Imprimir - Amplificador para ser levado a sério!

Oi Pessoal

Esse é dos grandes. 1000W de áudio, retificador a vapor de mercúrio e 3000V nas placas das válvulas de saída. O que aparece no vídeo é mono. Para um estéreo precisa de dois desses!

Detalhe interessante é ver que no lugar de uma 12AX7, normalmente usada como driver em amplificadores de potência, este tem um par de EL34!

Note que exite um retardo de um minuto para o aquecimento do mercúrio antes da ativação da corrente.

Abraços

Eduardo

http://www.youtube.com/watch?v=QBAAF5UIzsA&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=G7qMVYf85sM&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=C3_-2fUm6y0&feature=related

Oi Bossman

Este é um modelo para sonorização de grandes ambientes. Ele não tem pré. É só um power. Isso quer dizer que para distorcer é só plugar uns pedaizinhos e mandar fogo!

O cara tem umas caixas monstro dos lados. Nos vídeos não dá para ver direito, mas no site que ele montou para mostrar a restauração elas aparecem. Tem também fotos do transformador de força, imerso em óleo ascarel!

O modelo do amplificador é EL6471, mas as válvulas de saída são as QB3.5/750. Na nomenclatura das válvulas de transmissão isso quer dizer que são peças para 3500V de tensão de placa e 750W de dissipação de anodo. Eu tenho na loja a TB3/750, que é um pouco mais fraca. Mesmo assim assusta!

Abraços

Eduardo

Citação de: fovb em 26 de Novembro de 2010, as 08:04:03

Eduardo, por falar em imersão, tenho uma 6L6 aqui com uma capa metálica, quem me deu disse que quando imersa em óleo gerava X watts. Como faço pra trabalhar com ela? Existe alguma literatura a respeito?

(http://img255.imageshack.us/img255/5314/5208925928dd9318ee35b.th.jpg) (http://img255.imageshack.us/i/5208925928dd9318ee35b.jpg/)

Cara meu amplificador usa duas dessas (na verdade a nomenclatura correta dessa válvulas ai é 1614) e eu NUNCA ouvi falar disso de imersão em óleo.Pra mim isso é balela...

Se ela estiver funcionando bem você está com uma bela válvula em mãos porque ela é de fabicação militar e entre outras qualidades dura mais que as comuns.

Oi Pessoal

Vamos falar um pouco da história das válvulas. As primeiras válvulas de alta potência compacta 6L6 eram todas com invólucro metálico. A razão para isso é que não se tinha na época tecnologia para fazer um vidro que resistisse a temperatura. Outra razão era para o uso militar. Válvulas com invólucro de vidro são mais frágeis! Mas o uso militar para as válvulas metálicas parou na Segunda Guerra Mundial, com o aparecimento das válvulas com soquete miniatura e vidro mais grosso.

O invólucro metálico continuou em uso em alguns tipos específicos de válvulas, onde era necessária uma blindagem ou resistência a alta temperatura.

As primeiras 6L6 foram lançadas no mercado como uma evolução do tipo 42. Uma versão compacta da 807. A 807 é uma válvula para transmissão, mas rapidamente foi adaptada para áudio de alta potência, como o amplificador deste tópico.

O invólucro metálico é difícil de ser produzido e a inspeção do vácuo é mais trabalhosa que numa peça de vidro. Logo surgiram versões da 6L6 com invólucro de vidro, resistente a temperatura, com o código 6L6G. O G no código da maioria das válvulas americanas serve para distinguir do tipo metálico (G de glass).

Os diversos fabricantes continuaram a introduzir pequenas modificações no projeto da 6L6G para conseguir uma melhor dissipação de placa, suavidade das curvas, durabilidade e assim por diante. Hoje quando se aprimora um produto, é usual lançar no mercado com um número indicando a versão, devido à grande influência que temos da indústria de software. Assim temos editores de texto 1.0, 1.1 2,0 3.5 e assim por diante. Na época das válvulas havia uma grande influência da indústria automobilística. A exemplo do que fazia Henry Ford, as versões mais novas da 6L6G foram batizadas de 6L6GA, 6L6GB e 6L6GC. Também existem as 12AX7A e 12AX7B pela mesma razão.

Por isso que hoje temos a 6L6GC como tipo dominante no mercado. Os fabricantes continuam a colocar modificações no projeto e por letras no final do código. Assim temos as 6L6WXT, 6L6GC+; mas todas são basicamente a mesma coisa.

A má notícia para os felizes proprietários das 6L6 com invólucro metálico é que essas são o tipo original da década de 1920. Elas têm uma dissipação de placa menor e perdem feio num teste de comparação com as modernas 6L6GC.

No caso da peça da foto, é uma 6L6 e não 1614. A 1614 é uma válvula de transmissão. É uma outra versão mais branda da 807 e tem parâmetros próximos a 6L6 podendo ser usada em seu lugar. Eu não esperaria uma resposta muito diferente dela do que de uma 6L6 normal.

Sei que existem válvulas refrigeradas a água e a ar, mas até onde eu sei a única coisa elétrica refrigerada a óleo são os transformadores de força de alta tensão. Na mina opinião, essa coisa de válvula imersa em óleo é conto da carochinha.

Grande abraço

Eduardo

Ótima explicação Eduardo. Parabéns... quanto ao amp, apenas uma palavra para tentar expressar o que pode ser visto: Surreal!

Eu nem imagino quantos alto falantes precisam ser ligados e o tamanho real dos transformadores para aguentar aquela monstruosidade ... show de bola... Depois de ouvir em Salvador que não se vendia mais válvulas, percebi que está voltando a ser utilizada com força total quando vi que até o submarino tem delas pra vender (caras), mas tem.

Será que vai haver super amps como estes com válvulas? Será que agora aprimoram a coisa para que seja menor e com potência?

Bem... isso é coisa para o incerto futuro... mesmo assim, surreal este amp. Isso me lembra seu Donizildo com Donizete gritando nos ouvidos e estourando o tímpano do veio. Imagina isso ai topado? Temos a sensação de que valvulado é potência dobrada... imagina isso na orelha. hehe

Handmades

Fórum Geral => Amplificadores => Tópico iniciado por: Eduardo em 25 de Novembro de 2010, as 14:41:29