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Autor Tópico: Como funciona o Bertola Mini Fuzz?  (Lida 8877 vezes)
visioncb
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« : 20 de Novembro de 2010, as 16:25:47 »

Pessoal, aprendi sobra transistores bipolares na faculdade esse semestre... e tem um trabalho que preciso apresentar na protoboard, algum projeto com um transistor...

Eu quero apresentar o Mini fuzz do bertola, já que os interruptores ldr/rele etc já estão muito manjados...
Gostaria de uma ajuda pra enteder como o transitor, amplificando o sinal do áudio, satura fazendo o fuzz...

Por favor, preciso desta ajuda! Não poupem termos complexos! Já estou pesquisando livros/google
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guii_music
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« Responder #1 : 20 de Novembro de 2010, as 16:35:34 »

Esse assunto também me interessa! Vou arriscar, acho que no caso, quando o transistor não pode amplificar mais do que o seu ganho (hFe), a onda sonora da guitarra fica achatada, assim distorcendo a mesma, embora o objetivo dele seja amplificar o máximo sem distorcer. Se a gente configura ele para trabalhar além do seu limite, ele satura o sinal. Por isso o som do fuzz é tão marcante, no caso a drive é da saturação de um transistor, diferente de diodos achatando a onda. Agora em cálculos, vou ter que dar uma olhada no meu caderno do curso, é muita fórmula, rs.
« Última modificação: 20 de Novembro de 2010, as 18:18:05 por guii_music » Registrado
visioncb
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« Responder #2 : 20 de Novembro de 2010, as 19:35:31 »

Deixa eu ver se estou entendendo...
Quando manda ele atuar num ganho maior que o seu hFE ele clipa o som? por que ocorre isso? e quando?

Como no exemplo das imagens?



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guii_music
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« Responder #3 : 21 de Novembro de 2010, as 13:52:17 »

Exatamente! Se não houvesse essa saturação o pedal funcionaria como um booster de volume. Nesse caso, o transistor chegou ao seu limite, por isso a onda fica quadrada. Imagine uma prolongação dela no eixo Y. No transistor utilizado, essa prolongação não é possível, porque o máximo desse eixo (no caso Y do vértice, no caso, decibéis) já foi alcançado, por isso você perde a fidelidade das notas e do sinal e tudo mais. Por isso o Fuzz é bem distorcido. Se você ver os datasheets de transistores ele tem o Max input & output current, que define o sinal de entrada minimo e máximo. Se for ultrapassado ele "satura".
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Shinnu
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« Responder #4 : 21 de Novembro de 2010, as 21:34:39 »

Olá, gente! Analisei o circuito aqui rapidinho, por favor me corrijam se eu estiver falando algo errado, mas me parece que funciona assim:
Os resistores R1 e R2 polarizam o Darlinton NPN. P1 é o controle de volume.
C1 é o acoplamento de entrada e impede que algum sinal DC mude a polarização do transistor.
C2 e o acoplamento de saída, que tem a mesma função da entrada, praticamente.
O diodo D1 cria uma realimentação, jogando um semi-ciclo do sinal amplificado pelo Darlinton de volta para a base,
fazendo com que essa parcela do sinal seja reamplificada e volte para a base, num processo cíclico, que dá mais ganho ao circuito.
Essa combinação de realimentação + par darlinton joga o ganho nas alturas, distorcendo o sinal, dando o som de fuzz que a gente tanto gosta.
É importante lembrar também que a realimentação feita pelo diodo é limitada, por causa da queda de tensão no diodo.
Diodos com uma queda de tensão maior, como por exemplo LEDs, causam uma realimentação menor e tendem a dar um sinal com menor distorção, uma distorção mais suave.
Enquanto diodos com uma queda de tensão menor tendem a causar uma realimentação maior e consequentemente uma distorção mais dura.
Além disso, o sinal na saída do mini fuzz está deslocado de 180º por utilizar a configuração de emissor comum do transistor.  Roqueiro
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visioncb
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« Responder #5 : 21 de Novembro de 2010, as 22:04:33 »

Hummm interessante, valeu pessoal...

Agora uma dúvida que ainda não entendi... num gráfico com saturação da curva do transistor ficaria como? Eu não consigo vizualizar isso...

Por etapas... vamos assim...

  • O sinal da guitarra entra, passando por C1, do qual atua como um isolante DC pra evitar que mude a polarização do transistor..

  • Se colocasse um potenciometro ali na entrada, na base do transistor, ele atuaria como um "limitador" de corrente a ser amplificada, correto?

  • Se imaginarmos como o gráfico que mostrei ali da onda senoidal, se ele passa acima do limite de corrente do transistor, ele corta esse sinal, fazendo o hard clipping, isso ta certo?

  • Quando o sinal sai, coloca-se o diodo alí no coletor do transistor, fazendo a realimentação pela base, aumentando ainda mais o ganho e cortando ainda mais por causa do limite do transistor?

  • Quanto maior a queda do transistor menor é a realimentação pois o diodo só deixa passar o sinal acima de 0,7v?

  • Como a polarização do transistor atuaria na clipagem ou ganho? nesse caso?


Obrigado pessoal, estão me ajudando muito!
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« Responder #6 : 22 de Novembro de 2010, as 02:23:26 »

Shinnu, OTIMA explicação, so uma pergunta, gostaria muito de aprender a entender de circuitos assim como voce, tem alguma literatura para indicar? voce estuda engenharia ou algo do tipo?
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« Responder #7 : 22 de Novembro de 2010, as 09:14:37 »

Não seria a realimentação provida pelo diodo/LED uma realimentaçào negativa, assim como costumamos ver nos circuitos do tipo Tube Screamer (no caso do TS, usa-se um Amplificador Operacional)? A parte do sinal que "volta" já cria uma situação de "nào-linearidade" no ganho do circuito, um severo achatamento da parte superior do ciclo, causando uma distorção harmônica bastante assimétrica.

Nesse caso do Minifuzz, quanto menor o limite de tensào do diodo/LED, mais "ceifado" será o sinal e consequentemente mais distorcido e com o nível de saída mais limitado será a saída. Ou seja, com LED's teremos menos distorção que com diodos de Si, e com diodos de Si menos distorção que com diodos de Ge. Assim creio, que nesse caso específico, a distorção ficaria mais a cargo dessa realimentação do que propriamente de usar a parte nào linear da curva de ganho do Darlington para saturá-lo.

Foi o que me pareceu, mas por favor, corrijam-me se estiver equivocado, ok?
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« Responder #8 : 22 de Novembro de 2010, as 13:30:40 »

to adorando esse papo Roqueiro Roqueiro Roqueiro Roqueiro Roqueiro Roqueiro

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Deixa eu entender o que foi falado ( com o conhecimento tecnico do Sac da empresa de para-quedas)
Transistor,
o sinal entra pela base do transistor, o capacitor polariza o NPN, a alimentação e feita pelo coletor , cujo qual tem resistores para normatizar afim de preservar a caracteristica de aplicação do mesmo, onde o coletor ( to olhando o datasheet da fairchild) tornasse o out do transistor , o diodo clipa o sinal proveniente do in  e mistura ao sinal emitido pelo transistor , cujo o mesmo vai para o in put do potenciometro.o emissor se torna o gnd

pergunta ( sei que pode ter sido ja respondida , mas tem termos tecnicos demais para meu conhecimento )
O sinal  de in e out do transistor sempre recebe corrente , no caso 9v?
O emissor do mesmo emite ( _ infame )  algum sinal, devido haver um resistor que faz ponte com o input , ou e ele quem faz a realimentação para crunchear o transistor?

 e que to no meio de um projeto proprio , e começei retirando todas as partes do fuzz , deixando apenas o transistor e apartir dai fazer um mod.
« Última modificação: 22 de Novembro de 2010, as 14:25:16 por anaksun » Registrado
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« Responder #9 : 22 de Novembro de 2010, as 14:33:33 »

Anaksun,

Estude bem como funciona um transistor bipolar, acho que vai ajudar até na formulação de suas perguntas!

Depois, nesse caso do Minifuzz, vai observar que o transisto chamado Darlington na verdade é formado por um par de transistores bipolares acoplados de forma específica fazendo com que o ganho dentro da resposta linear seja aumentado barabaramente.

Os termos técinicos ajudam bastante a se ter uma idéia muito específica do objeto em questào, portanto, creio que eles nào estão aó para atrapalhar ninguem. Cheesy

Entào, enrolei, enrolei e nào respondi o que perguntou...rs

Mas foi por nào ter entendido mesmo suas perguntas, ok?
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« Responder #10 : 22 de Novembro de 2010, as 15:06:15 »


 se fossemos fazer isso na unha  , teriamos que usar dois transistores  para fazer o serviço de um par Darlington   ( vo botar o nome do meu filho desse , Afonso ParDarlington da Silva,_)    Cry Cry Cry
o que perguntei tem haver com o caminho do sinal ( por isso dos termos tecnicos _ ) de input, pelo diagrama ja saquei como ele se realimenta , e internamente....  dai sai um som distorcido, valeu cara , no mini fuzz  os resistores determinam o ganho ?
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« Responder #11 : 22 de Novembro de 2010, as 15:21:41 »

Eu creio que o Darlington tenha sido escolhido aqui por causa do altíssimo hfe possível com apenas um componente ativo. Assim seria mais fácil conseguir ultrapassar o ponto de tensão do diodo ou LED fazendo com que ele limtite o ganho apenas nessa parte do ciclo positivo da forma de onda do sinal de áudio. No que voce corrompe a forma de onda desse jeito, achatando-a apenas na parte de cima, gerará uma variedade de harmônicos, deixando o som da guitarra bem mais "cabeludo"(fuzzy) e comprimido, o que dá a sensação de sustentação.
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« Responder #12 : 22 de Novembro de 2010, as 21:29:07 »

Brigado pelos elogios, gente! Eu to terminando o técnico em eletrônica, 5º período. Pretendo começar a cursar engenharia eletrônica ano que vem. Olha, de material para eletrônica, tem os livros do Boylestad. Mas o mais importante é aprender polarização de transistores, sacando isso, tudo fica tranquilo.
Então, Alex, foi isso que eu estava falando, mas acredito que a distorção também esteja relacionada a não linearidade do transistor.
abraços
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