Autor: Baruch Kata
Capacitores
Servem para armazenar cargas elétricas. São feitos de um material condutor e um material isolante.
São largamente utilizados e praticamente nada poderá ser feito sem eles.
O material do isolante é quem define o tipo do capacitor, chamamos de dielétrico e suas pricipais características são a constante dielétrica e a rigidez dielétrica.
A constante dielétrica é que define quanta carga ele irá armazenar pelo seu tamanho. Já a rigidez dielétrica é quanta tensão é necessária para furar o isolamento do dielétrico.
Vamos para a prática: O capacitor terá dois valores principais, a capacitância dada em Farads e seus submúltiplos e a tensão nominal, que deverá ser maior que a tensão de trabalho, já que temos variações de diversos gêneros, dependendo de cada circuito.
Devemos primeiramente entender que usamos o capacitor para armazenar pequenas cargas, não podemos usá-los como acumuladores (baterias), em algumas literaturas (principalmente as mais antigas) costuma-se chamá-los de condensadores. Possui no geral dois terminais e quando surge uma tensão entre eles o capacitor absorve uma corrente e se carrega, quando a tensão no circuito fizer nos terminais uma tensão menor que a carregada, ele se descarrega, devolvendo a carga ao circuito.
Existem dois tipos básicos de capacitores, o polarizado e o não-polarizado. O capacitor não polarizado é utilizado quando trabalhamos com tensões positivas e negativas altenadas, então podemos carregá-los e descarregá-los e inverter a tensão sem problemas. Já o polarizado possui o terminal positivo e o terminal negativo, de forma que não podemos carregar ao inverso pois irá danificar o dielétrico.
O capacitor mais comum e que possui grande capacidade é o eletrolítico (de óxido de alumínio). Ele é um capacitor polarizado e encontramos facilmente e a relativo baixo custo, possui larga faixa de capacidades embora seu tamanho varie bastante, da ordem de 1uF a 100.000uF e maiores) . É usado em fontes para filtragem estabilizando a tensão na saída. Também pode ser utilizado em sinais de áudio em circuitos onde a polaridade não é invertida.
Outros que merecem atenção são os capacitores cerâmicos e os de poliéster. Esses são capacitores não polarizados e normalmente usados no sinal de áudio. Sua capacidade é pequena, da ordem de 100pF a 1uF. Existem também capacitores de óleo (com papel) e também de mica (um minério). Para o aprendizado pode-se comprar diversos capacitores cerâmicos que tem um custo muito baixo e bom funcionamento (eles parecem lentilhas).
Não podemos descarregá-los dando curto-circuito nos terminais, pois eles são capazes de fornecer correntes muito intensas e podem vir a estragar algo (ou tudo). Quando estiver trabalhando com tensões mais altas o cuidado deve ser redobrado, pois por causar choque elétrico e dar fortes choques, ou derretimento dos fios, dano nas demais peças, etc.. Jamais toque nos dois terminais de um capacitor sem ter certeza que foi todo descarregado. A descarga pode ser feita com resistores especialmente dimensionados para a tensão que eles trabalham. Nunca jamais descarregue com chave de fenda, como alguns gostam de fazer para ver a faísca. Lembre-se que a eletricidade é algo sério. Se quiser brincar, brinque com capacitores de no máximo 100nF (nano Farad, ou 10-7) e tensões de até 220V, esses já dão um choque sensível.
1uF = 1.000nF = 1.000.000pf
O código dos capacitores pode ser representado colorido ou numerado. O escrito é mais comum, pois o colorido já caiu em desuso, os cerâmicos usam o código numerado na seguinte forma:
Da esquerda para a direita:
O primeiro e segundo dígito de valor.
O terceiro é o multiplicador (baseado em pF)
Ex.: 104 = 100nF; 224 = 220nF; 223 = 22nF; 102 = 1nF; 471 = 470pF
É importante não confundir os valores e se acostumar com as transformações.
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