Handmades

Pessoal, referente ao controle presence dos amps valvulados, ja fiz JCM800 - JCM2550, e tive problemas com todos os dois com o controle de presence, nunca tive muito sucesso, mesmo fazendo o projeto a risca. Alguem tem um procedimento para amenizar este problema?

Sem descrever o problema, vamos ter que consultar nossas videntes de plantão!

huauhauha, vidente, esta foi boa, desculpe por não ter especificado o problema, na verdade o presence não surti muito efeito nos amp, digamos que o potenciomentro no zero o som fica mais fechado pouco grave, o potenciomentro no 5 parece o som abri um pouco e no 10 fica pouca coisa agudo. O potenciometro nao tem um controle preciso de presença, digamos que o efeito dele esta como o potenciometro de tonalidade do tube screamer(quando colocado do tipo "b" e não do tipo "w" como relaciona o projeto), ele na da diferença do volume 5  e diante e a diferença é muito pouca.

Creio que devo fazer um video do amp para mostrar o problema que tenho com o amp.

Eu tive um Mesa Boogie Subway Rockett que o controle de presença funcionava igual a sua descrição... pura perfumaria...

o potenciomentro no zero o som fica mais fechado pouco grave, o potenciomentro no 5 parece o som abri um pouco e no 10 fica pouca coisa agudo

Ou seja, um controle de "Presence" bem tipico de valvulados... Você já comparou com outros amplificadores que utiliza um tipo de circuito de presence parecido? O que você espera de um controle de presence de um amp desse tipo?

T+

Realmente, o controle de presença é bem sutil. Em sons bem distorcidos, ou com bom conteúdo harmônico, ele é mais notado.

O controle de presença funciona na malha de realimentação do power. Dependendo da escolha do "tap" (4, 8 ou 16) do transformador de saída de onde o sinal é retirado, os valores dos resistores de realimentação variam. Muitos copiam o circuito de saída de um modelo (saindo do tap de 16 ohms), com os resistores de realimentação de outro (saindo do tap de 8 ohms). A escolha precisa do circuito faz diferença!

A realimentação do circuito de presença irá determinar o ganho de saida do amp em função da frequência.

Testar o circuito com bons alto-falantes, também faz diferença!

hgamal, obrigada por sua resposta precisa.

"Arranjo peculiar" mesmo é o presence do Marshall "200W" (antes que reclamem - não, ele não tem 200W de verdade).

http://www.drtube.com/schematics/marshall/1978u.gif

Os controles de tom (grave, médios, agudos) ficam dentro do loop de realimentação. Ou seja, eles são menos efetivos do que o usual, e interagem com o controle de presença pra caramba.

Não seria o contrario?
Pelo que vi no esquema, a realimentação é feita no triodo antes do controle de tom. Então qualquer alteração no controle de presença altera o som que vai para o tone stack...

Então, quanto mais realimentação (mais baixo o presence), mais a realimentação "aplaina" a resposta dos controles de tom.


Se não fosse realimentado (e nem distorcessse), não faria diferença o presence alterar o tom ou o tom afetar o presence. Mas mudar o presence altera a realimentação e isto muda a resposta dos controles de tom. Ou seja, eles interagem com o presence.

Inclusive correria um bom risco de oscilar em certas combinações dos controles, mas como o nível de realimentação em amplificadores de guitarra é baixo por natureza, não acontece. Felizmente, aquele monstro oscilando seria uma catástrofe da natureza :).

Lembrando que este amplificador em particular tem um transformador ultralinear, ou seja, o estágio de potência ainda tem realimentação local...

Pois tanto no JCM800 + Fender Twin como no Plexi que eu montei o presence atuava bem significativamente, realmente davam uma "estridência" absurda ao serem aumentados.

Não entendi, Guilherme, oscilar com realimentação negativa?

Em algumas situações de realimentação, se acontecer um atraso de fase muito grande, pode oscilar mesmo. Muito osciladores funcionam assim, você varia o atraso na fase, para escolher a frequência de oscilação!

Agora, se o controle de tom é capaz de impor este atraso....  ai já é outra história!

Todos os amps que testei que tem este controle no divisor de fase se comportaram desta forma, se o falante não for muito bom, este controle fica imperceptível, tempos atraz eu mopdifiquei um amp meu pra ficar igual ao bassman, só deixei o presence de fora, mas internamente como se estivesse no 10, substituindo o pot por um resistor.

É uma saída interessante...

Mas eu sempre notei que quanto mais alto o amp, mais notável é a atuação do controle de Presence. Claro que mais alto todas as diferenças seriam mais notáveis, mesmo assim creio que isso faça diferença real nesse caso!

Se tiver atraso suficiente, a realimentação passa a ser positiva. Se tiver sinal suficiente sendo realimentado, pode oscilar. Não basta o atraso.

http://en.wikipedia.org/wiki/Barkhausen_stability_criterion

Dentro do loop tem o controle de tom (neste amplificador, normalmente não), que tem 3 capacitores, tem capacitores de acoplamento, tem o transformador, a carga é um alto falante dentro de uma caixa fechada e a malha de realimentação é dependente da frequência (tem o capacitor do presence). O que acontece com a resposta em frequência deve ser uma doideira.

Mas a quantidade de sinal que é realimentada é muito pouca. Na malha de realimentação tem um divisor resistivo de 47K pra 470R. Dentro do loop tem o transformador, que também diminui o ganho de malha aberta. Ali dentro da malha, de circuitos ativos, tem um estagio com ganho quase um, e só mais dois estágios com um ganho bom, então o ganho total pra início de conversa não é tão grande assim.

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Aliás, o oscilador do tremolo nos Fender é um Phase Shift exatamente como o hgamal descreveu, você tem uma malha de realimentação com 3 constantes RC, varia o R de uma delas pra mudar a frequencia do tremolo.

http://www.valvewizard.co.uk/trem1.html

Circuito de tremolo usado nos Phelpa !!!