Olá.
Eu citei anteriormente um livro muito bom sobre circuitos impressos, e que contém bastante informação a respeito dos processos corrosivos utilizando cloreto de cobre e percloreto de ferro. Para ajudar aqueles que estão pesquisando o assunto, ou aqueles que se entusiamaram e querem começar, eu procurei na internet e... encontrei edições mais modernas que a minha ( 1a, 1967 ). A sexta edição ( 2008 ) fala pouco do percloreto, mas esta aqui, a segunda, de 1979,
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiP5ev3_M7TAhWFjJAKHeBcAYsQFggyMAI&url=https%3A%2F%2Farchive.org%2Fdetails%2FPrintedCircuitsHandbook&usg=AFQjCNG3u9TpjJovkStoqzJBhTCBuEtrhQtem o capitulo " Etching " exatamente igual ao da minha edição, com alguns aumentos ( o que é bom ! ).
Eu vou precisar de algum tempo para ler essas duas novas edições, mas, com base no ca_pítulo 8 ( Etching ) da 2a edição, eu gostaria de tecer algumas considerações :
a) O uso do percloreto como corrosivo é citado em 4o. lugar. Na edição de 1967 ele estava em primeiro. Isso significa que o uso do percloreto na fabricação industrial de circuito impresso perdeu importância ao longo do tempo ( na 6a. edição ele mal é mencionado; vale a pena ver ). Por outro lado o uso do cloreto de cobre II passou do 4o. ( 1967 ) para o 2o. lugar ( 1979, 2008 ), o que evidencia sua importância atual relativa sobre o percloreto.
b) A concentração ótima de percloreto em água corresponde a cerca de 500g/L ( Tabela 8.5, pág. 8-20; 452... 530 g/L ). A concentração de 530 g/L corresponde a 42º Baumé, à qual é feita referência em vários pontos do texto.
c) As reações que descrevi em postagem anterior estão lá, na pág 8-20. No pé dessa página, está a importante informação de que, quando a concentração de cobre na solução corrosiva atinge 14 oz/gal ( 87 g/L ), 84% do cobre é corroído pela reação envolvendo o CuCl2. As placas normais têm 1 oz/sqft ( 0,03 g/cm² ) de cobre, assim, 14 oz/gal corresponde a corroer 2900 cm² ( ~ 54 cm x 54 cm ) com um litro de solução. Como isso é facilmente atingido com a corrosão de apenas poucas placas, há muita gente usando cloreto de cobre II como corrosivo, pensando que é percloreto.
d) As figuras 8.4, 8.5 e 8.6 dão importantes informações sobre o processo de corrosão com percloreto, inclusive evidenciando a importância de se adicionar HCl à solução.
e) Não me parece muito sábio " encher a solução esgotada com ferro ( palha de aço ) " para, depois, transformar boa parte desse ferro em Fe(OH)3 oxigenando a solução por duas semanas para obter, no final, o tão desejado percloreto de volta :
12 FeCl2 + 3 O2 + 6H2O -> 4 Fe(OH)3 + 8 FeCl3 (28), pág 8-23
As figuras 8.7 e 8.8 dão sugestões melhores.