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Autor Tópico: porque amplificadores valvulados?  (Lida 22082 vezes)
Kakko Crowley Wojtylla
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« Responder #45 : 08 de Janeiro de 2011, as 02:40:10 »

gosto de valvulados não só por causa dos ouvidos, mas dos dedos t b (moderador, peço que me suspenda do fórum) =)

baseando-se nisso, vem outra duvida pros mais entendidos responderem


onde fica a diferença de dinamica/tocabilidade entre um SS e tube?


entendo bem pouco de como funciona um valvulado
mas em menos de uma semana com um alltube a k i (moderador, peço que me suspenda do fórum), eu senti uma diferença gritante na maneira de tocar
tive q quase reamprender...rs

da pra notar sem nenhum esforço, q o SS é bem mais linear e um tube

agora, porque?


grande abraço a todos =)
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« Responder #46 : 08 de Janeiro de 2011, as 08:44:33 »

Para quem gosta de tocar realmente um amplificador, sim, pois ele é a outra metade do instrumento, a maneira com a qual um amp todo valvulado responde, principalmente a partir de um certo voluma, é muito diferente de um SS, mesmo os que simulam de forma analógica ou digital um all tube. Na verdade nào é só uma questào de timbre, mas de como se sente a extensào de seu instrumento.

Há um tipo de compressào e interaçào entre pré e power que são viciantes pra quem gosta de explorar a dinâmica e técnicas diferentes de palhetada e fingerstyle.

Continua sendo uma questào de gosto pessoal, porém nào vejo problema algum em se colocar pontos de vista entre prós e contras sobre os dois tipos mais conhecidos de amp.
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« Responder #47 : 25 de Janeiro de 2011, as 22:01:59 »

Complicado dizer, eu prefiro os valvulados pois gosto de algo mais vintage, afinal sou viciado em rock and roll das antigas, e isso é uma questão de gosto e experiência pessoal.

Já toquei em SS que achei um tesão, e já toquei em valvulado de 100W que achei uma merda, porém já toquei em SS que disseram ser fodástico e achei uma merda, e já toquei em valvulado todo ferrado, com falantes velhos todo amassados e achei um tesão.

Mas sei lá, sou um guitarrista meia boca que tem Gianninis velhas, então num posso dar uma opinião profissional.

Sempre é válido esse tipo de pesquisa, mas nada supera a sua experiência, pega a guitarra/baixo que vc toca e testa nos dos tipos, o que mais lhe agradar compre!

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flaviobei
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« Responder #48 : 25 de Janeiro de 2011, as 22:18:37 »

fuçando na net, achei um artigo bem legal, explicando tecnicamente o que acontece dentro dos all tubes e dos SS... pra quem quiser conferir

http://www.gatopretoclassics.com/blog/?p=142
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DARKSEK
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« Responder #49 : 25 de Janeiro de 2011, as 22:52:28 »

Não li completamente mas gostei do arquivo, valeu pela contribuição. Bravo
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Eduardo
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« Responder #50 : 26 de Janeiro de 2011, as 08:15:23 »

Oi Pessoal

Não é bem por aí. O cara se expressou mal no texto e acabou confundindo mais com essa coisa de onda propagando... Costumo torcer meu nariz para abordagens que tentam trazer um tom mistico a qualquer assunto que seja.

Ele colocou numa panela só coisas que não tem a mesma natureza. Existe eletrônica valvulada e eletrônica transistorizada. Existe o analógico e o digital. São quatro coisas distintas, desvinculadas e com significados diferentes.

Vamos derrubar o primeiro mito: eletrônica valvulada pode ser digital! Os primeiros computadores do mundo eram feitos com válvulas! O link abaixo mostra um relógio digital feito com válvulas!

http://www.jogis-roehrenbude.de/Leserbriefe/Bruegmann-Digital-Roehren-Clock/Digital-Roehrenuhr.htm

O site está em alemão, mas para quem sabe ler esquemas fica claro que o autor montou um contador binário, várias portas lógicas e um demultiplexidador com válvulas. Esses são os mesmos circuitos de um relógio digital com transistores.

Outro mito que deve ser derrubado: o transistor é um dispositivo analógico! Ele apresenta uma proporcionalidade entre o sinal de entrada e o de saída como a válvula! Os primeiros rádios transistorizados apareceram muito antes da era digital. Na década de 1960 já havia amplificadores transistorizados!

Bom, se válvula não quer dizer analógico e transistor não significa digital, então o que quer dizer cada coisa?

Analógico vem de analogia, comparação. A informação é transferida por meio da intensidade do sinal. No amplificador analógico a intensidade de um sinal multiplicada por um fator conhecido por meio de algum dispositivo específico para este fim, no caso uma válvula ou um transistor. Por exemplo, num amplificador classe A convencional o grau de amplificação será obtido em função do ganho intrínseco do dispositivo e do resistor de carga.

Digital vem de dígito, dedo em latim. O sinal digital não carrega a informação nem sua intensidade, mas em sua forma. A informação no sinal é dado por um valor numérico absoluto codificado em pulsos de igual intensidade. Esses números binários são então tratados por um circuito lógico, que pode ser feito com transistores, válvulas, relês, registros de água ou até mesmo com LEGO! O vídeo abaixo mostra um computador simples feito com portas lógicas mecânicas montadas com LEGO:

http://www.youtube.com/watch?v=SYi9sJkS19Q

Os amplificadores que nos usamos para produzir ou reproduzir música, sejam transistorizados ou valvulados, são analógicos. A diferença que existe entre o transistorizado e o valvulado se deve a natureza dos componentes! Imagine um clarinete e um saxofone alto. Os dois instrumentos são ativados pelo sopro em um bocal. Ambos tem uma palheta vibratória. Os dois trabalham na mesma faixa de frequência. O forma dos dois é parecida, mas um é feito de metal e outro de madeira. O som de cada um é único! Qual é melhor? Depende do gosto de cada um!

A vantagem que existe do digital em relação ao analógico é a preservação da informação. Nos sistemas analógicos sempre há o problema da interferência. Qualquer coisa que altere a intensidade do sinal irá prejudicar. No digital isso não acontece. Um sinal digital pode ser copiado e reproduzido centenas de vezes sem se alterar. Com o analógico é bem diferente. Quem for da geração que copiava fitas K7 lembra bem desse problema!

Num sistema digital, um efeito é produzido por uma equação matemática aplicada a uma série de números. Num sistema analógico o efeito é produzido pela alteração do sinal original por meio de filtros e amplificadores. A alteração feita no sinal digital pode ser revertida. No analógico isso é bem mais complicado.

Espero ter tornado as coisas mais claras! Se ficou mais confuso, avisem e eu tento rever o texto. É um tópico difícil e nebuloso para os leigos em engenharia.

Abraços

Eduardo
« Última modificação: 26 de Janeiro de 2011, as 14:11:49 por Eduardo » Registrado

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« Responder #51 : 26 de Janeiro de 2011, as 09:24:49 »

 Que belo texto Eduardo ! Ainda mais com os exemplos "extremos" digamos assim!
 Um relógio digital feito com válvulas !!! Uma calculadora de LEGO !!! O pessoal é muito doido haha

 Bem, no fundo o que todo guitarrista/audiófilo quer é encontrar uma justificativa que não seja puramente no campo da apreciação musical (o gosto de cada um!) e que tenha um cunho técnico para falar que é melhor, justificando para os pais/namoradas/esposas o porquê daquele amplificador ser feito com componentes da época dos nossos pais e avôs...

Parabéns pelo texto !

Um abraço!
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« Responder #52 : 26 de Janeiro de 2011, as 09:40:29 »

eduardo, concordo com tudo que você falou, está 100% correto, transistor também é analógico...
mas no vídeo o maninho fala por exemplo de plugins que simulam amplificadores ou cabeçotes, e ai sim ele compara a onde analógica por uma interpretada digitalmente.. pois como você mesmo disse, no digital não existe alteração do sinal, ele é o que saiu do instrumento / pré / power, etc, e no caso das válvulas, todos sabemos que algumas coisas mudam sim

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Eduardo
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« Responder #53 : 26 de Janeiro de 2011, as 13:33:30 »

Oi Flaviobei

Você tocou num ponto que merece cuidado. De fato o sinal digital não se deteriora, mas o que sai do instrumento é um sinal analógico. Uma vez que este sinal tenha sido digitalizado, não há mais deterioração, mas pode haver perda no processo de digitalização (e há) .

A digitalização consiste em se fazer uma amostragem do sinal a intervalos regulares e traduzir esse sinal em uma sequência de números. Para quem estudou a desesperadora Transformada Rápida de Fourier, ou FFT, o conceito é mais fácil de engolir. Funciona assim: um sinal analógico, como por exemplo uma onda triangular, tem infinitas componentes em frequência. Quando se escreve a série de Fourier que gera a onda triangular, aparecem infinitos termos multiplicando senos e cossenos. Para qualquer finalidade prática fica impossível considerar todos os infinitos termos, então a série é truncada. Somam-se apenas os N primeiros termos. O resto é informação perdida.

Na digitalização padrão de 44kHz, todas as frequências superiores a 22kHz são perdidas. O ponto foi escolhido por ser 10% superior ao limiar da audição humana. Assim, o que se perde é algo que não se ouviria, pelo menos em teoria. Na prática dá para notar a diferença do som antes e depois do corte. Dá para medir com instrumentos, ver no osciloscópio e ouvir também. O dano pior ocorre nas frequências altas.

No entanto essa perda é considerada aceitável e, deste ponto para frente, nada mais será perdido. A mixagem digital é muito superior a analógica, as cópias digitais são muito mais baratas, reproduzir um CD é muito menos trabalhoso que um LP!

O uso do pluging que o cara fala no vídeo é aquilo que eu falei no post anterior sobre usar uma equação matemática para produzir o efeito. No amplificador, produzimos a distorção por uma amplificação excessiva que faz a válvula ou transistor saturar. Num computador isso pode ser simulado digitalmente por meio de algoritmos matemáticos.

Como engenheiro sei que os algoritmos dão uma aproximação bem razoável da realidade, mas não vão além disso! Existem equações que reproduzem com boa aproximação o comportamento de uma válvula ou transistor, mas para aí. São aproximações razoáveis. Por mais detalhado que seja o modelo matemático, não tem como incluir a fiação por baixo do chassis, capacitâncias parasíticas, etc. O mesmo aparelho montado em placa de circuito soa diferente daquele montado ponto a ponto.

Então do que adiantam as coisas digitais? É como o cara falou no vídeo. Havendo possibilidade de usar o equipamento microfonado, esta é a solução. Não havendo disponibilidade do equipamento, é muito mais barato programar uma equação num computador que montar um Vox AC30, por exemplo.

Existe Super Bonder e existe cola Tenaz. Super Bonder é muito mais forte que cola Tenaz, mas ninguém fecha envelope com Super Bonder! Cada qual no seu uso.

Abraços

Eduardo
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« Responder #54 : 26 de Janeiro de 2011, as 13:39:33 »

eduardo, excelente explicação!!!

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« Responder #55 : 26 de Janeiro de 2011, as 13:54:10 »

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« Responder #56 : 26 de Janeiro de 2011, as 14:26:50 »

Ainda prefiro  Long Play ...

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« Responder #57 : 26 de Janeiro de 2011, as 15:27:50 »

"Existe Super Bonder e existe cola Tenaz. Super Bonder é muito mais forte que cola Tenaz, mas ninguém fecha envelope com Super Bonder! Cada qual no seu uso".

Adoro as analogias do Eduardo.

E concordo com cada palavra  Wink
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« Responder #58 : 26 de Janeiro de 2011, as 15:30:39 »

Timbre dos LPs (de boa qualidade, aqui no Brasil nunca vi fabricarem assim) é realmente muito bom.

Mas em termos de fidelidade, nossa, deixa muito a desejar, pois o processo de compressão e equalização é monstruoso. A resposta dinâmica fica reduzida pra enfrentear o ruído de fundo.

Eduardo, se nào me engano, voce gosta de música erudita. Nos daria uma luz sobre isso? Pois em muitos concertos há passagens em pianíssimo e fortíssimo.

E sobre a resposta de frequências dos LP's?

sei que o assunto se desviou, mas se puder ser sucinto, acho que nào atrapalharia muito, até seria algo com relevancia para o tópico.

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« Responder #59 : 26 de Janeiro de 2011, as 18:12:13 »

Oi Alex

É de fato um bom exemplo para ilustrar a reversibilidade das transformações digitais. O fortíssimo e pianíssimo da música e a amplitude de frequência não são problemas para a reprodução do LP. O  complicado é a equalização RIAA e os mecanismos envolvidos.

Como eu disse no primeiro post, o sinal digital pode ser facilmente alterado por uma função matemática qualquer, uma vez que é uma sequência de números. Para reverter a transformação, basta usar a função inversa! No caso do sinal analógico fica mais complicado. Pela natureza do vinil, é necessário alterar a relação de amplitudes das diversas frequências para melhorar a performance do meio de gravação. Isso é feito pela curva de equalização RIAA. Assim, as frequências abaixo de 500Hz são reduzidas em amplitude a razão de 6dB por oitava e as acima de 2122Hz são amplificadas a razão de 6dB por oitava. O que fica no meio mantém a amplitude. Durante a reprodução é necessário fazer a transformação inversa, ou seja, amplificar o que está abaixo de 500Hz e diminuir o que está acima.

O valor de 6dB por oitava foi escolhido estrategicamente por ser a razão de atenuação dos filtros RC. Assim, em tese, com dois filtros RC opostos seria possível codificar e decodificar a gravação sem perdas. E na verdade isso funciona muito bem! O problema é conseguir sintonizar esses filtros de forma adequada. A gravadora fez a parte dela, mas na hora de tocar.... Faz tempo que eu tento montar um amplificador RIAA, mas não é fácil.

Fora esse entrave, a qualidade do áudio depende muito do captador, agulha, ruídos gerados pelo motor, etc. Na gravação digital fica tudo mais fácil. Abre-se mão de parte do espectro de áudio para ganhar com a facilidade na reprodução do CD. Com um equipamento bem mais barato consegue-se uma reprodução de ótima qualidade.

E voltamos ao começo. O quesito básico para se optar por digital ou analógico é o custo do equipamento.

Abraços

Eduado
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