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Autor Tópico: O que vem a ser "timbrar o instrumento"?  (Lida 14590 vezes)
Alfredo Padrao
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« : 25 de Março de 2011, as 22:54:06 »

O que vem a ser a expressão "timbrar a guitarra"?

Não estranhem a minha pergunta, é que eu não toco nenhum instrumento, e só entrei no mundo "handmades" a pedido de um amigo que pediu para montar alguns pedais para ele.  Os que montei, postei fotos no tópico "fotos de pedais pronto"
Como não tinha nenhum conhecimento anterior nesta área, li bastante, até montar alguns.

Ouvindo algumas conversas; ouvi a expressão "os amplificadores transistorizados" não "timbram a guitarra" com facilidade, e dependem mais do pré do que do própio amplificador para "timbrar" o instrumento.  Bem; fiquei curioso e pergunto o que é timbrar?
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guii_music
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« Responder #1 : 25 de Março de 2011, as 23:27:26 »

Na minha opinião (rs),
Timbrar ou regular o timbre do instrumento é quando você configura o seu setup (amps pedais guitarra) para ter um determinado tipo de som, geralmente estes são baseados em timbres famosos e  gosto pessoal do músico, por exemplo eu gosto de tirar um timbre overdrive "limpo", para isso vou regulando meus pedais e amp até o som que me agrada, geralmente é um full-drive 2 ou um tubescreamer, com pouco ganho, tone bem aberto e graves cortados pelo equalizador, um som médio-agudo (claro que às vezes preciso de um RAT com força total, rs).
Em geral isso é obtido regulando equalizações, graves, médios, agudos, ganho da distorção, tone, blend, volume, delay, reverb e outros comandos (rs),
No caso do pré amplificador, o som depende bastante dele porque nele se fazem as configurações de equalização em si (agudos, som estridente, "aberto") médios(som médio, nem grave nem estridente,) graves (o som forte, com presença e "punch", e tem uma caracterísitca meio fechada) também tem o presence (ou presença) que é a faixa além dos agudos, geralmente "rasga" mais uma distorção e dá mais harmônicos.
Eu acho que esse assunto é importantíssimo, muita gente só se preocupa em tocar e esquece do timbre, isso está errado, o timbre é muito importante e é o que dá a diferença na pegada e no feeling que o guitarrista tem, e que quer passar em suas músicas!
O lance mesmo é ouvindo músicas e tentar igualar o som ouvido na música ao som que a guitarra está produzindo, claro, fazendo ajustes de seu gosto, afinal tocar um instrumento tem que ser algo prazeroso para o músico, não uma penitência para os ouvidos, rs!
Desculpe se não fui claro, qualquer coisa manda aí

abração

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Esqueci-me, também gosto de delays e uso um compressor para dar uma pitada nos cleans e drives
abraços
« Última modificação: 25 de Março de 2011, as 23:31:58 por guii_music » Registrado
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« Responder #2 : 26 de Março de 2011, as 03:50:01 »

Explicar o que é timbre é ate facil, mas a pessoa entender direito é outra coisa...


Para facilitar a explicacao, e ser de um modo claro, é mais ou menos assim:
A sua voz tem um timbre, a minha voz é outro timbre, a do mickey é outra.

Se eu disser tonalidade, pode ser confundido com Do´, ré, mi,fa.... notas e tons musicais, mas nao é isso.

Entao leve em consideraçao o exemplo da voz.
Cada voz tem uma sonoridade diferente.
É isso, veio em cheio, é uma palavra bem exata para expressar o que é timbre.

Um complementozinho, que bem provavel, logo voce ouvira a palavra "vintage".

Um timbre vintage, é um timbre (sonoridade) antigo, de epoca. Tipo sons da decada de 60, 70, comeco anos 80.

Entao, para explicar o que é timbre, apenas se resume em "sonoridade".
Entao timbrar, nada mais é do que encontrar uma sonoridade... Wink

Creio que esteja de um modo certo esta explicacao.
No mais, vejamos o que mais os membros postarao, e chegaremos a uma conclusao simples.
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Eduardo
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« Responder #3 : 26 de Março de 2011, as 09:04:28 »

Oi Pessoal

A explicação do Amorin é a mais próxima do que eu conheço. Quando eu cantava no coro, o maestro dizia para a gente “timbrar” as vozes.

A intenção do canto coral é fazer com que as vozes daquelas dezenas de pessoas soem como se fossem uma única voz coletiva. Para que isso seja possível, todos devem tentar suprimir as peculiaridades da própria voz e se juntar no timbre coletivo do coro. Quem não consegue fazer isso tem duas alternativas: ou aprende a cantar muito bem e virar solista ou vai cantar no chuveiro!

Quando aplicado a um instrumento, o termo significa fazê-lo soar como um outro. O naipe de violinos de uma orquestra deve soar como um único instrumento. Um violino solista se destaca do naipe! Todos os violinos do naipe são timbrados entre si.

Acho que alguém com formação em música poderia explicar com mais propriedade, mas não sei se há algum regente no fórum! Eu sou daqueles que toca CD player!

Abraços

Eduardo
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Alfredo Padrao
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« Responder #4 : 26 de Março de 2011, as 18:18:05 »

Obrigado a todos pelas explicações; a dos "violinos" então esclarece bastante.  Mas deixe eu me expressar de uma maneira diferente para que fique claro o que eu quero saber:

- Como o pouco conhecimento que tenho de audio é no sentido de "hi-fi" (digamos que seja a busca pela fidelidade), não entendi porque um amplificador hi-fi não é adequado para uso com guitarras, por exemplo, já que "entre aspas" este dito amplificador deveria "amplificar" o sinal sem "colorir" , ou seja sem modificar nada, somente amplificar; ficando então a função de efeitos a cargo do pré ou mesmo dos pedais de efeito.

-Partindo destas "suposições", foi que gerou a dúvida do título, já que "eu achava" que tudo que entrasse no amplificador sairia amplificado sem modificações "siguinificativas" a ponto de gerar expressões do tipo: amplificadores transistorizados "não timbram" a guitarra com facilidade.

Abraços,
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fallout
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« Responder #5 : 26 de Março de 2011, as 18:39:17 »

não entendi porque um amplificador hi-fi não é adequado para uso com guitarras, por exemplo, já que "entre aspas" este dito amplificador deveria "amplificar" o sinal sem "colorir" , ou seja sem modificar nada, somente amplificar;

Não é que nao seja adequado, acredito que seja por uma questão de custos, um amp hi-fi ficaria mais caro e a guitarra não atinge frequências muito baixas ou seja disperdicio.
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Eduardo
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« Responder #6 : 26 de Março de 2011, as 18:52:14 »

Oi Alfredo

Amplificadores para guitarra DEVEM distorcer o som. A ideia toda está em alterar o que o instrumento está mandando para o amplificador. Amplificadores Hi-Fi simplesmente não distorcem e uma guitarra eletrica iria soar tão boba quanto um berimbao. (ok, não é tanto assim, mas acho que dá para pegar a ideia)

Amplificadores transistorizados distorcem de uma forma diferente que os valvulados. Então fica muito difícil timbrar Jimi Hendrix ou Beattles com um transistorizado, já que eles usavam valvulados! É como querer fazer bolo de laranja usando maracujá!

Quando se fala de amplificador para guitarra, queremos colorir. Em HiFi, não queremos colorir.

Abraços

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guii_music
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« Responder #7 : 26 de Março de 2011, as 18:52:52 »

Obrigado a todos pelas explicações; a dos "violinos" então esclarece bastante.  Mas deixe eu me expressar de uma maneira diferente para que fique claro o que eu quero saber:

- Como o pouco conhecimento que tenho de audio é no sentido de "hi-fi" (digamos que seja a busca pela fidelidade), não entendi porque um amplificador hi-fi não é adequado para uso com guitarras, por exemplo, já que "entre aspas" este dito amplificador deveria "amplificar" o sinal sem "colorir" , ou seja sem modificar nada, somente amplificar; ficando então a função de efeitos a cargo do pré ou mesmo dos pedais de efeito.

-Partindo destas "suposições", foi que gerou a dúvida do título, já que "eu achava" que tudo que entrasse no amplificador sairia amplificado sem modificações "siguinificativas" a ponto de gerar expressões do tipo: amplificadores transistorizados "não timbram" a guitarra com facilidade.

Abraços,


Cara, acho que não existe essa de que "amplificador hi-fi não serve para guitarra", como eu te disse, cada músico tem o seu gosto, se o cara quer tirar um clean, sem efeito nem nada, ele vai buscar um amp que seja o mais Hi-Fi possível. Claro, devido a acustica dos ambientes a serem tocados, ajustes das frequencias devem ser feitas na equalização do amplificador.
Assim como também músicos preferem o som quente que as valvulas inserem na guitarra, cara, sempre que você estiver timbrando a guitarra você modifica o conceito de hi-fi, porque você regula o som do jeito que você quer, se fosse assim, os amplificadores só teriam controle de volume, entende. É que a maioria dos músicos(se não todos) querem tirar um som específico na guitarra, se for distorção então, meu amigo, a busca pela distorção perfeita destrói o som original da guitarra(rs) ,modifica tudo,  porém cria um timbre de distorção único, que agrada o guitarrista e o estilo musical que ele toca.
abraços
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« Responder #8 : 26 de Março de 2011, as 19:02:49 »

não entendi porque um amplificador hi-fi não é adequado para uso com guitarras, por exemplo, já que "entre aspas" este dito amplificador deveria "amplificar" o sinal sem "colorir" , ou seja sem modificar nada, somente amplificar;
Não é que nao seja adequado, acredito que seja por uma questão de custos, um amp hi-fi ficaria mais caro e a guitarra não atinge frequências muito baixas ou seja disperdicio.

Mais uma complementaçao...

Tambem pensei que um HI-FI pudesse ser uma boa para instrumentos musicais, seja guitarra, baixo, violao, etc...

Mas particularmente, penso que a alta precisao da alta fidelidade, pode fazer a "voz" dos instrumentos, soar como um Photoshop para as fotos.

Em muitas ocasoes nao ficaria legal, isso poderia tirar o "feeling" do instrumento.

Sobre o custo de um HI-FI, nao questiono, dependendo da potencia.
Veja só, um CI TDA2050 é HI-FI e fornece em media 30W RMS.

Creio que um HI-FI poderia ser melhor se fosse usado na parte de microfonaçao da guitarra, mas o ampli primario, o que recebe direto o sinal da guitarra ser um valvulado.
Talvez desta forma ele seria bem vindo.

Mensagem Mesclada
Enquanto eu escrevia mais dois companheiros responderam, entao farei uma adicao sobre o que eles mencionaram.:
...
Amplificadores para guitarra DEVEM distorcer o som. A ideia toda está em alterar o que o instrumento está mandando para o amplificador. Amplificadores Hi-Fi simplesmente não distorcem ...

Amplificadores transistorizados distorcem de uma forma diferente que os valvulados. Então fica muito difícil timbrar Jimi Hendrix ou Beattles com um transistorizado, já que eles usavam valvulados! É como querer fazer bolo de laranja usando maracujá!

Quando se fala de amplificador para guitarra, queremos colorir. Em HiFi, não queremos colorir.

Abraços

Eduardo

Isso pode-se dizer relativo ao "Feeling" (esse é dificil para explicar mas facil entender, para resumir é sentimento).


Cara, acho que não existe essa de que "amplificador hi-fi não serve para guitarra", como eu te disse, cada músico tem o seu gosto, se o cara quer tirar um clean, sem efeito nem nada, ele vai buscar um amp que seja o mais Hi-Fi possível. ...

Mesmo para um som Clean (limpo) nao ficaria tao legal. A precisao do HI-FI poderia fazer o som da guitarra soar como um teclado...

Mas cada um tem um gosto, e gosto é gosto, e isso nao se discuti...

Talvez se montar um bom pre valvulado, e usasse um power HI-FI, quem sabe nao da algo aceitavel?
« Última modificação: 26 de Março de 2011, as 19:15:21 por GrAmorin » Registrado

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« Responder #9 : 26 de Março de 2011, as 19:35:02 »

Legal em ver opiniões tão diferentes como entre as do Eduardo e do Guilherme.

Talvez, minha relutância em aceitar seja pelo motivo de não ser músico.   Ainda em teoria, partindo do princípio que o hi-fi, não autera o audio, e sim só amplifica, não faz muito sentido tirar o "feeling" do instrumento, já que o amplificador não iria alterar nada, apenas entregar na saida o que lhe foi dado na entrada com maior volume, neste caso o pré (no caso "sujo") ou os pedais de efeitos estariam fazendo o resto, mantendo assim (na minha forma de pensar) as identidades das várias "guitarras".

Desta forma, acredito que a busca de um determinado "timbre" exija a combinação de determinados amplificadores (no caso os valvulados) e guitarras, mas ainda no campo da teoria se eu tiver um hi-fi, este estaria reproduzindo a "identidade" da guitarra como ela é, "com ou sem graça"?
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guii_music
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« Responder #10 : 26 de Março de 2011, as 20:30:45 »

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Talvez, minha relutância em aceitar seja pelo motivo de não ser músico.   Ainda em teoria, partindo do princípio que o hi-fi, não autera o audio, e sim só amplifica, não faz muito sentido tirar o "feeling" do instrumento, já que o amplificador não iria alterar nada, apenas entregar na saida o que lhe foi dado na entrada com maior volume, neste caso o pré (no caso "sujo") ou os pedais de efeitos estariam fazendo o resto, mantendo assim (na minha forma de pensar) as identidades das várias "guitarras".

Desta forma, acredito que a busca de um determinado "timbre" exija a combinação de determinados amplificadores (no caso os valvulados) e guitarras, mas ainda no campo da teoria se eu tiver um hi-fi, este estaria reproduzindo a "identidade" da guitarra como ela é, "com ou sem graça"?


Só a didática que muda, o sentido é o mesmo  Cheesy . Ele explica bem melhor!
Cara, eu concordo em que timbre seja a identidade da guitarra, mas acho que ficaria melhor assim:
Timbre é a identidade sonora de um instrumento musical, e este é definido PELO MÚSICO , de acordo com suas preferências e tendências musicais.
Porque ao dizer que o som timbrado fica sem graça ou não, você estaria generalizando cara, por que, por exemplo , o timbre que é perfeito para mim, um outro guitarrista pode não gostar, aí estaria sendo sem graça para ele. Sacou?

O fato de você não ser músico não quer dizer que você não vai entender diferenças de timbres.
Exemplo: Estilos musicais diferentes tem timbres diferentes. O som de uma banda pop não é o mesmo de uma hardcore porque o timbre deles são diferentes, guitarra, baixo, bateria, vocal, tudo foi timbrado de acordo com o gosto dos músicos, e há quem goste e quem não goste.

Estamos chegando lá!!!!!
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« Responder #11 : 26 de Março de 2011, as 20:37:58 »

Sobre o feeling, é o exemplo que citei, pode soar como um teclado (orgao musical), devido a precisao que um HI-FI teria.

O que se explica, por exemplo, as valvulas serem predominantes das decadas de 60, 70, ainda serem usadas hoje, quando os MOS-FETs predominam?

Ql seria este motivo?

Mas como sugeri talvez um bom pre valvulado poderia ser juntado com um power HI-FI.
Ate porque a Marshall, respeitada empresa no ramo de amplificador, faz uso de um TDA2050, que é HI-FI.
A Fender tambem tem Amplificadores com TDA 2050.

Porem, nenhum destes amplificadores com power HI-FI chegaram a ser um top de linha.
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Ivanletronic
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« Responder #12 : 26 de Março de 2011, as 23:06:35 »

A questão de timbre pode chegar a vários resultados, porque o ouvido humano parece ser mais complexo do que imaginamos. Por que cada instrumentista busca um timbre ideal ou o seu som? Bom, primeiramente devemos levar em consideração que o ouvido humano é complexo, poderemos dizer também que cada pessoa tem uma percepção diferente da questão som. Um exemplo simples grave sua voz num gravador qualquer e ouça essa gravação, ao escutarmos a gravação podemos perceber que a voz na gravação é um pouco diferente do que estamos acostumados e, usando outros meios mais sofisticados para gravação, perceberemos uma diferença na reprodução de nossa própria voz. Com base nisso, também temos que avaliar que todos estamos expostos a diversos tipos de ruídos que com o tempo devido a intensidade desses ruídos podem alterar a nossa percepção de som. E, assim, como estamos expostos a diversos tipos de ruídos, podemos dizer que nenhuma pessoa percebe o som da mesma forma. Por isso e diversos outros fatores (que podem ser fatores culturais, influências musicais,etc..) que cada um de nós, como instrumentistas, procura um timbre único que nos identifique e o que faz com que tal timbre nos agrade ou não. Muitos audiófilos garantem que somente a válvula poderia reproduzir o som perfeitamente, mas isso se deve ao fato das mesmas inserirem alguns tipos de harmônicas que são agradáveis aos ouvidos. Portanto, não se apegue tanto a questão de ser hi-fi ou não e experimente, porque aquilo que agrada a uns não se aplica a outros. O resto são somente questões filosóficas e o tipo de tecnologia disponível. Sem querer ofender a ninguém é claro, por que eu também me amarro no som de um bom amp valvulado.
« Última modificação: 26 de Março de 2011, as 23:19:51 por Ivanletronic » Registrado
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« Responder #13 : 27 de Março de 2011, as 00:05:17 »

Legal em ver opiniões tão diferentes como entre as do Eduardo e do Guilherme.

Bom, pelo menos o mercado produz a muito tempo amplificadores para instrumento pouco lineares, ou seja na contramão dos hi-fi. E o mercado, você sabe, não liga muito se é bom ou ruim, mas pelo fato de vender, ou não.

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Talvez, minha relutância em aceitar seja pelo motivo de não ser músico.   Ainda em teoria, partindo do princípio que o hi-fi, não autera o audio, e sim só amplifica, não faz muito sentido tirar o "feeling" do instrumento, já que o amplificador não iria alterar nada, apenas entregar na saida o que lhe foi dado na entrada com maior volume, neste caso o pré (no caso "sujo") ou os pedais de efeitos estariam fazendo o resto, mantendo assim (na minha forma de pensar) as identidades das várias "guitarras".

A guitarra por si só não produz o timbre que nós estamos acostumados. Ela acaba por ter o seu(s) som(s) caraterístico(s) por uso de pedais, prés e powers não lineares. A coisa é cultural. O som "quente" e distorcido nasceu da tentativa de alcançar o som das orquestras com um amplificador pouco potente. Imagina competir com um naipe de saxofones de uma big band com um amplificador de 15 watts valvulado. O resultado final não é um violão amplificado, mas sim o que conhecemos hoje por overdrive, ou seja, um amplificador pequeno mantido em um regime superior ao que pode fornecer, através da alimentação de sua entrada com um sinal maior que ele pode amplificar.

Citar
Desta forma, acredito que a busca de um determinado "timbre" exija a combinação de determinados amplificadores (no caso os valvulados) e guitarras, mas ainda no campo da teoria se eu tiver um hi-fi, este estaria reproduzindo a "identidade" da guitarra como ela é, "com ou sem graça"?

Na mosca! Veja que "o mercado" hoje oferece uma gama de pedaleiras que são capazes de emular uma penca de diversos fabricantes de amplificadores. Nesta seara é que realmente um amp hi-fi poderia fazer diferença. A guitarra ligada a pedaleira, capaz de colorir, ou timbrar, o som através da emulação de vários tipos de amps, ligada a um amplificador hi-fi. Mas muita gente não acredita, ou concorda, que as emulações são perfeitas. Ai começa outra discussão.

É como querer fazer bolo de laranja usando maracujá!

Esta foi a melhor explicação sobre o assunto que já vi na Internet! Simplesmente espetacular!
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« Responder #14 : 27 de Março de 2011, as 02:39:05 »

A questão de timbre pode chegar a vários resultados, porque o ouvido humano parece ser mais complexo do que imaginamos. Por que cada instrumentista busca um timbre ideal ou o seu som? Bom, primeiramente devemos levar em consideração que o ouvido humano é complexo, poderemos dizer também que cada pessoa tem uma percepção diferente da questão som. Um exemplo simples grave sua voz num gravador qualquer e ouça essa gravação, ao escutarmos a gravação podemos perceber que a voz na gravação é um pouco diferente do que estamos acostumados e, usando outros meios mais sofisticados para gravação, perceberemos uma diferença na reprodução de nossa própria voz. Com base nisso, também temos que avaliar que todos estamos expostos a diversos tipos de ruídos que com o tempo devido a intensidade desses ruídos podem alterar a nossa percepção de som. E, assim, como estamos expostos a diversos tipos de ruídos, podemos dizer que nenhuma pessoa percebe o som da mesma forma. Por isso e diversos outros fatores (que podem ser fatores culturais, influências musicais,etc..) que cada um de nós, como instrumentistas, procura um timbre único que nos identifique e o que faz com que tal timbre nos agrade ou não. Muitos audiófilos garantem que somente a válvula poderia reproduzir o som perfeitamente, mas isso se deve ao fato das mesmas inserirem alguns tipos de harmônicas que são agradáveis aos ouvidos. Portanto, não se apegue tanto a questão de ser hi-fi ou não e experimente, porque aquilo que agrada a uns não se aplica a outros. O resto são somente questões filosóficas e o tipo de tecnologia disponível. Sem querer ofender a ninguém é claro, por que eu também me amarro no som de um bom amp valvulado.

Estou quase sem palavras a dizer.
Sou de pleno acordo com essa explicacao do amigo Ivan.
Porem, um adicional. (parece que só adiciono. ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ)

Sobre a questao de gravar nossa propria voz e ela ser diferente do que ouvimos quando falamos, cientificamente, foi explicado que o som propaga das cordas vocais aos nervos sensitiveis de um modo direto, e com maior velocidade do que quando ouvimos a propagaçao do som no ar .

Na mosca! Veja que "o mercado" hoje oferece uma gama de pedaleiras que são capazes de emular uma penca de diversos fabricantes de amplificadores. Nesta seara é que realmente um amp hi-fi poderia fazer diferença. A guitarra ligada a pedaleira, capaz de colorir, ou timbrar, o som através da emulação de vários tipos de amps, ligada a um amplificador hi-fi. Mas muita gente não acredita, ou concorda, que as emulações são perfeitas. Ai começa outra discussão.

Sobre essas emulacoes, muitos dizem que sao sinteticas demais.

Tenho a opiniao de que emulação é emulação.
Podemos emular o ouro com a pirita. Mas nunca sera ouro de verdade.

Só para um coplemento final com relaçao  ao feeling poder ser afetado pelo HI-FI, usarei o que o Ivan fez sugestao.
Como o Alfredo gostou dos violinos que o Eduardo citou, vamos todos a um concerto.

Por mais "alta fidelidade" que possa ter em uma gravaçao, sera que a emoçao (feeling) de ouvir a orquestra ao vivo sera a mesma que ouvir um CD ou BluRay?
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