Entendo o que o Alex quer dizer.
Durante a compressao se perde algumas frequencias harmonicas.
Nao é possivel "comprimir" algo e manter 100% de suas caracteristicas...
Ja tive um gravador digital, um Boss BR-8, nao sei se conhece?
Era bom, nada a reclamar dele.
Vamos a um fato baseado em experiencia minha:
Tambem
nem sempre a maior perda de graves se deve ao AD DA.
Para isso, precisarei mencionar sobre 2 pedais que tenho para comparaçao. (esta é parte da fonte de
minha experiencia propria)
Trata-se do Digital Delay DL-5 (Ibanez) e do Aria Pro AME-1 (vou citar só sobre o delay deste Aria Pro).
Ambos usam o mesmo CI para delay, o M50195.
O DL-5 nao tem grave algum, e o Aria tem um pouco grave, deficiente mas tem.
Se usam o mesmo CI porque esta diferença.
Isso se deve a um fator tecnico, que ja passa a ser de outros componentes.
Para isso citarei caracteristicas de 2 op.amp. O M5218 e o uPC4558.
M5218 = 110dB.
uPC4558 = 106dB.
Para nao ter muita perda do sinal em um sistema digital, costuma-se usar um "ganho" maior na amplificaçao.
Quanto maior o ganho, menos grave. Isso quase sempre acontece.
Existem CIs que tem maior ganho e nao perdem o grave, como o JRC4558, OPA2134, e outros (sao CIs melhores elaborados, e custam pouco mais que os convencionais.
Pode parecer sem logica este exemplo acima, mas um fato:
Em um pedal digital (como o caso do DL5), o sinal Dry vai por uma via, em determinado ponto recebe o sinal processado digitalmente.
Em anexo coloco o esquema do DL5, a rota de sinal segue o seguinte caminho:
Sinal DRY: IC1 > R38 > pino 2 do IC5.
Sinal A-D-A: IC1 > C17 > R18 > R20 > pino 28 IC3 (M50195) > pino 31 IC3 > C38 > R31> R32 > C41 > Q1 (FET SW) > C19 > VR3 > C18 > R41 > (ufa! ate que enfim) se encontra com R38 que esta ligado ao pino 2 do IC5.
Entao, o sinal de audio nao é totalmente convertido, nem se pode dizer que o sinal é convertido, pois o sinal entra no pedal, passa por um buffer e booster (de entrada), e vai a outro booster (de saida), no booster de saida recebe o sinal processado, o sinal a ser processado sai do booster de entrada.
Mas porque ocorre a perda de grave?
Culpa dos CIs. O DL5 usa M5218. O motivo dos CIs da Mitsubishi terem tendencia a agudos esta ligado ao fator de ganho do CI. Tanto é que o M5201 nao tem tendencia a agudos e ele é de 100dB.
Fato que conclui isso:
Substitui os CIs do DL5 por JRC4558 (que sao mais equlibrados) e TL072, resolve o problema com falta de graves, porem retornei os M5218 ao pedal, pois eu queria esta caracteristica do pedal.
Ta aí, que o que pode ser ruim em uma ocasiao, pode ser boa para outra ocasiao.
O Alex tem razão, mas não podemos negar o prazer pessoal e egoísta de timbrar "analogicamente" com dinâmica graves definidos. Muitos que vão ouvir não vão perceber a diferença, mas você sim e isso não te fará tocar melhor ?
É o que mencionei em um post acima, eu toco para curtir o meu som.
Ja quem esta ouvindo... a grande maioria nao sabe o que é um overdriver ou uma distoção. Isso que muitos acham que a guitarra ja tem o som distorcido e nao sabem do som limpo dela.
Muitos nao sabe a diferença de um reverb e um delay...
Nestes casos, nem faz diferença usar uma strato da Fender ou usar uma JEM... ou ate mesmo usar uma 335 ou um violao...
Nem preciso mencionar sobre os que perguntam por que na banda tem 2 guitarrista, quando só vejo 1 baixista e um guitarrista.
Mas para quem toca, o negocio é outro... e para que toca e curti seu som ja é outra coisa...