saída, mas será que o mesmo teste sendo medido em um valvulado de uns 100 rms ia dar o mesmo resultado?

Porque parte da energia produzida pelo amp retorna para a guitarra e o corpo serve como uma "antena" na reverberação.

Me lembro até hoje da época que eu tinha banda, como uma Jackson no talo do valvulado "influenciava" diretamente uma Les Paul, fazendo as cordas afinadas no mesmo tom vibrarem de mais, mas a LP não influenciava a Jackson.

Também já toquei com uma guitarra de corpo de jacarandá preto, pesava umas 3x mais que uma fender std, e ela não ganhava tanto sustain conforme  o volume aumentava, parece que o corpo por ser mais "rígido" travava mais os agudos e abria mais os graves.

Tocando com volume baixo o que faz diferença mesmo são os captadores e cordas, mas na hora de falar sério, e tocar alto, acho sim que faz a maior diferença a composição e formato do corpo.
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Patines
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« Responder #167 : 10 de Janeiro de 2012, as 17:32:16 »

Boa sugestão pra prosseguir nos testes: colocar na frente de um amplificador e observar a diferença.  Bem, daí não pode o pré nem amplificador saturar, pois desta forma iria criar timbre que na guitarra não existem.  tampouco poderia entrar em microfonia, pois isso é realimentação positiva e iria inserir não linearidades também.

Mas afinal de contas, o que o camarada estudou foi o corpo da guitarra, e não a guitarra inserida em um sistema de som...  coisa bem diferente.

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Alex Frias
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« Responder #168 : 10 de Janeiro de 2012, as 18:25:39 »

Mas não deixa de ser interessante para um outro experimento...

Haroldo, o brasileiro não fez testes com microfones captando o comportamento acústico da guitarra, afinal ele só parecia querer saber se haveria diferença final no som captado pelos pickups direto das cordas.

Por outro lado, se registra diferenças acústicas bem perceptíveis, pode haver algo que tenha escapado aos cálculos do outro ensaísta. Mas para o proposto creio que ainda se somam as duas experimentações no sentido de abolir a madeira do corpo como elemento importante na confecção do timbre do instrumento.
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felixmeirelles
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« Responder #169 : 11 de Janeiro de 2012, as 04:27:17 »

Boa sugestão pra prosseguir nos testes: colocar na frente de um amplificador e observar a diferença.  Bem, daí não pode o pré nem amplificador saturar, pois desta forma iria criar timbre que na guitarra não existem.  tampouco poderia entrar em microfonia, pois isso é realimentação positiva e iria inserir não linearidades também.

Mas afinal de contas, o que o camarada estudou foi o corpo da guitarra, e não a guitarra inserida em um sistema de som...  coisa bem diferente.

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E ele estudou as cordas separadas e soltas, o certo ao meu ver seria na frente de um amp travar algumas notas aleatórias com borrachas(não vibra) como dedos e executar usando aquele aparelho dele de palhetar, a uns 4 metros do amp deixando o corpo vibrar até gerar "microfonia", e se ele usar guitarra maiores com braço colado, onde a madeira faz mais diferença, como as Les Paul seria melhor.

Aposto meu cortador de unhas (e perninhas de componentes) que as medições seriam totalmente diferentes e só precisaria de 2 tipos de corpo, jacarandá e cedro.
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DBronson
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« Responder #170 : 12 de Março de 2012, as 01:52:18 »

Bom, minhas guitarras são todas montadas por mim, não faço braços, só alguns corpos, e garanto a v c s (moderador, peço que me suspenda do fórum) que existe muita, mas muita diferença no timbre das guitarras quando se muda o tipo de madeira, do corpo, da escala, do braço ou de qualquer parte, até do tampo.

Qual seria a finalidade das grandes empresas de instrumentos musicais, importarem madeiras nobres que não existem em seu país?? Por que a Gibson Les Paul é feita de de um mix de madeiras??
Se fosse assim agente fazia guitarra de uma caixa de feira né??

Ja tive corpo de mogno, marupá, cedro, cerejeira entre outros, cada um tem uma característica de timbre, sustain e outros detalhes. Não digo qual o melhor pois não existe, cada um se enquadra em uma situação ou estilo musical.

Aí vão fotos de algumas, que montei:









Espero ter contribuido!!

Valru, abraço a todos!!
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« Responder #171 : 12 de Março de 2012, as 07:01:28 »

Amigo, obrigado por contribuir. Só que o que você postou é de conhecimento público e notório. Neste tópico estamos debatendo justamente a cotestação do que você afirma, mas de uma forma científica, e você ofereceu apenas uma opinião baseada na sua percepção. Eu particularmente acho um aburdo de diferença entre madeiras e timbres, mas também é minha opinião contra uma argumentação baseada em um experimento científico.
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« Responder #172 : 12 de Junho de 2012, as 15:46:51 »

Pessoal lembrem-se que os estudos aprensentados sao somente para o corpo, e  quis dizer o seguinte corpos de composicoes diferentes nao diferenciam tanto no som, e isso so é verdade se a construção seja bem feita as madeiras decentemente secas.


Mas madeira do braço influencia e muito.

Resumindo é o seguitne: se a gibson passar a usar cedro rosa no corpo de suas guitarras a gibson continuara a mesma.
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Lamer
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« Responder #173 : 12 de Junho de 2012, as 18:03:04 »

A partir de uma análise superficial do tópico tive umas dúvidas... a mensagem que foi copiada de outro fórum, supostamente de autoria do autor do referido experimento.

Na mensagem ele responde que o braço das fenders influenciam na resposta. Pois se partirmos para uma análise levando em consideração que a estrutura da guitarra possa ser descrita em  um sistema massa-mola-amortecedor, podemos de maneira superficial já garantir que o amortecimento da guitarra muda, pois a rigidez do corpo varia conforme a madeira.

Neste caso a rigidez não é levada em conta em sim a frequência natural da corda? Será que na verdade a mínimas diferenças desprezadas pela pesquisa seja as mais importantes para os ouvidos apurados? Os testes deveriam ser realizados com o corpo instrumentado?

Pessoal, a medida feita por ele trata-se de uma resposta ao impulso, quando um sistema é excitado por uma força ele tende a responder na frequência a qual foi exitado, pelo que pude entender. O fenômeno é um tanto complexo, pois na verdade ele verifica apenas o que ocorre com as cordas com um captador genérico. Será que o problema não seja no captador também. Pois um instrumento de medida genérico pode não ter uma reposta satisfatória em algumas frequências.

Acho que esta pesquisa apenas elucida alguns pontos... mas só apreciando o modelo matemático é que podemos concluir algo. Achei que o captador deixou a desejar.

O fato do teste cego, denota apenas o que sabemos, percepção auditiva é subjetiva, e piora neste caso em que o instrumento não é acústico.

Na verdade acredito que precisaria de estudar o fenômeno com outros enfoques, instrumentando o corpo e o braço com acelerômetros, além de colocar captadores mais sensíveis para a análise das vibrações.

Não estou desmerecendo o trabalho do professor... mas acredito que o mito seja muito forte para ser totalmente anulado com apenas um teste.

Mas é um trabalho acadêmico muito bom e polêmico!

Abraço!
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« Responder #174 : 12 de Junho de 2012, as 19:03:04 »

Eu comecei o tópico por achar interessante o trabalho do tal professor.

O que eu reitero, por já ter falado antes aqui, é que gostaria de saber se há diferenças realmente grandes entre as madeiras usadas no teste.

Captadores ruins normalmente tem a tendência a pasteurizar o som, deixando menos claras as diferenças entre instrumentos.

Todo e qualquer detalhe numa experiência assim é importante!
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« Responder #175 : 12 de Junho de 2012, as 19:15:24 »

É isto que eu contesto em meu post, pois um trabalho desta estirpe não pode ser analisado com um instrumento que deixe de fora os detalhes mais importantes.

Neste trabalho podemos afirmar que se o captador for de péssima qualidade você pode usar qualquer madeira! Cheesy

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« Responder #176 : 13 de Junho de 2012, as 02:05:08 »

Olá amigos!!

Desculpem a ignorância, pois não tenho formação em eletrônica, acústica ou outro tema relacionado ao vídeo. Mas como apaixonado por musica (e agora pelo DIY "way of life") me interesso muito pelo assunto. Já havia visto este vídeo e fiquei chocado, pois sempre foi notória a diferença pra mim. Porém, nunca tinha feito ou visto um experimento desse tipo. Algumas coisas me intrigaram neste estudo:

Se o timbre é determinado por diferenças discretas na forma da onda (corrijam-me se estiver errado), então todas foram identicas quando submetidas a análise?

Em experimentos de comparação costuma-se utilizar repetições dos diferente "itens'(no caso) testados para diminuir a possibilidades de idiossincrasia e, quando utilizando testes estatísticos de comparação, para aumentar o grau de liberdade. Foram só testadas um exemplar de cada tipo de madeira?

Outra coisa também: Se ele tivesse usando um captador "ruim", de baixa qualidade, talvez este poderia não captar essa "diferença" que determina o timbre?

Abraços!
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felixmeirelles
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« Responder #177 : 13 de Junho de 2012, as 02:35:19 »

Uma outra coisa que reparei é quem ninguém toca guitarra com ela presa na mesa e com uma mola estupidamente impiedosa quase arrebentando as cordas usando uma palheta, se parar para pensar tem vários Qs na questão.
« Última modificação: 13 de Junho de 2012, as 02:38:34 por felixmeirelles » Registrado
viagem_mental
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« Responder #178 : 13 de Junho de 2012, as 08:35:18 »

No pouco que aprendi sobre acústica na faculdade, me foi dito que a velocidade de propagação das ondas sonoras é maior nos sólidos, isto leva a crer que elas se propagam melhor neste meio.
A questão é se a vibração da corda entra em ressonância com o corpo da guitarra, logo, os pontos de conexão entre a corda e o corpo seriam fundamentais.
O que a pesquisa parece indicar é que essa ressonância entre o corpo da guitarra e as cordas não é significativa a ponto de o captador captar (desculpe a redundância), logo, o que predomina no timbre é a vibração da corda.
Não creio que um professor em um curso de luthieria, em uma tese de doutorado, iria usar um captador ruim para fazer um teste destes.
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« Responder #179 : 13 de Junho de 2012, as 08:40:59 »

A minha dúvida é se a madeira pode ser considerada "totalmente sólida" do ponto de vista estrutural, devido à natureza de sua construção. Se ao microscópio ela não apresentaria uma mistura de partes sólidas e "gaps", por asim dizer...
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