Senhores
A química que ocorre dentro da bateria de chumbo é bem mais complexa que simplesmente dizer que o sulfato é insolúvel e isolante e encerrar o assunto, embora o A.sim esteja coberto de razão quanto a baixa eficácia do processo, a importância dos livros clássicos e o retorno aos tempos da "Peste".
O sulfato de chumbo II é insolúvel e isolante elétrico. Mas ele se forma espontaneamente no processo normal de descarga da bateria. Numa bateria descarregada, ambas as placas ficam cobertas com uma pasta de sulfato de chumbo amorfo. A reação de recarga consiste em converter o sulfato de volta a chumbo metálico no eletrodo negativo e óxido de chumbo VI, de cor vermelha escura, no eletrodo positivo. Como a reação ocorre na superfície de contato do eletrodo com o sulfato, a sua insolubilidade e o fato de ser isolante não afetam o processo. Quando completamente carregada, os eletrodos ficam cobertos por PbO2 no positivo e chumbo metálico pulverizado no negativo.
Numa bateria sulfatada, parte do óxido de chumbo IV se converte em sulfato de chumbo II e água sem uma contrapartida no outro eletrodo. Ademais, o sulfato formado por esta reação é cristalino, e não amorfo como o que surge na descarga normal. No outro eletrodo não se forma a mesma quantidade de sulfato para compensar.
Então, na bateria sulfatada, o eletrodo positivo fica coberto por uma camada de sulfato de chumbo II cristalino que impede a reação. Esta camada se forma na interface do eletrodo e da pasta de PbO2, isolando permanentemente e impedindo a recarga.
Na dessulfatação busca-se destruir os cristais de sulfato de chumbo II no eletrodo positivo, mas isso custará a formação de hidrogênio no eletrodo negativo e irá consumir parte do metal do eletrodo.
Assim, se a bateria estiver de fato sulfatada, é possível uma "recuperação" por um circuito que promova ciclos curtos de carga e descarga. Entretanto, a peça recuperada se portará como uma bateria velha, já sem muita capacidade de carga e sujeita a abertura de alguma das células pelo consumo do metal do eletrodo.
Do ponto de vista prático, se a bateria já tiver alguma idade, é mais negócio jogar fora e comprar uma nova. Só vale a pena recuperar nas seguintes condições:
1- Você quer explorar o processo de recuperação e aprender com isso.
2- Você comprou uma bateria nova, nunca usou, esqueceu no armário, ela sulfatou e você se recusa a assumir o prejuízo.
3- A bateria tem valor sentimental ou é algum tipo de joia de família.
Em não se tratando de alguma das hipóteses acima, recomento recobrir a bateria com um tecido estampado e usa-la como peso de papeis. (para quem ainda usa papel)
How it works. The De-sulfator dumps very short high frequency ringing bursts of current into the battery. These high frequency currents are at a low enough duty cycle to prevent any buckling of the lead plates. It is delivered at 3.6 Megahertz frequency that roughly matches the molecular resonance of the sulfate molecule. This energetic burst has sufficient energy to cause some secondary or deep ionization in the Sulfur atom that will allow the sulfate molecules to move back into the acid electrolyte solution.
Na boa... Quando começam com esse papo de ressonância de molécula, eu peço licença e vou pra outra roda de conversa.
Abraços
Eduardo