Também concordo que não há diferenças entre as opções A e C.
Já entre A que é igual a C, será perceptível em relação as outras duas (B e D).
Agora para perceber diferenças entre B e D, só em algumas situações bem especiais, (isto levando em consideração os equipamentos envolvidos na reprodução) ou com um ouvido bem apurado. Neste caso em especial, há quem diga que consegue diferenciar "de ouvido" se o sinal que está sendo "ceifado" (de forma assimétrica) é o semi-ciclo positivo ou o negativo da senoide (para efeito de ilustração).
Já se estiver acompanhando o sinal com um osciloscópio, aí sim será perceptível.
Então isso simplifica a vida. Uma SPDT pra escolher entre clipagem simetrica e assimétrica estaria mais do que bom. Né?
Experimente também usar vários diodos diferentes
Leds vermelhos
Leds verdes
1N4001 (Similar ao 1n4148)
1N34A e 1N60 Germânio
BAT41 e BAT46
Cada um com suas diferentes caracteristicas de "voltage drop"
Que bom que abri o tópico agora porque estou indo em seguida pra eletrônica, e já posso conferir essas peças!
(update)
Encontrei os 1N60. Ao menos.
Loja de eletronica no interior é difícil.
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OK, fazendo a lição de casa.
Primeira coisa foi limpar o desenho do esquemático e fazer algumas alterações e correções.
Correções:
- C4 estava em série com o pot "Glass" ao invés de ir para o aterramento. No protótipo fiz certo mas a notação estava incorreta.
- Os pontos de aterramento foram re-escritos de uma forma mais limpa.
- R10 (antes R1) está em Vr e não no aterramento, o que estava causando o problema na primeira tentativa.
Alterações:
R1 - para o aterramento. Segundo me informei isso é para evitar pops e clicks. Procede?
Filtros:Na rede onde se encontram os diodos, e o Input (-) do OpAmp, alguns valores foram alterados. Ao que parece, C2 e R2 operam como um filtro. Mas R2 também funciona como parte da resposta de ganho.
A primeira idéia foi aumentar R2 para que o ponto de corte da frequência fosse mais baixo, movendo o ponto de clipping mais para os graves. Mas ao fazê-lo, reduzia a resposta de ganho, se considerado que:
g = 1+ (R3+DRIVE/R2).
A alternativa mais desejável para ter um ganho alto então foi reduzir R2 do valor original de 4,7K para 3,3K. E para recalibrar o valor do filtro, um valor alterantivo para C2 em 0,15uF, que move o ponto de frequência de 720Hz para 321Hz. Em tese, melhorando a resposta de graves do efeito, e promovendo clipping na região mais grave de frequências também.
Ainda a ser testado.
O filtro passa-baixa em R4/C4 permaneceu o mesmo, com a freq de corte em 720Hz. Talvez em testes ela desça um pouco, achei a resposta do pedal beeem aguda. Mas talvez seja melhor reduzir essa freq lá no controle de Tone, em C5/R6, onde a severidade do corte de agudos pode ser controlada pelo pot GLASS.
Pelo que estou observando, mais interessante do que chavear diodos como opções de timbre, seria chavear dois valores diferentes de C2, de modo a ter uma opção tradicional, e outra com mais resposta de graves e clipagem nos graves.
Essas conclusões foram tiradas estudando o que dizem os sites Geofex e Muzique sobre cicuitos TS, e um pouco de brincadeira com filtros RC.
Dessa vez antes de ir pra fenolite vou procurar fazer os testes todos na Protoboard por conveniencia.
Os colegas teriam comentários ou apontamentos a fazer?
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Prosseguindo com os trabalhos.
(Se ninguém está lendo serve ao menos como "diário de construção).
Esquemático como está neste momento:
Algumas mudanças foram realizadas com resultados que me agradaram.
R2 reduzido de 4,7K para 3,3K. Obtenção de mais ganho. Dessa estamos em 166 unit gain.
R3 reduzido de 47K para 10K. Percebi que essa é basicamente o montante que afeta o ganho com o Pot Drive no zero, e em 47K se tinha um nível ainda um tanto grande de overdrive. Com 10K sendo a resistência mínima atuante com o Drive no zero, foi possível obter uma gama de overdrives que parte do "quase limpo" até o "bastante sujo". Ou em linguagem para guitarristas, de "Little Wing" até "Ace of Spades". Ficou versátil assim.
C2 foi aumentado brutalmente de 0,047uF no começo, para 0,15uF e agora assentado em 0,22uF. Assim a resposta de graves ficou muito boa, realmente encorpado. A frequência até onde o clipping é mais severo ficou bastante baixa, ~200Hz, significando que há uma perda do caráter relativamente limpo do TS nos graves, mas não o bastante para que o bordão da corda Mi fique sujo demais. Se conseguiu distorcer os graves sem uma perda excessiva de definição, o pedal continua articulado (ao menos com single coils, que é o que uso).
D3 e D4, após bastante experimentação, foram substituídos de diodos 1N4148 para 1N60. Gostei muito do caráter que essa mudança conferiu, dando uma certa aspereza ao som. O uso de 4 diodos 1N4148 anteriormente deixava o som bastante comprimido, tendendo ao drive "cremoso" (que pode ser legal mas não é o que eu buscava). O que se procurava era esse som rude e "na cara" que se obteve.
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Ainda há ajustes para se fazer.
Com alto ganho de Drive, os agudos ficam um tanto perfurantes e é impensável usar o controle de Tonalidade "acima" de 3 horas. Com redução de ganho para posição 3 horas, o controle de Tom soa mais aberto na posição 12 horas. Tem sido necessário fazer uma compensação ao se reduzir o ganho.
Redução no Volume também tem causado um abafamento do som.
Estou com dois problemas então. Ter um controle de volume que não ocasione perda de agudos (isso já é um saco na guitarra).
E ter um controle de Tonalidade mais atuante. Me pergunto até que ponto o valor do Pot de Tonalidade (Glass) fará diferença. Estou usando 20K mas vejo muitos usarem 5K.
Quanto ao filtro high pass que vem logo abaixo dele, formado por
C5 e R6, estou ponderando se a solução seria baixar a frequência de corte, de modo que ao abrir o Pot o corte seja mais intenso.
Com os valores atuais, a freq de corte está em ~2192 Hz. No campo dos médio-agudos, para o meu ouvido.
Estou a me perguntar se reduzir essa freq. de corte para algo em torno de 1000Hz é o que se procura (nesse caso altera-se o valor de
C5 para 0,15uF e altera-se o valor de
R6 para 1K. Em teoria se move para baixo o ponto de partir do qual, para cima, se tem uma atenuação progressiva em dB por oitava....
está correto?Outro nodo possível de ser trabalhado é onde situa-se
R4 e C4. Estou receoso no entanto porque sendo componentes de valor fixo, e em virtude de no presente arranjo eu ter que trabalhar bastante com o controle de Tonalidade dependendo do setting do controle Drive e Volume, um valor que atenue sinigificativamente os agudos numa regulagem de alto Drive poderá piorar a perda de agudos quando o a regulagem de Drive estiver baixa.
Penso que a solução seja algum tipo de "treble bleed" no Volume, para eliminar a perda de agudos em diferentes volumes.
E para o caso do excesso de agudos com Drive alto, que está exigindo um corte bastante severo no Pot de Tonalidade, talvez a saída seja reduzir a freq de corte desse controle, de modo que valores regulagens intermediárias se tornem mais expressivas. Alguém tem idéias?
Peço desculpas se o tópico estiver pedante. É que não quero apenas construir um pedal que soe bacaninha. Quero entender ele de fato e quero construir um que seja exatamente aquilo que busco, e está perto, mas há ainda bugs a ajustar.