Olá,
depois de muitos testes cheguei ao circuito final.
Algumas modificações que fiz:
O controle de tom agora está um estágio anterior ao que se observa no DR. Fiz isso porque não consegui implementar um seguidor de cátodo com a 5678, de forma que o controle de tom reduz muito o sinal, o que requer mais um estágio de ganho para que a 5672 produza o máximo da potência. Com isso perdi um pouco de distorção, mas com o volume no máximo o som ficou melhor.
Não adicionei outra 5678 por causa do espaço, mexendo no bias dos estágios seria possível reduzir um pouco o resistor em serie com os filamentos, o que acomodaria a válvula extra.
Mas, adicionei uma chave de clean, que pula alguns estágios. Com o ganho no máximo, esse canal tem um leve overdrive.
A fonte inicialmente usava o MAX1771, mas minha placa estava apresentando um ruído de alta frequência irritante, como um assobio. Minha placa de testes, com layout levemente differente e mais espaçado não tinha esse problema. Por sorte tinha uma fonte bem compacta com o 555, que também não apresentava o assobio.
Após ler sobre o assunto aqui:
https://www.powerelectronicsnews.com/problems-solutions/pcb-layout-for-emc-part-2-power-supply-design-tutorial-section-3-2percebi que meu layout tinha alguns erros imperdoáveis:
- O nó no qual o chaveamento ocorre tinha uma área muito grande, emitindo ruído.
- O capacitor de 100nF estava muito longe do retorno do sinal chaveado, que vai pela base do mosfet, criando um loop grande.
- Os resistores ligados ao pino de feedback do MAX1771 tinha trilhas muito longas, o que funciona como uma antena.
- O terra estava mal organizado, com um jumper, que adiciona resistência ao terra.
- Não usei o resistor de 100nF para filtrar a tensão na saída.
entre outros.
Preparei a placa para o amplificador:
Como o soquete vai do lado cobreado, de tirar e colocar as válvulas o cobre pode se soltar. Para evitar esse problema fiz um furo levemente menor que o pino de metal torneado do soquete, cortei a parte de plástico fora e inseri no furo com um alicate. Assim, além da solda a pressão também segura o pino de metal na placa.
Com os cabos conectados, adicionei também um estágio extra para filtrar a alta tensão.
Antes de montar na caixinha testei e ajustei os trimpots. O valor mais crítico é o primeiro trimpot, que controla o bias do segundo e terceiro estágios e do estágio de saída. Para que o bias do estágio e saída esteja certo o terceiro estágio tem um bias de 2.25v, quase próximo do cut-off. Como esse estágio no DR usa um resistor alto no cátodo, onde a 12AX7 também está próxima do cut-off, achei que não fosse necessário adicionar outro conjunto de trimpot e capacitores.
O controle de tom montei diretamente na caixa. Para os médios tive que ancorar o potenciômetro numa placa e nos potenciômetros vizinhos, já que só achei o de 9 mm para PCB.
A tampa precisou de uma lima, já que os potenciômetros estão muito próximos da base.
Pra quem está interessado no desenho, recentemente li a versão completa em versos da Odisséia, e mi inspirei na Scylla, o monstro de 6 cabeças. Infelizmente tive de vandalizar a ilustração. Talvez para o vídeo eu possa aprender a tocar Between Scylla and Charybdis - Trivium, mas eu acho que ele usa uma guitarra de 7 cordas...
Após montar a placa principal, a fonte de 70V não serviu, e tive de fazer uma pequena alteração.
Basicamente cortei um pedaço, que continha as entradas do terra e 9V, o indutor e o capacitor que filtra os 9V. Apenas rotacionei a plaquinha e fiz uma ligação em 90 graus.
Aqui o resultado:
Entre a placa e a caixinha usei anéis de borracha de 5 mm que fiz com aqueles anéis de passar os cabos no chassi. Cortei dois deles no meio e fiquei com 4 anéis razoavelmente grossos, que amortecem alguma vibração e também impedem que a placa encoste na caixa.
Para as válvulas segui a sugestão e soldei nos soquetes.
E o resultado final: