Não, mas nunca subestime o efeito placebo!
Eduardo, durante os testes do Viagra, 20% apresentaram boa resposta ao placebo...vrummmmmmmmmm
Mas, pelo menos no caso dos Marshall, os capacitores eletrolíticos de altos valores (32...50uF) que desacoplam a linha de alta-tensão, são os responsáveis diretos do porque esses amps serem tão bons para solos.
Porque desacoplar com 50uF os 2mA que circulam pelos dois primeiros estágios amplificadores de tensão de um 2204, se 50uF não é nem empregado em um estagio amplificador de potencia que tem 70mA quiescentes, caso de uma infinidade de amps de 40...50W ?
A resposta é simples: manter os estágios amplificadores de tensão imunes às variações de tensão na linha de HT provocada pelo consumo de corrente do estagio final.
Um amp de 50W Classe AB típico apresenta variação de corrente, em torno do ponto de trabalho, entre alguns poucos mA até centenas de mA, que ocorre instantaneamente na frequência do sinal amplificado, e essa variação afeta, também instantaneamente, a tensão na linha de HT que alimenta as placas dos estágios anteriores.
Valores altos de capacitores de desacoplamento para as tensões de alimentação de placa contornam esse problema e conferem aos estágios de amplificação de tensão ampla faixa dinâmica.
Nos Marshall Plexi 50W, o primeiro cap era de 40+40uF/500V do tipo can. O segundo, também do tipo can, 32+32uF/500V e aquele instalado na placa PTP era de 32+32/500V com terminais axiais. Todos fabricados pela Hunt Capacitors.
Esse esquema foi seguido pelos primeiros 2204 mas logo substituído pelos três capacitores de 50+50uF/500V, tipo can e fabricados pela LCR, aqueles tradicionais azuis, e assim continuam até hoje.
Acho que esse é um território sagrado do timbre Marshall. Pode ser 32uF mas não menos e os JJ são, na minha opinião, excelentes substitutos para os LCR, esses praticamente impossíveis de serem adquiridos, pelo menos o de 50+50/500V.
Long Live Rock