Olá, Márcio:
Bom, até agora a única peça que se "perdeu" foi o botão de zeramento. Outros tiveram de ser substituídos por causa do desgaste, combinação de mau uso, excesso de uso e uso de peças de... latão !
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Chegou a hora de fechar a máquina. O primeiro passo é lubrificar o mecanismo; graxa nas engrenagens e nas peças que deslizam, óleo nos eixos embuchados. Sempre com parcimônia. Os rolamentos, alguns dos quais são abertos, já foram lubrificados no momento da montagem.
Por falar em rolamentos, os mesmos são montados em porta-rolamentos ( de latão, claro... ) que são rosqueados nas laterais da máquina. Há cinco deles, e cada um é travado com um pinhão. É hora de conferir a folga nos eixos, fazer um último ajuste na posição dos rolamentos e travar os porta-rolamentos
sem arrochar o pinhão !Os painéis frontal e posterior já estão prontos há dias. Faltava pintar a tampa e a janelinha do contador. A tampa, coitadinha, foi conformada na perna de algum funcionário do Dr. Vozáry e o curvamento da chapa é todo irregular. O tempo e o uso encarregaram-se de acrescer arranhões, marcas e ferrugem, além de infinitas camadas de tinta verde. Removedor de tinta e fosfatizante, aliados a uma afiada escova de aço, deixaram a chapa da tampa livre da ferrugem e da tinta. Após endireitar o que estava torto e empenado com martelo e bigorna plana, aplicou-se Wash Primer anticorrosivo e fundo PU catalisado ( acabamento Schatz #2 ). O fundo serve para preencher as mossas, arranhões e imperfeições da chapa, e esse fundo PU é simplesmente uma pequena maravilha da Química Moderna. Após generosas camadas de fundo seguidas de lixamento, a tampa recebeu tinta PU azul Schatz. O resultado pode ser visto abaixo.
A janelinha do contador também recebeu pintura em azul. Na hora da montagem, descobri que faltava a única peça plástica da máquina: uma lâmina transparente para proteger os algarismos da poeira. Essa lâmina, montada por dentro da janelinha, provavelmente era de celulóide, ficou opaca com o tempo e há muito foi removida. Hoje temos materiais bem mais estáveis e resistentes; usei um pedaço de poliéster transparente, que ficou perfeito e vai durar "para sempre".
A plaquinha do fabricante foi polida para destacar os escritos em alto-relevo e envernizada com verniz acrílico. Ficou supimpa !
A máquina com a tampa finalmente montada:
Por fim, é interessante fazer a comparação do "antes" e do "depois"... seguem as fotos para apreciação, mas olhem com bastante cuidado senão as diferenças não serão notadas. Porque, no final das contas, foi só feita uma limpezinha e aplicado um pouco de tinta...