Sou pedagogo de formação e trabalho como professor de educação infantil; meus alunos têm entre 4 e 5 anos e sou um dos raros homens nessa área, apesar do número ter crescido sensivelmente nos últimos anos.
Toco guitarra desde meus 14, 15 anos e tive várias bandas até agora. A que mais durou tinha o super criativo nome de Reunion e era auto-coroada como "o power trio mais pesado do Brasil", em referência direta às nossas panças proeminentes e crescentes, e como alusão sutil a sempre tocarmos no máximo volume dos amplificadores. Quando começamos a ter nosso espaço no mundo underground daqui de São Paulo, a banda acabou. É como o casamento que acaba depois da reforma da casa, se é que vocês me entendem.
Desde o ano passado que estou com uma nova banda, Quatro Más, que tem procurado conseguir um espacinho no concorrido mundo das noites de cover de São Paulo. A banda também serve de campo de prova para meus pedais, já que posso levar um diferente a cada ensaio para testar o som dos bichinhos em músicas variadas.
Comecei a (tentar) fazer pedais há uns dois anos, quando descobri que era possível fazer à mão, artesanalmente, em casa. E me dei muito mal nas minhas primeiras tentativas com o Mini-Fuzz. Passado um tempo, fiz um curso com o Hobbertt na B&H Escola de Luthieria e me senti mais à vontade pra aprender, pra acertar. Aprendi bastante com a ajuda dos amigos daqui e de outros espaços, especialmente os gringos, e tenho feito dos pedais a minha Neosaldina pra quando meu time joga mal, meus alunos me dão trabalho, as contas de casa chegam ou a esposa decide que é hora de fazer supermercado.
E, como percebido, tenho o péssimo hábito de escrever demais.